sábado, março 12

O Primeiro Concílio da Igreja de Cristo. Lição 11

O Primeiro Concílio da Igreja de Cristo.
At.15.28,29.
Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais:
Que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem do sangue [...] das relações sexuais ilícitas [...]
Definição de Concílio:
Um Concílio é uma reunião de autoridades eclesiásticas com o objetivo de discutir e deliberar sobre questões pastorais, de doutrina, fé, e costumes.
Os Concílios ecumênicos realizados pela Igreja, os reformados consideram os 4 primeiros como eventualmente aceitas as suas decisões, ou os demais 3 acontecidos, por parte das Comunidades cristãs, os outros 14 são considerados como exclusivos da Igreja Católica Romana, num total em número de 21, na História.
Objetivo:
 – depositum fidei – a sã doutrina da fé. Consideração de cunho católico.
O Primeiro Concílio ocorreu em Jerusalém, conforme pode ser lido no livro dos Atos, quando os Apóstolos reuniram-se para tratar sobre os temas que estavam dividindo os primeiros cristãos: de um lado os judaizantes (judeus convertidos) e do outro os gentios (os convertidos não-judeus, boa parte graças ao apóstolo Paulo).
Foi presidido pelo Apóstolo Tiago.
At.15.6-12.Congregaram-se pois os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto.
Note de que Pedro foi um dos oradores devido a sua lide anterior com o assunto:
7 E, havendo grande discussão, levantou-se Pedro e disse-lhes: Irmãos, bem sabeis que já há muito tempo Deus me elegeu dentre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do evangelho e cressem.
É a História sendo escrita, para que nós pudéssemos ser livres da Lei.
12 Então toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quantos sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios.
Sendo Barnabé melhor orador, mas Paulo o mais forte, em suas ponderações, peso pela sua conversão.Parente de Maria, mãe de João Marcos, sua tia;primo de João Marcos
Os gentios foram ordenados para a vida eterna, não é uma consideração teológica, é da mesma natureza do pronunciamento de Jesus: ‘não vim a não ser para os da Casa de Israel..’, ou seja, tinha um cunho histórico da Aliança de Deus, com Israel.
É, também, uma questão de emulação dos judeus, presente na necessidade da Conferencia da Igreja em Jerusalém.
At.13.45-48. Então os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e blasfemando, contradiziam o que Paulo dizia. Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: Era mister que a vós se vos pregasse primeiro a palavra de Deus mas, visto que a rejeitais, e vos não julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios. Porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te pus para luz dos gentios, para que sejas de salvação até aos confins da terra. E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna.
Sob a ótica da narrativa lucana, a questão histórica é traçada sob a linha direcional, da disseminação do Evangelho das sua nascente entre os judeus, em direção ao mundo gentio.
É isto que vai se consagrar no Concílio de Jerusalém.
8 E Deus, que conhece os corações, testemunhou a favor deles, dando-lhes o Espírito Santo, assim como a nós;
9 e não fez distinção alguma entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé.
10 Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar?
11 Mas cremos que somos salvos pela graça do Senhor Jesus, do mesmo modo que eles também.
Da mesma forma, dentre os das regiões distantes de Jerusalém, dois oradores se apresentaram.
Importante:
3. E eles, sendo acompanhados pela igreja, passavam pela Fenícia e por Samaria, contando a conversão dos gentios e davam grande alegria a todos os irmãos
Antes de chegar a Jerusalém eles já viam informando sobre os assuntos, nas sinagogas, por onde passaram, incluindo, uma muito importante – Samaria.
E por terras de gente não judaica, mas com bases do Evangelho do Caminho. Fenícia.
Era importante isto, convocar e conseguir apoios entre estes, muito embora, no final o que prevaleceu, como em todos os lugares foi a Palavra do Espírito Santo.
Neste Texto vamos, apenas, pontuar os itens mais importantes deste assunto.
O Primeiro Concílio Geral dos Cristãos é uma das narrativas de Lucas, que vem dar a visão divina sobre o alcance do Evangelho de Cristo, por meio do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário.
Mitte do Concílio.
Ponto fulcral.
O início do capítulo em tela se inicia com a seguinte narrativa:
1.ENTÃO alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se vos não circuncidardes, conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos.
A questão não era apenas de congregar ou de participar da Igreja:
A Questão Principal era:
Salvação só com circuncisão?
Note-se:
O Apóstolo Pedro já havia permitido, sob a orientação do Espírito Santo, em Jope, a introdução na Graça dos gentios, mas os judaizantes se atrevem a impor a questão.Vide lição anterior.
Ponto de inflexão.
A posição dos judaizantes, aliada a disputa de Barnabé e Paulo, criou um ponto de inflexão doutrinaria, motivando uma reunião plenária em Jerusalém.
A entrada dos gentios na Igreja, sob o padrão judaico era por eles considerada, uma forma de diminuir o padrão da moralidade judaica preponderante entre a nova Comunidade, como um novo ramo do judaísmo, e assim como os prosélitos judeus eram deveriam seguir as regras da Lei.
2.Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos sobre aquela questão.
Uma questão continuada:
Gl.2.3.Mas nem ainda Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se.
Ensino:
Quando há vozes destoantes, é necessário, que as lideranças se reúnam e decidam pacificamente, sob a autoridade de um Líder – Tiago – a questão e desta reunião conciliar saia uma decisão, regida pelo Espírito Santo.
6. Congregaram-se pois os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto.
Destaque:
1- Confirmação de Jerusalém, como Sede Universal da Igreja.
Não foi em Roma, nem em Constantinopla.
2- Na narrativa de Lucas surge um novo participante do Ministério da Igreja:
O Ancião, ou Presbítero.
Gr. Presbuteros, ancião.
Os anciãos era uma forma de lideres do próprio judaísmo, nas Sinagogas [nesta época],  eles trabalhavam na condução e liderança dos serviços litúrgicos.
Na Igreja de Pedro, Tiago e João eles e os demais apóstolos eram anciãos, assim como os sete diáconos.
Todos os Apóstolos eram anciãos, mas nem todos anciãos eram apóstolos.
Gr. Chierotoneo – escolhido.
Os anciãos eram eleitos pelas Igrejas locais.
Lucas informa sobre este personagem, no capítulo anterior ao de estudo desta semana – capítulo 14. 23. E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.
Veja Atos 20. 17. E de Mileto mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da igreja.
28. Olhai pois por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.
3- A Lei: Pedro dá uma conotação simples, mas aponta para a Lei, como sendo agora um momento de liberdade das amarras da Lei.
4- Divergentes:
Judaizantes e Cristãos judeus;
Judeus devotos e praticantes;
Fariseus. ... Alguns, porém, da seita dos fariseus;
Pensamento:
Se eles se submeteram e ainda se mantinham, nas amarras da Lei procurando executa-la, porque facilitar a vida dos novos conversos, sem as obrigações da Lei?
Conviver com não circuncidados era um ato no mínimo impuro.
Manter o controle de Jerusalém no novo ramo do judaísmo, era o que eles pensavam do novo movimento – O Caminho.
4-1. Conceitos:
Os gentios deveriam tornar-se judeus antes de receberem a salvação e os Batismos.
Paulo e Barnabé;
Cristãos Gentios; A fé em Jesus Cristo, como Salvador é suficiente e o único quesito para a obtenção da Salvação.
Pensamento:
Submeterem-se ao jugo da Lei os faria contraditório, pois a Salvação lhes advirá por fé enão pela Lei.
Culturalmente eles tinham práticas da cultura pagã, especialmente no comer e beber, e vida social, o mesmo obstáculo dos judeus.
O Batismo em águas era a ligação com Cristo, assim como a circuncisão.
Pedro e Tiago.
A fé é o único requisito, mas deve haver evidencia de mudança, fruto da rejeição ao antigo estilo de vida.
Pensamento:
-O Ide de Jesus. ‘Ide e pregai o Evangelho a toda a criatura, quem crer e for batizado será salvo...
Singularidade de Pedro com a Lei.
10. Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar?
Salvação é pela Graça.
11. Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também.
12. Então toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios.
-Unidade da Igreja.
5- Antecedentes:
At.14. 1.-5. E ACONTECEU que em Icônio entraram juntos na sinagoga dos judeus, e falaram de tal modo que creu uma grande multidão, não só de judeus mas de gregos.
Mas os judeus incrédulos incitaram e irritaram, contra os irmãos, os ânimos dos gentios. Detiveram-se pois muito tempo, falando ousadamente acerca do Senhor, o qual dava testemunho à palavra da sua graça, permitindo que por suas mãos se fizessem sinais e prodígios.E dividiu-se a multidão da cidade e uns eram pelos judeus, e outros pelos apóstolos.E, havendo um motim, tanto dos judeus como dos gentios, com os seus principais, para os insultarem e apedrejarem...
6- a principal Transição do Evangelho.
O Concílio de Jerusalém vai determinar a imposição de um modelo para todos os outros Concílio e Convenções:
Discussão de conceitos doutrinários, quando há discordância de pontos bíblicos, entre os ensinadores, ou líderes pastorais,seja, sobre salvação, sobre costumes, sobre ensino.
15.13. E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Varões irmãos, ouvi-me:
O maior ensino: é que há a necessidade da concentração das lideranças, em um modelo Conciliar ou de Conselho Superior das lideranças da Igreja, sob a orientação de um Líder com autoridade apostolar.
a- Dar voz aos grupos de pensamento diverso.
b- Fazer um relato do que foi dito, por todos os grupos.
c- Exprimir concisamente as idéias.
d- Verificar se estão em acordo com as Escrituras:
Tiago a decisão após ouvir os litigantes citando na defesa de suas posições com autoridade a Lei, os Profetas e os Cânticos, o que significa as Escituras.
15.14 Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome.
15 E com isto concordam as palavras dos profetas como está escrito:
16 Depois disto voltarei, e reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído, levantá-lo-ei das suas ruínas, e tornarei a edificá-lo.
18 Que são conhecidas desde toda a eternidade.
No versículo 17, Tiago concentra a solução e a historicidade, o que vai contentar a todos a decisão exarada do Concílio.
17 Para que o resto dos homens busque ao Senhor, e todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, diz o Senhor, que faz todas estas coisas...
Ele mostra que não havia erro, mas uma obrigação de Israel notificar a Salvação a todas as gentes e ensina-los a louvar e conhecer ao Nome Eterno.
Tomar uma decisão final, sob a direção do Espírito Santo.
Exprimir o consenso final:
Deixemos a Bíblia falar:
19-33. Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus, Mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue. [...] Pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns varões e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo, Homens que já expuseram as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.Enviamos portanto Judas e Silas, os quais de boca vos anunciarão também o mesmo.Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:
Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação das quais coisas fazeis bem se vos guardardes. Bem vos vá. Tendo-se eles então despedido, partiram para Antioquia e, ajuntando a multidão, entregaram a carta. E, quando a leram, alegraram-se pela exortação.Depois Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras.E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os apóstolos
Fonte:
Bíblia Plenitude
Comentário Novo Testamento-L.O.Richards
Bíblia Dake
Bíblia Chamada
Bíblia
ADENDO:
SÍNTESE DOS SETE CONCÍLIOS ECUMÊNICOS
1.     Nicéia, 325
Assunto: A Natureza de Cristo dentro da Trindade.
Personagens: Ário, de Alexandria; Alexandre, de Alexandria; Eusébio de Nicomédia.
Resolução: O imperador Constantino, chamou os bispos para Nicéia. Mais de 300 bispos se fizeram presentes. O credo oferecido por Eusébio de Cesaréia foi rejeitado. Escreveu-se o credo de Nicéia, com as declarações “gerado, não feito... consubstancial com o Pai (homo-úsios)”. Foram rejeitadas frases arianas, tais como “havia tempo quando ele não era”, e “feito do que não era”. Foram exilados os poucos que não aceitaram a fórmula nicena. A unidade eclesiástica foi o grande objetivo do imperador.
2. Constantinopola, 381
Assunto: O modo em que a humanidade e a divindade se relacionam em Jesus Cristo. Conflito entre a escola de Alexandria (alegorista) e a de Antioquia (literalista).
Personagens e Ensinos: Apolinário, bispo de Laodicéia na Síria... disse que Jesus teve corpo e alma humanos, mas que não teve espírito (mente) humano... no lugar do espírito (mente) humano estava o “Logos”. Deste jeito, Apolinário procurava destacar a unidade de Jesus e não a dualidade, pois “não existem dois Filhos de Deus” . Do outro lado, Damário, bispo de Roma, e Gregório de Nazianzo (um dos grandes capadócios) argumentaram que Deus salva o homem na sua totalidade... corpo, alma e espírito (mente). Na sua encarnação, Cristo juntou-se ao espírito humano para salvá-lo. Sem tal união, o espírito do homem não seria salvo. Deste jeito, destaca-se mais a dualidade de Cristo... espírito humano e espírito divino.
Resolução: Houve vários sínodos que se pronunciaram contra o apolinarismo, e este foi condenado, por fim, neste 2º  concílio ecumênico em Constantinopola . Este concílio também re-afirmou as decisões de Nicéia contra o arianismo.  
3. Éfeso, 421
Assunto: O modo em que a humanidade e a divindade de Jesus Cristo se relacionam... qual foi a maneira de Jesus Cristo vir ao mundo, e qual foi a sua natureza na encarnação. O termo mais controvertido foi “theótokos”, termo aplicado a Maria e significando “mãe de Deus/genitora de Deus”.
Personagens e Ensinos:  Nestor e Anastácio de Constantinopola, Diodoro de Tarso, Teodoro de Mopsuéstia... ensinaram a plenitude da natureza humana em Cristo (como sempre foi o ensino da escola de Antioquia). Nestor, afirmou a presença em Cristo de duas pessoas, e não somente de duas naturezas. A união que existe entre a pessoa humana e a pessoa divina é uma conjugação ou “união moral”,. Do outro ladi, Cirilo de Alexandria, com o apoio de Celestino I, bispo de Roma. Eles argumentaram que simples união moral entre Deus e um ser humano não pode nos salvar.
Cirilo, era ciumento e tinha ambição inescrupulosa, querendo abalar os patriarcados de Antioquia e Constantinopola.
Resolução: Concílio ecumênico, convocado pelo imperador. Concílio aconteceu em circunstâncias de confusão. Em junho, sessão liderada por Cirilo, e dominada pelos bispos do Egito, condenou e depôs a Nestor. Em julho, João de Antioquia com seus seguidores (todos chegados atrasados) condenaram e depuseram Cirilo e seus seguidores. Em agosto, os legados papais (também chegados atrasados) juntaram-se a Cirilo e seus bispos, e declararam deposto não somente Nestor mas também a João. Ao mesmo tempo condenaram o pegianismo. Mais tarde Cirilo e João fizeram um acordo, mas Nestor não foi convidado a participar e ficou exilado até a morte.  
4. Calcedônia, 451
Assunto: A humanidade e a divindade de Cristo. A questão de uma natureza ou duas.
Personagens e ensinos: Da escola de Alexandria... Dióscoro, bispo de Alexandria. Êutico, abade em Constantinopola, mas partidário do falecido Cirilo de Alexandria; Crisápio, capelão do imperador em Constantinopola e político poderoso. Êutico, negou que Cristo existisse em duas naturezas depois da encarnação e que fosse “consubstancial conosco”  (da mesma natureza que o homem) por causa da sua humanidade. Da escola de Antioquia... Flaviano, bispo de Constantinopola; Pulquéria, irmã do imperador, e Marciano, marido de Pulquéria... com o apoio de Leão, o Grande, bispo de Roma.
Resolução: Este concílio, foi convocado em substituição a um concílio realizado em Éfeso, em 449, que foi presidido por  Dióscoro... Êutico foi reabilitado e Flaviano foi condenado. Dióscoro, recusou ler carta doutrinária de Leão (“O Tomo”). Flaviano, foi batido e pisado, e morreu poucos dias depois. Leão chamou o concílio de Éfeso de “conciliábulo de ladrões”. Depois da morte do imperador, Pulquéria e Marciano convorcaram este novo Concílio em Calcedônia, 451. Estiveram presentes 520 bispos.
Condenaram a Êutico e a Dióscoro. O Tomo de Leão foi lido e aprovado com aclamação. A definição aceita foi a de existir: “duas naturezas em uma só pessoa”.
5.  Constantinopola (2º) , 553
Assunto: O modo em que a humanidade de Cristo se relaciona com a divindade. Os “monofisitas” afirmavam que Cristo tinha uma só natureza.
Personagens, Ensinos e o curso de eventos: A política imperial e a teologia oficial produziram confusão eclesiástica.
1. Egito e Síria, as províncias mais ricas do oriente e do império, tendiam cada vez mais para o mofisismo (uma só natureza em uma só pessoa)... mas a teologia oficial da igreja era, “duas naturezas em uma só pessoa” (Concílio de Calcedônia, 451).
2. Egito e Síria, com problemas sociais, políticos e econômicos, se distanciavam da política de Constantinopola, e isso aumentou a tendência de rebelar-se na área teológica.
3. Basílisco, imperador (475-476), quis condenar o Concílio de Calcedônia, para tentar ganhar de volta os rebeldes do oriente.
4. Zenon, imperador 476-491, publicou em 482, um edito de união (O Heníticom) com o apoio de Acácio, bispo de Constantinopola... mas, em vez de unir todos os cristãos, ele conseguiu dividir os monofisitas liberais e conservadores, e afastou a Igreja do ocidente.
5.      Félix III, bispo de Roma 483-492, achou que o imperador não tinha direito de intervir em assuntos teológicos. Félix acabou excomungando Acácio de Constantinopola em 485, e o cisma (o chamado “Cisma de Acácio”) durou até 519. Em 519, o imperador Justino e Hormisdas, bispo de Roma, reafirmaram o Concílio de       Calcedônia, assim acabando com o Cisma de Acácio.
6.Em 519, o imperador Justino e Hormisdas, bispo de Roma, reafirmaram o Concílio de Calcedônia, assim acabando com o Cisma de Acácio.      
7. Justiniano, imperador 527-565, tentou reconciliar os cristãos do oriente e do ocidente. Ele pensou que não devia condenar o Concílio de Calcedônia, mas que podia agradar aos rebeldes monofisitas por meio de condenar três teólogos cujos escritos serviram de base para algumas frases na declaração de Calcedônia... Teodoro de Mopsuéstia, Teodoreto de Ciro, e Ibas de Edessa. Esta condenação foi conhecida como a “Condenação dos Três Capítulos”. Teve bom êxito no oriente, sendo aceito por Severo, bispo de Antioquia... mas dividiu o ocidente, e foi rejeitado por muitos bispos.
Resolução:  O Concílio manteve a Condenação dos Três Capítulos, e representou os interesses do imperador. O papa, e a Igreja do ocidente, não quiseram aceitar, mas acabaram cedendo e conformando-se às decisões do Concílio.
6.      Constantinopola (3º), 680-681
Assunto: O monotelísmo... afirmou que Cristo tinha duas naturezas, mas uma só vontade.
Personagens e Ensinos: Sérgio, bispo de Constantinopola, em princípios do século, fez a última tentativa de ganhar de volta os monofisitas. Ensinou que, apesar de ter duas naturezas, Cristo tinha uma só vontade, a divina. Honório, bispo de Roma, deu seu apoio a este ensino.
Resolução: Concílio, muitos anos depois... Sérgio e Honório tinham morrido, mas o ensino ainda estava vivo e causando controvérsia. O Concílio condenou Sérgio e Honório e outros monotelitas
7.      Nicéia (2º), 787 – Último concílio universal
Assunto: O uso de imagens nas igrejas e no culto.
Personagens e ensinos: Os iconoclastas, destruidores de imagens. Os iconodulos, adoradores de imagens. Leão III, imperador 717-741, condenou o uso de imagens, e fez campanha contra elas. Talvez o imperador fosse em parte pressionado por muçulmanos, que condenaram todas as imagens. Constantino V, filho de Leão, convocou um concílio em 754, o qual proibiu o uso de imagens no culto. A igreja ocidental não aceitou a decisão deste concílio. Houve grande confusão teológica. No oriente, os monges, muitos clérigos e muitas pessoas simples queriam de volta as imagens. Apoiavam-se nos argumentos de João de Damasco, famoso teólogo (aproximadamente 675-749). A imperatriz Irene estava a favor de imagens, e decidiu convocar mais um concílio, juntamente com Tarásio, bispo de Constantinopola, e Adriano, bispo de Roma.
Resolução: O Concílio (2º de Nicéia, aceito como o 7º Concílio Ecumênico) fez duas coisas: restaurou o uso de imagens nas igrejas e nos cultos, e, diferenciou entre “latria”, a adoração que se deve a Deus, e “dulia”, a veneração inferior que se presta a imagens. No início, houve confusão no ocidente, porque o latim não possuía duas palavras para fazer a distinção exata que se fez através dos termos gregos “latria” e “dulia”.
Osiel varela .

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