Cristã
condenada à morte por blasfêmia no Paquistão é isolada. Asia Bibi, a primeira mulher a ser condenada à morte no país.
Ela sofre risco de Agressões e Morte na Prisão em Multan no Paquistão.
Cristã e Mãe de cinco filhos, é
acusada, mas nega ter insultado Maomé.
Autoridades
temem que ela seja agredida na prisão de Multan.
"Nada vai impedir que o evangelho alcance as pessoas. Mesmo que nos ataquem, temos um compromisso firmado com Cristo Jesus” diz um líder cristão paquistanês.
Na
realidade local, nenhum penalizado a Morte por este crime foi executado, mas, é
uma forma das autoridades punirem os Cristãos, e darem vazam a religiosidade da
população contra o Cristianismo. Asia Bibi foi fruto desta atitude, em sua
aldeia através do artifício de acusação e perseguição de seus vizinhos
muçulmanos.
Assim,
os deixaram vulneráveis, e à mercê da ‘sorte’, pois sabem que serão alvo de
agressões, por vezes fatais, sejam dos próprios presos, caso de Asia Bibi, e
mesmo dos seus carcereiros, caso de um britânico preso pela mesma acusação
ferido a tiros pelos guardas. E sob esta acusação, nenhuma Corte julgará as
suas agressões e mesmo morte com isenção ou até mesmo se negam a julgar ou
postergam as ações.
É
o caso de Asia Bibi, que está nesta situação desde 2010 e já conseguiu uma
Apelação, após muita pressão Internacional.
Ao
longo de 2014, a Portas Abertas e agências de notícias ao redor do mundo
noticiaram uma série de ataques contra cristãos no Paquistão.
Atualizações do caso de Asia Bibi, a primeira mulher a ser condenada à morte no país, repercutiu na mídia internacional e chamou a atenção para os abusos da lei de blasfêmia, aplicada com frequência.
Atualizações do caso de Asia Bibi, a primeira mulher a ser condenada à morte no país, repercutiu na mídia internacional e chamou a atenção para os abusos da lei de blasfêmia, aplicada com frequência.
Em
outubro de 2014, a Portas Abertas divulgou que a lei de blasfêmia é o principal
mecanismo de perseguição no Paquistão. Grupos extremistas incitam o ódio contra
os cristãos, resultando em prisões, agressões, sequestros, estupros e ataques a
casas e igrejas.
A
Constituição estabelece o islamismo como a religião do Estado, declarando
também que as minorias religiosas devem ter condições para professar e praticar
sua religião em segurança. Apesar disso, o governo limita a liberdade
religiosa.
A
comunidade cristã local vive no meio do fogo cruzado entre organizações
militantes islâmicas, que alvejam cristãos rotineiramente, e uma cultura
islamizada que mantém os cristãos isolados do restante da população. Mulheres
de grupos minoritários são particularmente vulneráveis, e ataques sexuais
contra meninas cristãs continuam a ocorrer.
Tribunal do Paquistão aceita recurso de cristã condenada
à morte. Asia Bibi foi condenada por blasfêmia em 2010, acusada de insultar
Maomé. O Tribunal Supremo do
Paquistão aceitou em 22 de Julho de 2015 examinar o recurso de apelação de Asia
Bibi, uma Cristã condenada à morte por blasfêmia, e apoiada por vários
dirigentes ocidentais. A defesa de Bibi recorreu do veredicto no fim de
novembro ante o Tribunal Supremo, a mais alta instância do país, após a
confirmação da pena de morte pelo Alto Tribunal de Lahore (leste). O Tribunal
Supremo fixará nos próximos dias uma data para começar a examinar a apelação,
explicou um dos advogados da condenada, Saiful Maluk, na saída da audiência.
Entendendo
O caso:
1-
Ser
cristã e não quer converter-se ao Islão. No Paquistão, assim como em outros
países islâmicos, a lei sobre a blasfêmia é utilizada "para resolver
questões que são pessoais". Bibi, que é uma camponesa, foi enviada para
buscar água, enquanto trabalhava em um campo. Diante disso, outras mulheres,
muçulmanas, protestaram. Por ela não ser muçulmana, ela contaminaria o
recipiente da água e o tornaria impuro. Exigiram que ela abandonasse sua fé
cristã e se convertesse ao Islão. Ela se negou.
2-
Em
sua defesa, respondeu a suas companheiras de trabalho que "Cristo morreu
na cruz pelos pecados da humanidade"; e perguntou àquelas mulheres o que
Maomé havia feito por elas. Ao ouvirem tais palavras, recorreram ao imame
local, esposo de uma delas, quem a denunciou à polícia pelo delito de
blasfêmia. O artigo 295 do Código Penal do Paquistão determina pena de morte
para quem blasfemar contra o Profeta do Islão.O juiz, Naveed Iqbal, quem a
condenou à morte, ofereceu-lhe a liberdade em troca dela se converter ao
Islamismo. Asia respondeu que preferiria morrer como cristã a sair da prisão
como uma muçulmana. E ainda disse a seu advogado: "Tenho sido julgada por
ser cristã. Creio em Deus e em seu enorme amor. Se o juiz me condenou à morte
por amar a Deus, estarei orgulhosa de sacrificar minha vida por Ele".Medidas
de segurança foram tomadas para proteger Asia Bibi na prisão de Shekhupura, de
onde foi transferida por pressões da Mídia Internacional. O cerco de Lahore foi
reforçado depois da operação militar que matou Osama bin Laden. Asia permaneceu
isolada e cozinhava sua própria comida para evitar ser envenenada.
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Asia Bibi, uma cristã, que é mãe de cinco filhos, nega a acusação.
Uma cristã
condenada à morte por blasfêmia no Paquistão foi colocado em isolamento pelo
risco de ser agredida dentro da prisão, depois que várias pessoas detidas por
este delito morreram em ataques dentro e fora das celas. Asia Bibi, mãe de
cinco crianças, foi condenada à pena capital em 2010 depois de ter sido acusada
de insultar o profeta Maomé por muçulmanos de sua aldeia com quem havia tido
uma disputa, algo que ela sempre negou. A blasfêmia é um tema muito sensível no
Paquistão. Até hoje ninguém foi executado no país por esta acusação, mas muitos
condenados e acusados de insultar o islã sofreram mortes violentas nas prisões.
No ano passado, um cidadão britânico-paquistanês condenado à morte por
blasfêmia foi ferido a tiros por um guarda em uma prisão de Adiala, norte do
país, enquanto um casal acusado de incendiar um exemplar do Alcorão foi
queimado.
O
País que hoje conhecemos como Paquistão era inicialmente parte da Índia. A
história paquistanesa atual começa durante o período em que a Índia era colônia
britânica, época em que alguns muçulmanos iniciaram o processo para obter um
estado soberano. Allama Iqbal (escritor e filósofo) e Muhammad Ali Jinnah (que se
tornou líder do movimento) foram os proponentes da idéia de um estado
muçulmano. Assim sendo, o Paquistão foi fundado em 1.947. InfoEscola; G1; BBC; Portas Abertas
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