Sobe Total de Evangélicos Sem Vínculos Com Igrejas.
Leia a Continuação do assunto!
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15/08/2011 - 08h20
DE SÃO PAULO
Hb.10. 25 não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros;
'Trocas' de igrejas um mal deste século?
Pesquisa de IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - detecta o avanço dos crentes em igreja.
O número de evangélicos que não mantém vínculo com nenhuma igreja cresceu.
Estamos entrando numa faixa perigosa de crentes sem responsabilidade com a sua igreja?
Ou estamos entrando na era de crentes nominais ou peregrinos?
Pior do que a peregrinação de igreja em igreja, é a situação de crentes, que praticam a fé cristã, mas aceitam usar métodos de religiões não cristãs, como yoga; yin e yang [– dualismo -]; Feng Shui para decorar a casa ou escritório para decorar a casa; ler horóscopo, e outras tantas coisas que estão distanciadas do Evangelho.
O que era o fulcro da Carta de Paulo, na inicial, aos da Galácia, os gálatas.
A introdução de ritos [nas neo] de ‘ponto de toque’, ou seja, algo palpável para o crente, como sal grosso, óleo de Jerusalém, portal da benção, bem como, em nosso meio de comportamentos, alegados como manifestações espirituais, como ‘aviãozinho’, ‘rádio de pilha’, ‘reteté’, ‘rolo do mistério’, ‘manto’ seja lá o que for, isto, também contribuiu para o avanço desta situação.
Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares, do IBGE, eles passaram de 4% do total de evangélicos em 2003 para 14% em 2009, um salto de 4 milhões de pessoas.
Os dados do IBGE também confirmam tendências registradas na década passada, como a queda da proporção de católicos e protestantes históricos e alta dos sem religião e neopentecostais.
No caso dos sem religião, eles foram de 5,1% da população para 6,7%.
Embora a categoria seja em geral identificada com ateus e agnósticos, pode incluir quem migra de uma fé para outra ou criou seu próprio "blend" de crenças --o que reforça a tese da desinstitucionalização.
Embora o título seja sobre as favelas, podemos distender o entendimento desta pesquisa.
Ter um olhar para este fato, como um movimento crescente no seio dos crentes, de um modo geral, e também fazer a concepção deste tipo de ‘crente’ ou evangélico, em nossos casos, que se transformam em andarilho de igrejas, em busca de algo que vai além do desejo de servir a Deus, mas busca resposta para sua vida pessoal.
É o crente egocêntrico, e não cristocêntrico, a insatisfação, na grande maioria dos casos, está nele e não na igreja.
Reproduzo o dialogo de um pastor nosso amigo:
Ao ser confrontado com um destes crentes insatisfeitos, que alegou sair de sua congregação, pois estava buscando uma igreja perfeita, após apontar todos os defeitos de onde estava saindo, lhe respondeu[o pastor]: “quando você achar esta igreja faça uma coisa para o bem dela: Não vá ser membro dela, pois se você for para lá, irá tirar a perfeição dela” !
Outro fato que conheço.
A dupla membresia.
Conheço pelo menos dois casos.
Há pastor, que quer segurar o crente, e aceita a sua participação em sua Igreja, permitindo dupla membresia.
Seja pelo dízimo, seja para não perder o crente e ficar envergonhado pela perda de membros.
'Trocas' de igrejas são comuns em favela na zona sul do Rio.
DO RIO
Os quase 4 mil habitantes da favela Santa Marta, na zona sul do Rio, têm a sua disposição sete igrejas evangélicas e uma católica dentro dos limites do morro. Nas redondezas, num raio de 500 metros , há outras cinco.
Com tantas opções, é comum encontrar quem frequente mais de uma, tenha trocado várias vezes, ou mesmo famílias em que praticamente cada integrante vai a uma igreja diferente.
Sobe total de evangélicos sem vínculos com igrejas
"As pessoas hoje se sentem menos presas. Frequentam mais de uma igreja, sem nenhum problema. Às vezes, escolhem uma de acordo com os serviços que são oferecidos", diz o pastor Valdeci Pereira, 42, da igreja Batista no Santa Marta.
Segundo ele, apesar de tantas igrejas em busca de fiéis no mesmo local, as relações são amistosas.
Religião também não é problema na casa de Raimunda dos Santos, 33.
Seu marido é sem religião, os três filhos frequentam a Igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e ela se declara fiel da Universal do Reino de Deus.
Mas, provavelmente, não por muito tempo.
Ela passou a ir aos cultos na igreja dos filhos, e cogita mudar: "Me senti bem acolhida, mesmo eles sabendo que sou de outra igreja. Talvez passe a ir mais lá do que na Universal."
A antropóloga Diana Lima explica que é comum este "trânsito religioso".
"As pessoas podem mudar porque depositam suas esperanças numa nova denominação. Às vezes, trocam porque mudaram de bairro e não encontram a mesma igreja na nova vizinhança. Ou então casam, namoram ou fazem novas amizades com pessoas de outras igrejas", diz a especialista.
A visão ou leitura desta antropóloga pode ser considerada correta, pois Mudança de bairro ou cidade é uma constante no seio das igrejas.
Ministérios diferentes não se estabelecem em todos os bairros e cidades.
HÁ mudança de ‘doutrina’ mesmo entre igrejas da mesma denominação de bairro para bairro, ou mesmo de cidade para cidade.
Outra constatação.
As igrejas ‘neo’ estão atraindo crentes de todas as outras igrejas, principalmente ‘crentes’ em desespero e que não alcançaram as ‘bençãos’ esperadas em suas igrejas de nascedouro.
O inverso também ocorre, crentes convertidos nas 'neo', migram para outras igrejas seculares, pentecostais ou não, por acharem-se sem identificação com a forma da liturgia, com os métodos de ação dos líderes, por problemas que transparecem na mídia sobre a vida dos líderes ou de problemas com justiça, dinheiro e escândalos outros.
O que, aliás, diga-se de passagem não é privilegio de nenhuma igreja, esta disseminado, como a questão das ambulâncias, ‘mensalão’ e agora do Ministério do Turismo. Infelizmente estas questões estão cada vez mais próximas de nós.
Que Deus tenha misericórdia de nós.
O perigo é a mudança de igreja, ou saída, quando há casamentos mistos, em que um dos cônjuges deixa a fé cristã legitima [a pesquisa, coloca certas igrejas, ditas cristãs, que não o são, no rol geral do cristianismo]em favor de igrejas não cristãs.
Muito embora, não seja detectada esta passagem com valor representativo.
Há uma verdade nisto tudo.
Precisamos entender e pedir direção a Deus para que possamos interpretar aonde nós erramos na ministração e condução das nossas igrejas.
Para que não haja este transito, que não acabará, mas reduzi-lo a números menores.
II Tm.4.1-4. Conjuro-te diante de Deus e de Cristo Jesus, [...]prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino.Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas.
Hoje há igreja para todos os gostos e vontades, cumprindo as palavras de São Paulo na Epistola a Timóteo.
Será que somos capazes de mudar esta situação ou vamos apenas crer que é cumprimento das palavras de São Paulo, quando na realidade Paulo estava avisando para termos cuidado nestes dias sobre este desejo migratório alterado nos últimos dias.
Quanto aos cristãos sem vinculo:
Esta é uma questão que precisamos dar uma resposta a igreja.
Muitos crentes estão desgastados por problemas internos em suas igrejas.
Porfias, emulações, disputas, ciúmes, até mesmo fatos corriqueiros de irmãos que não se cumprimentam, ou pastor que não visitou ou não atendeu, segundo a ótica do ‘sem igreja’ - the unchurched - [the homeless church, satirizando: churchless], é motivo para criar esta ‘igreja’ sem local certo de culto ou ministério.
Gl.1. 6-12. Estou admirado de que tão depressa estejais desertando daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho, o qual não é outro; senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema. [...] Pois busco eu agora o favor dos homens, ou o favor de Deus? ou procuro agradar aos homens? se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo. Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens; porque não o recebi de homem algum, nem me foi ensinado;
Outros simplesmente não querem aceitar a direção do ‘homem’, como costumam dizer, ou estão procurando uma igreja perfeita, ou uma igreja a sua feição, ou segundo o seu próprio entendimento de ‘igreja’, achando que certas igrejas estão erradas, nisto ou naquilo.
Outros têm que achar um profeta de plantão, a cada manhã, se ele acha que não existe, tal figura, em sua igreja, ele vai a busca em qualquer lugar, desprezando a maior profecia: A Bíblia Sagrada.
À estes Judas os exorta: 10-19. Estes, porém, blasfemam de tudo o que não entendem; e, naquilo que compreendem de modo natural, [...]e por amor do lucro se atiraram ao erro de Balaão, e pereceram na rebelião de Coré. Estes são os escolhidos em vossos ágapes [...] pastores que se apascentam a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos; são árvores sem folhas nem fruto, duas vezes mortas, desarraigadas;ondas furiosas do mar, espumando as suas próprias torpezas, estrelas errantes, para as quais tem sido reservado para sempre o negrume das trevas. [...] Estes ...andando segundo as suas concupiscências; ... adulando pessoas por causa do interesse. Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo;os quais vos diziam: Nos últimos tempos haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias concupiscências. Estes são os que causam divisões; são sensuais, e não têm o Espírito.
Enfim, são os desapontados, alguns com razão, outros sem razão, embora eu tenha certeza, que todos eles são sem razão, pois só devemos olhar para Jesus Cristo.
Tudo o mais é falível, até mesmo a minha própria opinião.
Por isto digo, que há exceções e exceções.
Fonte: Antônio Gois e Hélio Schwartsman, publicada na Folha desta segunda-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
IBGE
Outras fontes
Um comentário:
Prezado Pr. Osiel, recentemente abordei este problema quando Caroline Celico, esposa de Kaká, declarou que está cantando para quem crer em Deus, mas não quer ir a igreja alguma. É um crise que se alastra. Na Europa já há inúmeros templos sem membros. Corremos o mesmo risco. Infelizmente, a liderança tem feito muito pouco a respeito.
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