sábado, dezembro 21

LANÇA O TEU PÃO SOBRE AS ÁGUAS - Lição 12 CPAD - 22/12/2013 - 1ª PARTE

Editor – Pr Osvarela
Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois, de muitos dias, o acharás”. Ec. 11.1 Versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel
Eclesiastes 1. 1-10;
PALAVRAS do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém.
Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.
Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.
Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.
O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.
Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.
Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.
O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.
I - Etimologia 
Teogonia (theos = deuses); Etm. do grego: theogonía; do latim: theogonĭa.
Teogonia - n.f. Todas as doutrinas religiosas que tenta explicar o Universo e respectiva formação; Designação da genealogia dos deuses existentes numa religião politeísta.
Definição – conjunto de pensamento de povos ou culturas, sobre as divindades; a formação da Terra, os Céus, o Universo, os animais; o principio da vida; o final dos seres; a atuação das divindades sobre o povo ou a cultura; mesmo numa cultura que compreenda a existência de um único deus; Osvarela
טול tuwl – v. arremessar; jogar, lançar, atirar. 
מצא matsa’ – v. achar, alcançar; achar, assegurar, adquirir, pegar (algo que foi buscado);  encontrar (o que está perdido).
Vaidade – em sentido amplo e seus modos de encontrar o sentido em, atos, fatos e formas desta palavra.
Ou "totalmente sem sentido"; inútil; Lit. sopro dos sopros, cujo significado deve ser entendido como; "a coisa mais inútil".
Metaforicamente - o que é transitório, de provisoriedade tal qual, o vento [5.16. "e que proveito lhe vem de trabalhar para o vento"]
ריק riyq - n. m. vacuidade, vaidade, vazio, à toa, vão.
ריק reyq ou (forma contrata) רק req - adj. vazio, vão; vazio (referindo-se a vasos); vão, inútil, sem valor (eticamente)
ריקם reyqam - adv. em vão, de forma vazia; em condição desocupada, de forma vazia, em vão; em vão, sem efeito, inutilmente. 
mitte - centro
II - Exórdio
Poderíamos dizer que proposta bíblica lançada (desculpe-me a palavra utilizada) é um desafio tolo, ou uma proposta sem sentido.
Sim. Aos olhos naturais é uma proposta sem direção, que dificilmente teria sentido ou seria aceita por alguém que tivesse em seu poder o seu alimento, o seu sustento, aquilo que demorou a obter, [pois, o pão aqui é literalmente o produto do trabalho], que produzirá o sustento daquele que o tem em mãos.
Lançar o teu pão sobre as águas é lançar a semente é uma proposta de difícil aceitação. Mostra a necessidade de investir em algo mais, do que o que vemos.
Mas, há uma promessa!
É lançar algo no vácuo, onde a vida não pode subsistir. 
É lançar o que tem no vazio, no invisível e ainda crer que vai alcançar o que lançou passados muitos dias.
Esta é a Promessa!
Já há algum tempo medito nas palavras deste texto.
Busco o significado pela revelação procurando entender o que Deus quer nos ensinar.
Lançar pão sobre as águas é desprender-se do mais comum e mais rico alimento que o homem produz, à partir do trigo.
Significa desprender-se da própria subsistência, crendo que este pão será devolvido.
No contrassenso da mentalidade cognitiva do homem, o pão deve ser lançado nas águas.
Que águas serão estas?
Águas que nos leva algo perecível, mesmo que o percamos de vista;
A física natural nos ensina que materialmente o pão se lançado nas águas sofrerá um processo natural, até aqui, este é o conceito:
Pão lançado na água irá inchar – esta é a primeira parte natural do processo.
Há um aumento das partículas com a absorção da água, seria bom se não advir o processo seguinte:
O pão vai sofrer perda de pedaços, que serão soltos ao longo do movimento das águas, podemos inferir esta noção, pois nas Escrituras, quando falamos sobre águas estamos falando das chamadas águas vivas, ou seja, águas correntes, algo que só fomos entender, após visitar o Estado de Israel.
Ct 4:15 - És a fonte dos jardins, poço das águas vivas, que correm do Líbano!
Águas vivas servem para purificação e prosperidade do que for colocado na panela, por ela lavada.
Águas vivas é uma expressão citada, de maneira emblemática, e a exegese do texto, que citamos nos dá a oportunidade em entender que a colocação do termo é emblemática; e infere a ação de Jesus Cristo em dar vida a algo perdido, que foi lançado fora por alguém.
Ele ali informa aquela que perdeu: existe a oportunidade de recuperar o que se havia perdido, e que ela jamais pensaria em poder encontrar: a sua própria honra!
João 4.10,11. Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
Assim, como a questão do texto áureo, o que lançamos, em Jesus, a Fonte das Águas Vivas será retomado de maneira mística e superior pelo poder daquele que pode nos devolver se lançarmos N’Ele nossas carências e ansiedades.
Talvez, tenhamos adiantado o pensamento final, mas é melhor que seja assim para podermos entender o que buscamos e aprendemos nesta lição.
III - Temática do Trimestre.
- Sabedoria de Deus para uma Vida Vitoriosa.
- A Atualidade de Provérbios e Eclesiastes.
Águas vivas curam águas paradas e as transformam em manancial, ou seja, águas vivas têm o poder da cura e da multiplicação.
Esta é a primeira coisa que nos chama a atenção neste texto.
É o tema ou bandeira deste trimestre.
Texto que nos remete a uma discussão sobre como viver sob a sabedoria de Deus.
A vitória do crente está sob a inserção de valores da ação de Deus, em nossa mente regenerada pelo Espírito Santo. Isto nos impõe, com o livre arbítrio, mas sob a novidade da nossa mente em Cristo, obedecer a ordens divinas, que parecem um contrassenso, mas que se obedecidas nos conduzirão a vitória inimagináveis, aos olhos humanos. Deus é fiel em cumprir seus Mandamentos.
Tempo é uma palavra recorrente neste livro de Eclesiastes, O Livro do Pregador.
- Há um tempo de lançar fora a nossa aparente segurança.
- Há um tempo para lançar sem ver o que vamos receber o que se chama Fé.
Lançar nas águas de Deus é garantia de que há seu Tempo ele nos devolverá o que lançamos nas suas águas que são águas que curam. Osvarela
Ez 47:12 - E junto ao rio, à sua margem, de um e de outro lado, nascerá toda a sorte de árvore que dá fruto para se comer; não cairá a sua folha, nem acabará o seu fruto; nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; e o seu fruto servirá de comida e a sua folha de remédio.
IV - UM CICLO DE VIDA.
PODE PARECER SEM EXPLICAÇÃO.
“Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece”.
A ideia do escritor bíblico neste trecho do livro do Pregador é demonstrar as incertezas advindas do movimento quase cíclico no mundo dos mortais.
Exemplificado na forma hebraica poética com o Contraste encontrado nos exércitos de Deus da Criação.
Sl 147:4 - Conta o número das estrelas, chama-as a todas pelos seus nomes.
Is 40:26 - Levantai ao alto os vossos olhos, e vede quem criou estas coisas; foi aquele que faz sair o exército delas segundo o seu número; ele as chama a todas pelos seus nomes; por causa da grandeza das suas forças, e porquanto é forte em poder, nenhuma delas faltará.
Assim, as águas que circulam no ciclo da manutenção do Oxigênio, Hidrogênio e a continua transformação destes gases em água e das águas que sobem, chovem enchem os ribeiros e os rios, estes correm sem parar para os mares e lá, contudo, observa o Pregador o Mar que os recebe jamais se enche!
Jer 5:22 - Porventura não me temereis a mim? diz o Senhor; não temereis diante de mim, que pus a areia por limite ao mar, por ordenança eterna, que ele não traspassará? Ainda que se levantem as suas ondas, não prevalecerão; ainda que bramem, não a traspassarão.
Mostram uma forma aparentemente sem novidade, sem nada interessante pela forma continuada e aparentemente sem novidade.
Como o Apóstolo Pedro pôde expressar:
2 Pe 3,4 Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, E dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.
Esta forma de vida sem o viés do olhar espiritual e desconectada da presença de Deus, tornaria a vida humana sem nenhum sentido aparente:
-Tudo é igual sempre e tudo se repete de forma idêntica.
Trabalho, como, durmo, acordo, trabalho, como e durmo, todos os 365 adias do ano, todos os anos!
Seria este a única forma de viver?
As águas sempre correm num único sentido e não criam um transbordar dos mares?
Para onde vão?
É mais uma maneira de colocar a questão existencial do ser antropológico.
Ponto central e "mitte" deste Livro.
O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.
Segundo o paradigma da “asa da borboleta”, este aparente giro sem sentido, pode provocar uma tempestade, quando ar movimentado pelas batidas da “asa da borboleta” aqui será o principio da tempestade que se abaterá no leste.
Convite: mova as suas "asas"!
Não fique parado, mova-se! Só assim, você poderá lançar o pão e exercitar Esperança, [parado não produzo, mas também não perco nada, é o pensamento quietista].
Parece que ao escrever sobre este paradigma, criei um paradoxo. Na realidade “nada acontece sem a permissão do Eterno”.
Job 37:6 - Porque à neve diz: Cai sobre a terra; como também à garoa e à sua forte chuva.
A benção das águas não é acentuada, quando se pensa de forma materializada, sem o pensamento de que há um sentido e objetivo determinado para todas as coisas e homens debaixo dos céus. Há um sentido místico divino para cada ação de cada elemento, de cada exercito. Seja, o exército das alimárias, das forças da Criação, do exército de Deus nas galáxias, no firmamento.
Hb 6:7 - Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus;
Um a um, cada exército tem sua ação sob a voz do Onipotente!
O valor intrínseco do homem está na sua ligação indivisível com Deus, aceitando a esta ele passará a plantar, colher e viver sob a iluminação cuidadosa do Deus provedor.
Nada me pertence, nada consigo, nada tenho; tudo é de Deus e provem D’Ele e Ele cuida de mim”.
Elementos da Criação a serem observados, sob o domínio do Eterno: Sol, Mar - Limite das águas -, Lua, Estrelas, Vento, Formigas, Alimárias do campo – feras, bestas – aves do espaço aéreo, grandes ...
Nós os homens estamos nesta vida debaixo do sol (ver lição 11) sob a misericórdia de Deus, - as suas misericórdias são a causa de nós não sermos consumidos...-.
Se assim não fora o próprio Filho Unigênito, Jesus Cristo não nos teria apontado os cuidados do Pai para conosco.
Mateus 10 29 Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? E nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. 30 E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. 31 Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.
Assim, também acontece com o homem. Muitas vezes, sem ter o devido valor reconhecido pelos seus pares ou atormentado pelas intempéries da vida, sob as tribulações do Mal.
Job 13:25 - Porventura acossarás uma folha arrebatada pelo vento? E perseguirás o restolho seco?
Um homem a quem ninguém reconhece, e por muitos é como um restolho, e desprezado.
Is 40:8 - Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente.
Esta pode ser uma das interpretações desta forma de vida anônima e repetitiva.
Na Ótica material e sem contradição com o dito, acima: Somos um nada.
Is 64:6 - Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.
O escritor descreve a normalidade da visão sob a ótica da mortalidade para todos. Nesta forma, nada vale a pena, tudo é vaidade, coisa sem valor.
Pois o Senhor determina o que devemos ver, crer e viver:
Ezequiel 17:24 Assim saberão todas as árvores do campo que eu, o SENHOR, abati a árvore alta, elevei a árvore baixa, sequei a árvore verde e fiz reverdecer a árvore seca; eu, o SENHOR, o disse e o farei.
As Escrituras Veterotestamentária e a Neotestamentária se juntam no mesmo pronunciamento:
Ti 1:11 - Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos.
O Espírito Santo atua desde o Caos e tudo pode viver.
Is 40:7 - Seca-se a erva, e cai a flor, soprando nela o Espírito do Senhor. Na verdade o povo é erva.
A experiência humana é frustrada quando se busca uma vida desconectada do Eterno, da presença e da direção deste Deus, isto nos sujeita a pensar somente no ideal humano, em ter e ter cada dia mais.
Esta busca se tornara no final incessante e sem sentido: Vaidade.
Eis o que nos aponta o Pregador, após ele mesmo ter realizado esta caminhada etérea sem sentido final.
Pois, o sentido da vida sob a ótica material, é a morte de todos os homens final. 
Mas, em todas as teogonias sejam cristãs ou não há um final eterno.
O sol nasce todo o dia, os rios correm para o Mar, o vento sopra e não se sabe de onde veio, ou para onde vai [vs. 6. ...girando continuamente e volta fazendo os seus circuitos] exatamente como iniciaram o seu ciclo na Criação do Universo, mas o fazem queiram os homens, queira a Federação humana.
Nada pode lhes impedir de assim se movimentarem, pois há um que ordena tudo isto - Deus, O Filho e o Espírito Santo!
V - Conclusão...

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