O Cuidado Com a Língua
Lição
08 – CPAD
EDIÇÃO
E Estudo de: Osvarela
“O que guarda a sua boca
e a sua língua guarda a sua alma das angústias”. Pv 21:23
Porque
todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é
perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo. Tg 3:2
Leitura Bíblia
Tiago 3:1-12
Meus
irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro
juízo.
Porque
todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é
perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.
Ora,
nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos
dirigir todo o seu corpo.
Vede
também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram
com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa.
Assim
também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão
grande bosque um pequeno fogo incendeia.
A
língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os
nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é
inflamada pelo inferno.
Porque
toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de répteis como de
animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana;
Mas
nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia
de peçonha mortal.
Com
ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à
semelhança de Deus.
De
uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se
faça assim.
Porventura
deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?
Meus
irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim
tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.
Etimologia
Tropeçar-
כשל - kashal- v. tropeçar, cambalear, andar tropegamente; estar
andando tropegamente, estar fraco; fazer tropeçar, trazer injúria ou ruína
para, derrubar; tornar frágil, tornar fraco; ser levado a tropeçar; despojar.
απροσκοπος - aproskopos; adj. o que nada tem
para bater contra ou fazer tropeçar, que não causa tropeço; um caminho plano; metáf.
que não conduz outros ao pecado pelo modo de vida que leva; metáf. não
arrastado ao pecado, sem culpa; sem ofensa, não perturbado por uma consciência
de pecado.
απταιστος – aptaistos; adj. que não faz
tropeçar, que permanece firme, livre de queda.
παρανομια - paranomia; n f. quebra da lei,
transgressão, iniquidade.
κακια - kakia; n f. maldade, malícia,
malevolência, desejo de injuriar; iniqüidade, depravação; iniqüidade que não se
envergonha de quebrar a lei; mal, aborrecimento.
πονηρια - poneria; n f. depravação,
iniqüidade, corrupção; malícia; propósito e desejos maus.
חלל - chalal; v. profanar, contaminar, poluir,
μιαινω – miaino – (palavra primária –vb- que tem outras vertentes do mesmo
significado);
v. manchar, poluir, sujar, contaminar, ficar sujo; manchar com pecados.
μιασμα - miasma; n n. aquilo que
destrói a pureza de, contaminação; metáf., vícios, a sujeira que contamina
alguém através de sua relação com os ímpios ou pessoas descrentes.
חמם - chamam; v. tornar-se exaltado, inflamar-se com; aquecer;
Peçonha: é uma substância (uma
toxina ou mistura de várias toxinas) de origem estritamente animal, produzida
por uma glândula, capaz de alterar o metabolismo de outro animal quando
inoculada através de um aparato natural do animal (espinhos, dentes e outros).
A toxina é injetada no corpo da vítima através da pele intacta. Exemplo: peixes
peçonhentos, como o peixe-leão, o mangangá e a raia, cobras, aranhas, escorpiões
e águas-vivas. Na verdade, quando uma pessoa morde a outra, sua saliva pode
atuar como uma peçonha, apesar da baixa agressividade.
Veneno: é uma substância
(toxina) de origem animal, vegetal ou mineral, porém não é produzida por
nenhuma glândula, nem pode ser inoculada naturalmente. A toxina entra no corpo
através dos tratos digestivo ou respiratório ou por absorção através de um
tecido intacto, como a pele. Usualmente, os animais venenosos são aqueles que
produzem envenenamento (intoxicação) quando ingeridos, na maioria das vezes
ainda frescos, pois apresentam secreções tóxicas em seus organismos, como
alguns peixes, como o baiacu, e algumas plantas.
Introdução
O Uso e Função da
Língua.
Nesta
seção de sua Epístola Tiago mostra através de diversos exemplos práticos, com
figuras verbais a importância da língua como instrumento da relação humana e da
vida prática, como introdução ao posterior discurso do capitulo 4 (quatro)
sobre as contendas e os maus pedidos que
elaboramos, à Deus.
Tiago
inicia este discurso sobre a língua para mais uma vez apontar, ao final e em
sequencia para a prática, para as Obras, quando lemos a continuidade deste
discurso.
Assim,
de maneira forte, através de metáforas, Tiago apresenta um órgão vital para o
homem, se comunicar, com Deus e com os seus pares.
Tiago
aponta que o homem é factível em tropeçar, mesmo os mestres, não queiram ser
mestres, os que são devem saber que quanto mais sabemos, maior será o juízo e a
contundência e a importância de nossas palavras.
A
Epístola de Tiago tem esta particularidade, os discursos curtos, mas
extremamente fortes indicam uma preocupação do autor sobre a pratica, após o
ensino: “Quem dentre vós é sábio e
entendido? Mostre pelo seu bom trato as
suas obras em mansidão de sabedoria”. Tg 3:13
Assim,
a contenção e o controle de nossas palavras, podem nos fazer tropeçar, como o
étimo kashal (hb) indica – ser levado a
tropeçar, nos traz injuria, a ruína moral, nos derruba, nos fragiliza, de tal
forma que ficamos à merce do que falamos -
Se
nós conseguirmos controlá-las teremos:
a-
Perfeição;
b-
Seremos
poderosos em controlar todo o corpo, e então nossas palavras serão úteis para
ensinar, para redarguir em justiça, pois passamos pelo mais duro juízo, o juízo
de nossas palavras. Somos aprovados pelas nossas palavras diante de Deus e dos
homens.
Porque
não teremos nada que nos acuse de erro, por causa das palavras ditas. Estamos aproskopos, isto é, quanto a nós mesmo
ficamos com a consciência sem perturbação, pelo que falamos, quanto aos outros
não os fazemos tropeçar, por causa de nossas palavras, porque aplainamos os
nossos caminhos controlando nossas palavras.
A
língua segundo Tiago, pode ser:
-
freio nas bocas. A técnica de domar
animais ensina, que a palavra-chave, na forma de domar um cavalo é a comunicação.
Comunicação entre homem e animal, e conseguir que se entendam mutuamente, sem
necessidade de impor ou restringir nada. A ideia é aproveitar os instintos do
cavalo, a sua maneira de ser, e estabelecer uma verdadeira relação de
cooperação e confiança, formando assim uma equipa em que cavalo e cavaleiro se
tornam um só. Tudo o que transmitir para o seu cavalo ele vai sentir. Se
transmitir confiança ele será confiante, se transmitir agressividade ele será
agressivo também.
Na
relação homem-homem (interpessoal), a cada mensagem (pela palavra e a linguagem
corporal) que enviamos ou recebemos, seja esta de natureza verbal ou não
verbal, estamos compartilhando um discurso que se pauta por finalidades
distintas, ou seja, aconselhar, informar, persuadir, emocionar, instruir,
aconselhar, entre outros propósitos.
-
pequeno leme de uma nau –
nunca podemos perder o controle do leme. Ele é que controla toda a embarcação.
-
fogo que incendeia. “O homem ímpio
cava o mal, e nos seus lábios há como que uma fogueira”.
Pv 16:27
“Que
te será dado, ou que te será acrescentado, língua enganadora? Flechas agudas do
poderoso, com brasas vivas de zimbro”. Sl 120:3-4
-
mundo de iniquidade. O mau uso das
palavras, como: fofoca, calúnia, difamação, mentiras, falso juramento,
blasfêmias,
-
contaminadora do corpo. Isto é,
polui o corpo.
-
inflamadora do curso da natureza. -
inflamada pelo inferno.
-
peçonha – “...a língua. É um mal que
não se pode refrear; está cheia de peçonha
mortal”.
Assim, demonstrando
conhecimento biológico ele descreve esta ação da língua como uma agressão do
homem, ao próximo, pois a quando uma pessoa morde a outra, sua
saliva pode atuar como uma peçonha, apesar da baixa agressividade.
Tiago
nos faz lembrar a serpente no Éden (Gn 3.1ss), suas palavras trouxeram a
iniquidade à Humanidade. Palavras, que trouxeram dúvida ao coração dos homens.
Tudo
que inflama nos persegue; como a pequena chama, que Tiago cita, a língua inicia
um processo que tudo, ao poder da palavra dita, sem peso, será atingido de
forma veloz e avassaladora. Mesmo que venha ser apagada, já terá devastado um
bosque que foi plantado, regado e onde as árvores se formaram ao longo de anos.
Mas, basta uma pequena chama e tudo será destruído e será necessário, muito
tempo para reconstruir, o que talvez, como o bosque não tenhamos tempo de vê-lo
como era antes.
É
interessante cotejarmos Tiago, o irmão do Senhor, com o Apóstolo Paulo, que
muitos acham impossível de fazer.
Leiamos
o trecho, a seguir:
“A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as
suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de
áspides está debaixo de seus lábios; Cuja boca
está cheia de maldição e amargura. Rm
3:13,14
O
uso da metáfora aponta para uma total similaridade entre estes escritores bíblicos
neotestamentários. Claro que a Inspiração é única, porém aponto para a maneira
de tratar o assunto – A Língua – com
a mesma vertente.
Tenho
para mim, pensamento primário, que há uma tênue demonstração de que Tiago
conhecia, como também Pedro, um pouco das Escrituras Paulinas. Ou mesmo, que
esta fosse uma Doutrina a ser tratada na Igreja daqueles dias. Como também, é
uso em nossos dias.
Um Músculo poderoso.
A língua é um órgão muscular que auxilia na
mastigação, na deglutição, na articulação da palavra e formação de fonemas da
fala, além de ajudar na percepção do gosto das substâncias colocadas na boca.
É-nos
necessário entender que a linguagem verbalizada, condiciona-se a dois fatores:
à língua e à fala.
A
língua (linguagem) é fator resultante da organização de palavras, segundo
regras específicas e utilizadas por uma coletividade.
A
comunicação é uma característica inerente a todos os seres criados por Deus.
A
Confederação dos homens tem a sua atividade desde a tenra idade, com base nesta
capacidade de relacionamento interpessoal o que lhes permite ser atendido nas
suas necessidades e ter um relacionamento construtivo, incluindo a manifestação
dos sentimentos, com base nesta ação.
A
língua que expressa o sentimento, transmite pela linguagem, amor, caridade,
sentimento de ajuda, pode, porém, se transformar em algo perigoso e nocivo.
A
narrativa bíblica mostra como isto ocorreu já no inicio, da constituição da
Confederação humana.
Basta
entendermos que a língua é fator resultante da organização de palavras, segundo
regras específicas e utilizadas por uma coletividade.
A Intervenção divina – Língua
provoca a Modificação da Comunicação Humana.
A língua (sem confundir língua
– órgão, com Língua da linguagem humana) foi usada pelos humanos
como uma forma de rebelião contra as ordens soberanas de Deus, levando a
construir em sociedade, uma Torre para se virem livres de acontecimentos que
poderiam, criam assim, a evitar a ação divina, se todos se juntassem.
Todos cristãos conhecem um fato bíblico, que
ressalta a questão da fala, do uso da linguagem, ou da língua, como forma de
comunicação, quanto a má utilização deste instrumento de comunicação, contra
Deus.
“E o
Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que
começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem
fazer. Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a
língua do outro. Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra;
e cessaram de edificar a cidade. Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto
ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor
sobre a face de toda a terra.” Gn
11:6-9
Assim, Deus teve que intervir
na forma de comunicação dos homens. E o fez justamente na chamada língua comum,
pela qual todos os homens criados, por Ele podiam entender uns aos outros e
realizarem alianças.
“Como
código social, a língua não pode ser modificada arbitrariamente, em função
destas regras preestabelecidas. Tal organização tende a corroborar para que o
enunciado seja manifestado de forma clara, objetiva e precisa. Esta organização
básica do pensamento, opiniões e ideias subsistem em uma capacidade proferida
por um modo mais individual”.
A
linguagem está diretamente ligada à esta capacidade humana, que forma, por leis
combinatórias e signos linguísticos materializados a capacidade de produzir mensagens inteligíveis, um padrão que
permite a sociedade ter informações e compartilhar ideias e a força de
mobilidade humana, seja na questão material, bem como na vida espiritual, na
proclamação do Reino e na comunhão do Corpo de Cristo, a Igreja.
Embora
a comunicação humana não se limite a voz, ao uso da língua, pois há outras
formas, auxiliares à voz, chamada de linguagem não verbal. Estas, no entanto,
não se levando em conta as deficiências passiveis ao ser humano, requerem
interpretação do interlocutor, conhecimentos linguísticos e conhecimentos “senso
comum”, adquiridos ao longo de sua existência.
Outras
formas de manifestarmos a linguagem:
-
por meio de gestos, por um olhar,
-
pela música,
-
pelas obras de arte,
-
pelos sinais gráficos,
-
pelos símbolos.
Processo
do ato comunicativo:
-
experiência cotidiana,
-
remeter e receber mensagens, com a finalidade de: informar, aconselhar,
persuadir, entreter, expor opiniões, dentre outras.
A Língua
que fala de amor, não pode falar mal do irmão.
–“ Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua...”
Tiago
nos alerta e ensina que isto não pode ocorrer, mas ocorre: “De
uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se
faça assim”.
E,
daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro:
Verdadeiramente também tu és deles, pois a tua fala te denuncia. Mt 26:73
Não
podemos usar este órgão para adorar e para amaldiçoar, ser instrumento de
adoração e de maldição, contra o próximo, criação do Senhor que adoramos.
“Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela
amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus”.
Tiago
infere da questão da semelhança da criatura ao Criador. A Confederação dos
Homens é portadora de algo único no Reino da Criação, ou seja, tem absoluta
dignidade, que fez o próprio Criador procurá-los no momento, mais vil do Éden,
pós-hamartia.
Pela distinção da Criação, não pela Sua Palavra
Eterna, mas pelas Suas Mãos Eternas terem criado o Homem. “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança...” Gn. 1.26;
2.7
Quando
amaldiçoamos o próximo estamos indiretamente tirando a dignidade e ferindo ao
próprio Deus – Criador.
Proclamamos
palavras piedosas, e como os fariseus, ignoramos e maltratamos ao próximo, com
nossas palavras.
“Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu
irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de
Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem
de língua, mas por obra e em verdade”. 1 Jo 3:17-18
Se
alguém diz:
Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. 1 Jo 4:20
Este
é o foco que devemos entender ao ler este trecho da Epístola de Tiago.
“Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a
palavra dita a seu tempo”. Pv 25:11
O
que falamos pode ser considerado precioso e pode ser achado faltoso.
A
artimanha da palavra proferida detém todos os segredos da alma do home. Assim,
como seremos julgados pelas nossas palavras
“A morte e a vida estão no poder da língua; e
aquele que a ama comerá do seu fruto”. Pv
18:21
Se
a Escritura Veterotestamentária já condenava o deszelo com as palavras, Jesus
Cristo reafirma, e Tiago continua a nos falar por est atitude
“Seja,
porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não;
porque o que passa disto é de procedência maligna”. Mt 5:37
“Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem
pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa
palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação”. Tg 5:12
Ao
ato de falar é algo inerente a convivencia, como dito acima,, contudo o
desprezo
e a falta de controle pelo dito é uma das responsabilidades que Tiago aponta.
O
escritor bíblico ressalta que somos presas deste membro que é representado como
um pequeno leme, que controlo um navio, em alto mar.
Somos
esta embarcação que percorre o mar da vida, as palavras que dissermos, ou a
forma como a produzimos serão a guia determinante de apontarmos a quina de nosso “barco” ao longo desta
jornada, a nossa própria vida.
A regra áurea do uso da
língua (palavra)
“O homem bom tira boas coisas do bom tesouro
do seu coração, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Mas eu vos digo
que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do
juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás
condenado”. Mt 12:35-37
Ela
pode nos guiar, a mares revoltos ou a mares calmos. Porém, mesmo que estejamos
em mares calmos o leme estará, se bem conduzido, nos garantindo a possibilidade
de sairmos da tempestade.
“Vede também as naus que, sendo tão grandes,
e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa”.
Se
falharmos e perdemos o controle do leme, iremos, ou encalhar em bancos de areia
(estagnação) e ficarmos ali a mercê das ondas que acossarão o nosso barco ate
destruí-lo, ou necessitaremos de ajuda para sermos levados a nossa rota correta
(auxílio divino), e esta ajuda só pode ser divinamente preparada pela Palavra.
Tiago ressalta que o leme tem um controlador, eu mesmo controlo a minha
embarcação! Eu sei que a boca é capaz de conduzir um animal tão forte como um
cavalo, mas eu deixo de conduzir a minha própria boca,
“...toda
a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo”.
O
controle é meu e não poderei culpar ninguém por qualquer erro na condução do
meu “barco”. Isto se chama: livre-arbítrio.
A
Lei da Língua é idêntica à lei inexorável da Semeadura: “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará!”, que podemos
transliterar em: “...tudo que o homem
falar, disto também provará!”
“Mas
prove cada um a sua própria obra, e
terá glória só em si mesmo, e não noutro. Porque cada qual levará a sua própria
carga. E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele
que o instrui. Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem
semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da
carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a
vida eterna. E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos...”
Gálatas
6:4-9
Como Domar
a língua?
“serão levados a tropeçar; a própria língua se voltará contra eles; todos os que os vêem
meneiam a cabeça” Sl 64.8
Esta é a proposição de Tiago, ao seus leitores.
Esta é a proposição de Tiago, ao seus leitores.
A
proposição de Tiago é teologicamente correta. Todos os homens tropeçam por
palavras.
“De maneira nenhuma; sempre seja Deus
verdadeiro, e todo o homem mentiroso;
como está escrito:Para que sejas
justificado em tuas palavras,E venças quando fores julgado”. Rm 3:4
A
nossa vitória será conquistada com a boca santificada e controlada, pelo
Espírito Santo, que pode nos fazer acontecer esta necessidade humana.
Se
conseguirmos isto seremos poderosos, mas o próprio escritor bíblico coloca o
pequeno membro, como incontrolável.
“Porque
toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de répteis como de
animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; Mas nenhum homem
pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha
mortal”.
Tiago
sabia da natureza humana, pecadora ele então aponta para a incompetência humana
para se corrigir, sem a ajuda divina, pois ele anteriormente já escrevera: ““Se
alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito...”. Ele aponta que há
como ser corrigida.
O Poder da
Língua é comparado ao poder das armas.
“Que afiaram as suas línguas como espadas; e
armaram por suas flechas palavras amargas” Sl 64:3
Quem
lida com armas necessita saber manejá-la, pois poderá se defender, mas também
poderá ferir alguém.
Esta
é uma forma de Tiago orientar, aos que querem ser mestres.
A
língua é assim, algo a ser dominada,
Tiago lembra que necessita ser domada.
Os
animais domesticados são feitos para serem criados junto aos homens, mas os
animais selvagens podem ser domados e controlados, mas nunca serão animais
domésticos, precisam de maior atenção e cuidados continuados, é o que Tiago que
nos ensinar, ao usar: domar.
Conclusão.
Tenhamos,
pois, cuidado com o que falamos.
Que
este cuidado seja com relação ao nossa própria vida, sobretudo com os que se
dizem , querem e são mestres e se dispõem a ensinar. Nossas palavras serão
nosso juízo diante de Deus e dos homens. Seja na esfera interpessoal –
homem-homem, na espera mística – homem-Deus, nos julgarão e nos farão crescer,
nos condenarão no Juízo.
Tiago
mantém o pensamento e ensino para que a pratica religiosa não seja apenas formal,
mas espiritual.
Se alguém entre vós
cuida ser religioso, e não refreia a sua
língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. Tiago 1:26
Tiago,
como bom escritor neotestamentário não se afasta do discurso, alerta para que o
homem não seja dobre, nem inconstante, (Tg
1.1-6ss). Ensina-nos que a sabedoria, assunto continuado neste capítulo,
deve ser buscada para que a palavra do homem, a língua, não nos impeça de
buscar a perfeição e completude:
“Tenha, porém, a
paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem
faltar em coisa alguma”. Tiago 1:4
Fonte:
Você sabe a diferença entre Peçonha e Veneno? Marcelo Szpilman - Biólogo
marinho formado pela UFRJ, com Pós-graduação Executiva em Meio Ambiente (MBE)
pela COPPE/UFRJ.
Site: Assim se faz
Bíblia de Estudo Genebra
Bíblia on line
Vânia Maria do Nascimento Duarte - Linguagem,
língua e fala.
Dicionário Strong
Fontes no corpo do texto
Departamento de Adolescentes da Igreja Evangélica
Verbo da Vida em Aracaju – Ananda Veras
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