Destruição em Minas Gerais - Mariana.
Oremos pela região.
“...parte
das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se
tornaram amargas. Apocalipse 8:11; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram
ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.”
Mateus 7.27
"A barragem estourou, a barragem estourou", gritava a vizinha de Marcos Júnior de Souza, 15. O menino, que se preparava para tomar banho, não acreditou.
O desastre
provocado pelo rompimento de uma barragem de lagoa de contenção de Resíduos De Mineração gerou a
destruição de dois Distritos da Região mineira de mariana, cidade histórica,
próximo a Ouro Preto.
Toda mineração
trabalha com muita água para desmonte de rochas e no processo de retirada do
minério e estas águas ficam contaminadas por produtos químicos utilizados,
neste processo e para não ser lançar a mistura deste subproduto líquido na
natureza, e produzir contaminação em águas subterrâneas, fontes e rios decantam
os materiais
pesados nestas Lagoas de decantação que formam imenso lagos, não
naturais com produtos contaminados. Antes de
serem liberadas para o abrigo, as vítimas passam por descontaminação para se
livrar de resíduos de minério de ferro e produtos químicos que estavam
misturados na lama que atingiu os dois distritos.
"As
pessoas que são resgatadas passam primeiramente por um processo de lavagem com
água e sabão para evitar qualquer problema de saúde por conta de contaminação
de ferro. Depois, elas são encaminhadas para hospitais e
abrigos", informou a corporação.
O que
ocorreu fez com que todo o imenso volume descesse morro abaixo e atingisse os
subdistritos de Bento Rodrigues e Paracatu (a 116 km de Belo Horizonte, Minas Gerais),
destruindo e inundando as vilas, conforme mostram as imagens, com veículos sobre
telhados e as casas submersas, neste mar de lama contaminada.
Noticias dão
conta que o Rio Doce que abastece grande parte de Minas Gerais já recebeu parte
deste liquido e pode trazer danos ao Abastecimento de cidades que se utilizam
de suas águas, em outro Estado, além de Minas Gerais.
Muitos estão
desaparecidos, e com localidades totalmente sem acesso, pois as vias
desapareceram sob o mar de lama e os Bombeiros e Defesa Civil só acessam os
locais a pé ou de helicópteros.
Muitas famílias
estão sem contato com seus familiares, pois muitos no arrasto da água foram
separados.
É emocionante,
como mostram os programas de noticiário, os encontros a cada grupo ou pessoa
encontrado.
'Pulei de telhado em telhado', diz jovem que
escapou de acidente em MG
"A
barragem estourou, a barragem estourou", gritava a vizinha de Marcos
Júnior de Souza, 15. O menino, que se preparava para tomar banho, não
acreditou. "Como a minha vida inteira falaram que a barragem iria
estourar, não liguei. Até que eu vi a água invadir a minha casa", conta.
Com
a água subindo cada vez mais rápido, Marcos, que estava sozinho, correu para
escapar. "Resolvi sair pela janela. Subi no teto e fui pulando de telhado
em telhado." Com a ajuda de vizinhos, chegou ao alto do morro e deixou seu
vilarejo para trás.
Cerca
de 500 pessoas já tinham sido resgatadas
no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana (a 116 km de Belo Horizonte,
Minas Gerais), até a manhã desta sexta-feira (6), segundo informação dos
bombeiros de Belo Horizonte. Antes de serem liberadas para o abrigo, as vítimas
passam por um processo de descontaminação por conta da contaminação de resíduos
de minério de ferro e produtos químicos que estavam misturados na lama que
atingiu os dois distritos.
Um
"tsunami de lama" destruiu centenas de casas, arrastou carros e
caminhões e deixou ao menos um morto e cerca de 25 desaparecidos nesta quinta
(5), num subdistrito da cidade histórica de Mariana (a 124 km de Belo
Horizonte), após duas barragens de uma mineradora se romperem.
O
acidente ocorreu por volta das 15h30, em Bento Rodrigues, a 35 km do centro de
Mariana. A vila, que tem 121 casas e 492 moradores, segundo o IBGE, foi
totalmente inundada pela lama. Quatro helicópteros foram enviados ao local para
resgatar moradores que ficaram ilhados.
Muitos
dos moradores do subdistrito de Bento Rodrigues afirmam que o alerta sobre o
rompimento das barragens foi dado pelos vizinhos.
"Não
teve aviso, sirene, nada", conta o aposentado Marcílio Ferreira, 72,
que estava em sua plantação de alface quando ouviu os gritos da vizinhança e
deixou o local.
Alarme na Escola
O
menino Jonatas Ferreira Coelho, 14, estava na sala de aula quando a diretora
entrou correndo e mandou todo mundo "ir pro mato" o mais rápido
possível. "As professoras ficaram nos orientando a subir para qualquer
lugar alto", conta o garoto.
Os
três estavam, na noite desta quinta-feira (5), em uma escola no vilarejo de
Santa Rita Durão, ao lado de Bento Rodrigues. Lá, tomavam banho, ganhavam
roupas novas e esperavam o dia seguinte, quando as buscas deverão ser
retomadas.
"Passou
um caminhão buzinando e nos mandando subir. A gente começou a correr, foi um
atropelando o outro. um desespero total. Não sei o que aconteceu com quem não
conseguiu subir", disse a dona de casa Alexleila Agda dos Santos.
Emocionada, ela ainda contou que viu o tio ser soterrado pela lama. "Acho
que ele morreu."
Mas
dezenas de pessoas não conseguiram deixar o local. Moradores disseram que havia
um grupo ilhado próximo a uma caixa d'água.
DESESPERO
Desde
o começo da noite, quase não havia informações, já que os celulares não
funcionavam em Santa Rita Durão e Bento Rodrigues.
Nos
hospitais da região, dezenas de pessoas se amontoavam à espera de informações
sobre mortos e feridos.
Sem
conseguir falar com os parentes que moram no vilarejo de Bento Rodrigues, a
cabeleireira Uislaine Aparecida, 33, correu para o ginásio de esportes de
Mariana.
"O
telefone não funciona, ninguém dá notícias", desesperava-se ela. O ginásio
era um dos locais usados pela prefeitura para receber os desabrigados. Assim
como ela, dezenas de pessoas foram ao ginásio em busca de notícias sobre
parentes e amigos.
O
auxiliar Lucas Oliveira, 24, que trabalha na Samarco e estava na usina de
Germano, próxima à barragem do Fundão, também foi ao local em busca de
informações. Mas, diferentemente da maioria, ele conseguiu falar com amigos e
parentes – nenhum deles estava em Bento Rodrigues no momento do rompimento das
barragens. Folha
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