Jesus, o Homem Perfeito
Lição 12 – CPAD
Estudo subsídio Pastor e Professor Osvarela
Texto Áureo
"E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens." (Lc 2.52)
Texto Bíblico
Lucas 2.40-52
40 - E o menino crescia e se fortalecia em espirito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.
41 - Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, à Festa da Páscoa.
42 - E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa.
43 - E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o souberam seus pais.
44 - Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia e procuravam-no entre os parentes e conhecidos.
45 - E, como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele.
46 - E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.
47 - E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas.
48 - E, quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos.
49 - E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?
50 - E eles não compreenderam as palavras que lhes dizia.
51 - E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no coração todas essas coisas.
52 - E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.
Objetivo Específico
I - Expor a divindade de Jesus;
II - Explicar a humanidade de Jesus;
III - Assinalar a perfeição de Jesus.
O Cristo encarnado é reconhecido pelos que são de Deus
.
Em muitas religiões, há uma forma de “aceitar” (aspas, nossas), o Cristo, como um ser sobrenatural, até mesmo algumas de suas divindades, mas desprezando e não aceitando a sua forma humana encarnada. Fato que ocorre por muitos séculos, não é só em nossos dias, é bom que se diga.
O Cristo encarnado é reconhecido pelos que são de Deus.
Em muitas religiões, há uma forma de “aceitar” (aspas, nossas), o Cristo, como um ser sobrenatural, até mesmo algumas de suas divindades, mas desprezando e não aceitando a sua forma humana encarnada. Fato que ocorre por muitos séculos, não é só em nossos dias, é bom que se diga.
O Apóstolo João escreve em suas epístolas sobre a identificação de espíritos contrários a esta totalidade da forma de Jesus Cristo, como o espirito do anticristo:
“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já agora está no mundo”. 1 João 4:1-3
Há ainda aqueles que encontram na vida humana de jesus Cristo, uma forma de desconsiderar a sua Divindade, sobre isto, escrevemos, à seguir.
Deidade: “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”. 1 João 5:20
Jesus é totalmente Deus e totalmente homem e N’Ele habita a plenitude: “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade;” Colossenses 2:9
Humano e Sem pecado.
Da mesma forma, há dificuldade na mente de alguns, em aceitarem que um homem, pudesse realizar o que Jesus Cristo realizou, o que Ele representa para toda a Humanidade, seja no sentido antropológico natural, seja no sentido salvifíco para a mesma Humanidade. Por isto, desprezam e desconsideram sua forma humana sem pecado, ligando-o a vida de alguns de seus discípulos e inserindo ao seu sabor fatos e erros de ensino sobre a vida de Jesus Cristo. Seja também pela sua ressurreição, fato que desafia a mente humana, dos que não creem no Senhor Jesus Cristo.
Fato que espantou seus concidadãos em Nazaré, onde fora criado e de onde eram seus pais. Assim narrou Lucas:
“O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, A pregar liberdade aos cativos... E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos. E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca; e diziam: Não é este o filho de José? E, levantando-se, o expulsaram da cidade, e o levaram até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem. Ele, porém, passando pelo meio deles, retirou-se.” Lucas 4:18-22;29,30
Sem Pecado
“Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”. Romanos 8:3-4
Assim, Deus é tanto um poder total como uma pessoa total, e uma pessoa com uma natureza moral. Ele faz distinção entre bem e mal, e define-os ao homem por seus preceitos e mandamentos. Mas o homem transgrediu esses preceitos e mandamentos, e isso é chamado pecado.
Jesus Cristo, sem pecados, e com poder para perdoar pecados, como descreve Lucas, por ocasião de um dos tantos debates que Jesus teve sobre sua humanidade e sua deidade:
“E, vendo ele a fé deles, disse-lhe: Homem, os teus pecados te são perdoados. E os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão só Deus? Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, respondeu... Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra poder de perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa”. Lucas 5:20-24
Lembre-se de Jesus Cristo, ressuscitado dos mortos, descendente de Davi, conforme o meu evangelho, pelo qual sofro e até estou preso como criminoso; contudo a palavra de Deus não está presa. 2 Timóteo 2.8-9
Isaías, “sou eu, eu mesmo, aquele que apaga suas transgressões, por amor de mim, e que não se lembra mais de seus pecados” Is. 43.25.
E disse por Jeremias, “porque eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados” Jr. 31.34.
Conceito de um pregador de Hong Kong, conforme Vicente Cheung: “Deus pega os nossos pecados e lança para trás dele, e quando Deus lança algo, isso continua em movimento para sempre.”
Formação do Evangelho de Lucas
A formação dos Evangelhos sinóticos – Mateus, Marcos e Lucas, é entendida por alguns teólogos e estudiosos, como um conteúdo que tem como base o Evangelho de Marcos, o menos extenso deles.
Marcos – 16 capítulos
Mateus – 28 capítulos
Lucas – 24 capítulos
Registros únicos, sobre a vida terrena de Jesus Cristo, no Evangelho de Lucas
Registros únicos:
Textos oferecidos unicamente pelo evangelho segundo Lucas
A pesca milagrosa (5,1-11);
Unção de Jesus por uma pecadora (7,36-50);
Mulheres que ajudavam Jesus (8,1-3);
A rejeição de Jesus por alguns samaritanos (9,51-56);
A visita a Maria e Marta (10,38-42);
O episódio de Zaqueu (19,1-10) e outros.
Há diversas parábolas exclusivamente nesse evangelho:
O bom samaritano (10,25-37);
Figueira estéril (13,6-9);
Ovelha perdida, a moeda perdida e o filho perdido (15,1-32) e outras.
Estes exemplos são alguns dos muitos textos oferecidos unicamente pelo evangelho segundo Lucas.
Heilsgeschichte - A História da salvação está presente no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, escrito por Lucas.
“E toda a carne verá a salvação de Deus”. Lucas 3:6
Lucas é cristológico, no sentido amplo de que a salvação é Cristo
Lucas é chamado de “teólogo da salvação”. É ele quem vai, dentro do bloco, Ele tem muito a dizer sobre a história da salvação (Heilsgeschichte).
Marcando as Datas e Dias do Filho do Homem
Para um escritor que pesquisou e depois escreve, após ter realizado suas pesquisas, com os apóstolos e demais discípulos, com ênfase no convívio de Pedro, com Paulo, Lucas é muito objetivo, quanto ao Hoje, aqui e agora do Filho do Homem, quanto à Salvação, dos homens e com a presença deste e a vinda de Jesus, a Salvação tornou-se uma realidade presente!
“E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto...” Lucas 2:1
“E, depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, concebeu...” Lucas 1:24
O “hoje” e “agora” em evidência.
Na árvore genealógica, diferentemente dos outros sinóticos ele coloca, Jesus, como um Homem, O Perfeito, da mesma linhagem de todos os homens, à partir de Adão:
Lucas escreve e descreve itens do cotidiano, para que os gentios, ou judeus de além, possam entender, desde o valor do dinheiro na palestina, até as regras e Leis civis vigentes, e possam entender qual a posição do Filho do Homem, neste contexto. Temos desta forma, uma visão ampliada, quase megafonizada dos dias de Jesus, incluindo:
- O Evangelho de Lucas é aquele que nos dá o mais completo e detalhado relato do nascimento virginal.
- O Evangelho de Lucas também revela mais plenamente do que qualquer dos outros o estado caído e depravado da natureza humana.
- Como dissemos, o Evangelho de Lucas é muito mais internacional em seu propósito do que os outros três, e é mais gentio do que judeu — temos evidências disso quando começamos a examinar esse Evangelho em detalhe.
Teologia ou Cristologia Em Lucas
Em Carne E Deidade
A questão de Jesus como homem perfeito, forma junto com a Trindade, ainda que esteja de toda forma inclusa na mesma discussão, pelo Filho, é importante para o cristianismo Universal e secular.
Assim, as informações de Lucas inferem de muita forma no Credo paulino, em uma das mais antigas declarações da base do cristianismo, como encontramos em I Coríntios:
“Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze”. 1 Coríntios 15:3-5
Buscando o tema em várias fontes notamos a Declaração de Fé da Calcedônia, que declara sobre o Homem Perfeito e compilamos e editamos partes da Declaração, a qual postaremos ao final deste estudo:
Quanto a Perfeição nas áreas do Ser Divino Encarnado, mesmo sendo Deus -
“Nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, perfeito quanto à humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, constando de alma racional e de corpo...”
Filipenses 2:6-11 Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
Uma Exegese compilada da Declaração de Fé da calcedônia embasa alguns pontos desta difícil tarefa de entender Lucas, sob a ótica dogmática, a qual ele utiliza de maneira inspirada, e que muitas vezes foi motivo de confusão doutrinaria e até mesmo de exclusão de muitos do Corpo da Igreja.
Buscamos assim, com os antigos estudiosos rever a caminhada deste tema, ao longo dos anos.
Nossa forma confessional nos alerta, e nos ensina, que devamos ensinar, e que se deve confessar o Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, é:
- perfeito quanto à divindade,
- perfeito quanto à humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, constando de alma racional e de corpo;
- substancia e constituição: O Filho é consubstancial [hommoysios] ao Pai, segundo a divindade,
- O Filho é da mesma forma consubstancial a nós, homens, segundo a sua humanidade; Porém, devido a sua Obra e pelo Plano da Salvação “em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado”, gerado segundo a divindade antes dos séculos pelo Pai e, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, gerado da Virgem Maria...;
Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, conseparáveis e indivisíveis;
[1] a distinção das naturezas de modo algum é anulada pela união, mas, pelo contrário, as propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma só pessoa e subsistência [hypóstasis- A palavra também é utilizada para se referir à divindade de Cristo, na chamada união hipostática de suas naturezas - divina e humana - em uma única hipóstase.]; não dividido ou separado em duas pessoas. Mas um só e mesmo Filho Unigênito, Deus Verbo, Jesus Cristo Senhor; conforme os profetas outrora a seu respeito testemunharam, e o mesmo Jesus Cristo nos ensinou e o credo dos pais nos transmitiu.
Nota.: A palavra hypóstasis, normalmente traduzida por substância, base, fundamento, é etimologicamente formada por hypò (sob, debaixo) + stáse (posição). Literalmente seria algo posicionado sob, o que pode realmente trazer a ideia daquilo que existe debaixo do ente, portanto substância é uma boa tradução.
O termo substância é usado desde Platão (c427-c347 a.C), mas é Aristóteles1 (384-322 a.C) que relaciona o conceito com a ideia do ser, isto é, substância é necessariamente aquilo que é, estabelecendo que a substância constitui a estrutura necessária do ser em sua concatenação causal2, quer dizer, o ser é a causa da substância. Quando o termo é relacionado com Deus no âmbito do Cristianismo, isto acontece nas discussões dos primeiros séculos relacionadas com a Trindade, especialmente em Atanásio3 (295-373 dC), que no Concílio de Nicéia (325 d.C) refuta as ideias de Ário, um presbítero em Alexandria, e em Agostinho4 (354-430 d.C). A palavra substância passa a ser preferida à palavra pessoa (prósopon) para descrever o Ser de Deus. O argumento era que o termo pessoa evocava mais a ideia de representação, máscara ou imagem, enquanto substância consistia na essencialidade do próprio ser. (1) Aristóteles, Metaphysica; (2) Conforme Nicola Abbagnano, Dicionário de Filosofia; (3) Bispo Atanásio de Alexandria; (4) Agostinho, De Trinitate
O Cristo encarnado é reconhecido pelos que são de Deus.
Fonte: http://estudandopalavra.blogspot.com/2015/04/evangelho-de-lucas-apoio-licoes-cpad-2.html
Blog do autor
Lição 12 – CPAD
Estudo subsídio Pastor e Professor Osvarela
Texto Áureo
"E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens." (Lc 2.52)
Texto Bíblico
Lucas 2.40-52
40 - E o menino crescia e se fortalecia em espirito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.
41 - Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, à Festa da Páscoa.
42 - E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa.
43 - E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o souberam seus pais.
44 - Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia e procuravam-no entre os parentes e conhecidos.
45 - E, como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele.
46 - E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.
47 - E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas.
48 - E, quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos.
49 - E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?
50 - E eles não compreenderam as palavras que lhes dizia.
51 - E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no coração todas essas coisas.
52 - E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.
Objetivo Específico
I - Expor a divindade de Jesus;
II - Explicar a humanidade de Jesus;
III - Assinalar a perfeição de Jesus.
O Cristo encarnado é reconhecido pelos que são de Deus
.
Em muitas religiões, há uma forma de “aceitar” (aspas, nossas), o Cristo, como um ser sobrenatural, até mesmo algumas de suas divindades, mas desprezando e não aceitando a sua forma humana encarnada. Fato que ocorre por muitos séculos, não é só em nossos dias, é bom que se diga.
O Cristo encarnado é reconhecido pelos que são de Deus.
Em muitas religiões, há uma forma de “aceitar” (aspas, nossas), o Cristo, como um ser sobrenatural, até mesmo algumas de suas divindades, mas desprezando e não aceitando a sua forma humana encarnada. Fato que ocorre por muitos séculos, não é só em nossos dias, é bom que se diga.
O Apóstolo João escreve em suas epístolas sobre a identificação de espíritos contrários a esta totalidade da forma de Jesus Cristo, como o espirito do anticristo:
“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já agora está no mundo”. 1 João 4:1-3
Há ainda aqueles que encontram na vida humana de jesus Cristo, uma forma de desconsiderar a sua Divindade, sobre isto, escrevemos, à seguir.
Deidade: “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”. 1 João 5:20
Jesus é totalmente Deus e totalmente homem e N’Ele habita a plenitude: “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade;” Colossenses 2:9
Humano e Sem pecado.
Da mesma forma, há dificuldade na mente de alguns, em aceitarem que um homem, pudesse realizar o que Jesus Cristo realizou, o que Ele representa para toda a Humanidade, seja no sentido antropológico natural, seja no sentido salvifíco para a mesma Humanidade. Por isto, desprezam e desconsideram sua forma humana sem pecado, ligando-o a vida de alguns de seus discípulos e inserindo ao seu sabor fatos e erros de ensino sobre a vida de Jesus Cristo. Seja também pela sua ressurreição, fato que desafia a mente humana, dos que não creem no Senhor Jesus Cristo.
Fato que espantou seus concidadãos em Nazaré, onde fora criado e de onde eram seus pais. Assim narrou Lucas:
“O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, A pregar liberdade aos cativos... E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos. E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca; e diziam: Não é este o filho de José? E, levantando-se, o expulsaram da cidade, e o levaram até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem. Ele, porém, passando pelo meio deles, retirou-se.” Lucas 4:18-22;29,30
Sem Pecado
“Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”. Romanos 8:3-4
Assim, Deus é tanto um poder total como uma pessoa total, e uma pessoa com uma natureza moral. Ele faz distinção entre bem e mal, e define-os ao homem por seus preceitos e mandamentos. Mas o homem transgrediu esses preceitos e mandamentos, e isso é chamado pecado.
Jesus Cristo, sem pecados, e com poder para perdoar pecados, como descreve Lucas, por ocasião de um dos tantos debates que Jesus teve sobre sua humanidade e sua deidade:
“E, vendo ele a fé deles, disse-lhe: Homem, os teus pecados te são perdoados. E os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão só Deus? Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, respondeu... Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra poder de perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa”. Lucas 5:20-24
Lembre-se de Jesus Cristo, ressuscitado dos mortos, descendente de Davi, conforme o meu evangelho, pelo qual sofro e até estou preso como criminoso; contudo a palavra de Deus não está presa. 2 Timóteo 2.8-9
Isaías, “sou eu, eu mesmo, aquele que apaga suas transgressões, por amor de mim, e que não se lembra mais de seus pecados” Is. 43.25.
E disse por Jeremias, “porque eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados” Jr. 31.34.
Conceito de um pregador de Hong Kong, conforme Vicente Cheung: “Deus pega os nossos pecados e lança para trás dele, e quando Deus lança algo, isso continua em movimento para sempre.”
Formação do Evangelho de Lucas
A formação dos Evangelhos sinóticos – Mateus, Marcos e Lucas, é entendida por alguns teólogos e estudiosos, como um conteúdo que tem como base o Evangelho de Marcos, o menos extenso deles.
Marcos – 16 capítulos
Mateus – 28 capítulos
Lucas – 24 capítulos
Registros únicos, sobre a vida terrena de Jesus Cristo, no Evangelho de Lucas
Registros únicos:
Textos oferecidos unicamente pelo evangelho segundo Lucas
A pesca milagrosa (5,1-11);
Unção de Jesus por uma pecadora (7,36-50);
Mulheres que ajudavam Jesus (8,1-3);
A rejeição de Jesus por alguns samaritanos (9,51-56);
A visita a Maria e Marta (10,38-42);
O episódio de Zaqueu (19,1-10) e outros.
Há diversas parábolas exclusivamente nesse evangelho:
O bom samaritano (10,25-37);
Figueira estéril (13,6-9);
Ovelha perdida, a moeda perdida e o filho perdido (15,1-32) e outras.
Estes exemplos são alguns dos muitos textos oferecidos unicamente pelo evangelho segundo Lucas.
Heilsgeschichte - A História da salvação está presente no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, escrito por Lucas.
“E toda a carne verá a salvação de Deus”. Lucas 3:6
Lucas é cristológico, no sentido amplo de que a salvação é Cristo
Lucas é chamado de “teólogo da salvação”. É ele quem vai, dentro do bloco, Ele tem muito a dizer sobre a história da salvação (Heilsgeschichte).
Marcando as Datas e Dias do Filho do Homem
Para um escritor que pesquisou e depois escreve, após ter realizado suas pesquisas, com os apóstolos e demais discípulos, com ênfase no convívio de Pedro, com Paulo, Lucas é muito objetivo, quanto ao Hoje, aqui e agora do Filho do Homem, quanto à Salvação, dos homens e com a presença deste e a vinda de Jesus, a Salvação tornou-se uma realidade presente!
“E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto...” Lucas 2:1
“E, depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, concebeu...” Lucas 1:24
O “hoje” e “agora” em evidência.
Na árvore genealógica, diferentemente dos outros sinóticos ele coloca, Jesus, como um Homem, O Perfeito, da mesma linhagem de todos os homens, à partir de Adão:
Lucas escreve e descreve itens do cotidiano, para que os gentios, ou judeus de além, possam entender, desde o valor do dinheiro na palestina, até as regras e Leis civis vigentes, e possam entender qual a posição do Filho do Homem, neste contexto. Temos desta forma, uma visão ampliada, quase megafonizada dos dias de Jesus, incluindo:
- O Evangelho de Lucas é aquele que nos dá o mais completo e detalhado relato do nascimento virginal.
- O Evangelho de Lucas também revela mais plenamente do que qualquer dos outros o estado caído e depravado da natureza humana.
- Como dissemos, o Evangelho de Lucas é muito mais internacional em seu propósito do que os outros três, e é mais gentio do que judeu — temos evidências disso quando começamos a examinar esse Evangelho em detalhe.
Teologia ou Cristologia Em Lucas
Em Carne E Deidade
A questão de Jesus como homem perfeito, forma junto com a Trindade, ainda que esteja de toda forma inclusa na mesma discussão, pelo Filho, é importante para o cristianismo Universal e secular.
Assim, as informações de Lucas inferem de muita forma no Credo paulino, em uma das mais antigas declarações da base do cristianismo, como encontramos em I Coríntios:
“Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze”. 1 Coríntios 15:3-5
Buscando o tema em várias fontes notamos a Declaração de Fé da Calcedônia, que declara sobre o Homem Perfeito e compilamos e editamos partes da Declaração, a qual postaremos ao final deste estudo:
Quanto a Perfeição nas áreas do Ser Divino Encarnado, mesmo sendo Deus -
“Nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, perfeito quanto à humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, constando de alma racional e de corpo...”
Filipenses 2:6-11 Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
Uma Exegese compilada da Declaração de Fé da calcedônia embasa alguns pontos desta difícil tarefa de entender Lucas, sob a ótica dogmática, a qual ele utiliza de maneira inspirada, e que muitas vezes foi motivo de confusão doutrinaria e até mesmo de exclusão de muitos do Corpo da Igreja.
Buscamos assim, com os antigos estudiosos rever a caminhada deste tema, ao longo dos anos.
Nossa forma confessional nos alerta, e nos ensina, que devamos ensinar, e que se deve confessar o Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, é:
- perfeito quanto à divindade,
- perfeito quanto à humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, constando de alma racional e de corpo;
- substancia e constituição: O Filho é consubstancial [hommoysios] ao Pai, segundo a divindade,
- O Filho é da mesma forma consubstancial a nós, homens, segundo a sua humanidade; Porém, devido a sua Obra e pelo Plano da Salvação “em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado”, gerado segundo a divindade antes dos séculos pelo Pai e, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, gerado da Virgem Maria...;
Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, conseparáveis e indivisíveis;
[1] a distinção das naturezas de modo algum é anulada pela união, mas, pelo contrário, as propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma só pessoa e subsistência [hypóstasis- A palavra também é utilizada para se referir à divindade de Cristo, na chamada união hipostática de suas naturezas - divina e humana - em uma única hipóstase.]; não dividido ou separado em duas pessoas. Mas um só e mesmo Filho Unigênito, Deus Verbo, Jesus Cristo Senhor; conforme os profetas outrora a seu respeito testemunharam, e o mesmo Jesus Cristo nos ensinou e o credo dos pais nos transmitiu.
Nota.: A palavra hypóstasis, normalmente traduzida por substância, base, fundamento, é etimologicamente formada por hypò (sob, debaixo) + stáse (posição). Literalmente seria algo posicionado sob, o que pode realmente trazer a ideia daquilo que existe debaixo do ente, portanto substância é uma boa tradução.
O termo substância é usado desde Platão (c427-c347 a.C), mas é Aristóteles1 (384-322 a.C) que relaciona o conceito com a ideia do ser, isto é, substância é necessariamente aquilo que é, estabelecendo que a substância constitui a estrutura necessária do ser em sua concatenação causal2, quer dizer, o ser é a causa da substância. Quando o termo é relacionado com Deus no âmbito do Cristianismo, isto acontece nas discussões dos primeiros séculos relacionadas com a Trindade, especialmente em Atanásio3 (295-373 dC), que no Concílio de Nicéia (325 d.C) refuta as ideias de Ário, um presbítero em Alexandria, e em Agostinho4 (354-430 d.C). A palavra substância passa a ser preferida à palavra pessoa (prósopon) para descrever o Ser de Deus. O argumento era que o termo pessoa evocava mais a ideia de representação, máscara ou imagem, enquanto substância consistia na essencialidade do próprio ser. (1) Aristóteles, Metaphysica; (2) Conforme Nicola Abbagnano, Dicionário de Filosofia; (3) Bispo Atanásio de Alexandria; (4) Agostinho, De Trinitate
O Cristo encarnado é reconhecido pelos que são de Deus.
Fonte: http://estudandopalavra.blogspot.com/2015/04/evangelho-de-lucas-apoio-licoes-cpad-2.html
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