sábado, fevereiro 1

Adoração Nas Escolas – Um Movimento Que Cresce No Brasil

 Adoração Nas Escolas – Um Movimento Que Cresce No Brasil

Um Movimento que tem crescido e tem repercussão em eventos recentes nas universidades americanas, com reuniões de horas com alunos agora surge com força nas nossas escolas públicas, o movimento de cultos e reuniões de adoração, e Worship,  nos períodos ou intervalos das aulas e recreio.

Tem sido usado para ajudar aos alunos de confissão evangélica ou não que voluntariamente possam se ajuntar ou assistir as reuniões no ambiente escolar e dar aos jovens alunos e mesmo a professores um espaço e tempo de reflexão da Fé.

Worship é uma palavra inglesa que significa "adoração". No meio gospel, também é o nome de um estilo musical. O que é worship?

Nos Estados Unidos e em outros países de língua inglesa, a expressão ‘worship service’ é usada para indicar, literalmente, o serviço de adoração. Em outras palavras, é o equivalente ao culto aqui no Brasil. 

Pensando nisso, os louvores que acompanham esses momentos de oração passaram a ser chamados, lá fora, de “worship music”. Assim, essas canções recebem a classificação de “worship gospel”. Os louvores de worship simplificam as mensagens bíblicas, com palavras e expressões mais fáceis de serem entendidas pelo público. A experiência pessoal com Deus e o Divino também aparecem bastante, com a intenção de aproximar o ouvinte da vida em Cristo.

O Movimento tem se expandido em 19 Estados da Federação, com desataque ao movimento em Pernambuco e Goiás e Roraima.

"A escola é o nosso maior campo missionário", afirma Douglas, que é cantor e pastor da Assembleia de Deus e que realiza reuniões em escolas em Goiás.”

Embora seja criticado, o que acho normal, pois os jornalistas que realizam as reportagens, e acabam divulgando o movimento, são jornalistas seculares em sua maioria.

Em algum ponto é discutida a laicidade do Estado, o que é muito e sempre, questionada, tendo em vista que no Brasil é comum em eventos e em lugares públicos a participação de clérigos e sacerdotes ou lideranças religiosas em eventos e em inaugurações.

Alguns países têm religião de Estado e assim não são laicos, países ortodoxos (Rússia), caso da Grécia, países islâmicos, e outros.

E a laicidade tem por si mesmo, o significado que, se o Estado não impõe uma religião dá direito de culto a seus cidadãos, ou seja, um Estado secular ou Estado laico é um conceito do secularismo onde o poder do Estado é oficialmente imparcial em relação às questões religiosas:

Um Estado laico é aquele que não se vincula a nenhuma religião, garantindo a liberdade de culto e a igualdade entre os cidadãos.” A Constituição de 1891, no Brasil, foi a primeira a garantir a liberdade religiosa

Características 

O Estado laico não adota uma religião oficial

O Estado laico não privilegia ou preteriu crenças

O Estado laico protege a liberdade de culto

O Estado laico não justifica ações políticas em divindades

Segue a reportagem, editada com edição. A fonte é citada e indicado o link para acessar as reportagens.

Intervalos de louvor: devocional entra na rotina das escolas públicas

Adriana Ferraz - Do UOL, em São Paulo - 28/01/2025 05h30

Os chamados devocionais, momentos de adoração fora das igrejas, chegaram com força às escolas brasileiras —públicas e particulares, mesmo as não religiosas.

Comuns entre evangélicos, que os praticam individualmente ou em grupo, eles vêm crescendo em popularidade em livros, podcasts, vídeos e postagens na internet.

Em colégios, crianças e adolescentes se reúnem em intervalos para fazer leituras bíblicas, cantar músicas e ouvir pregações.

Os encontros podem ser pequenos e organizados pelos próprios alunos, de forma espontânea, ou contar com convidados e apresentações.

Segundo levantamento do UOL, isso já ocorre em colégios de ao menos 19 estados.

O fenômeno vem acendendo debates. O 19º artigo da Constituição brasileira determina que escolas administradas pelo Estado estão proibidas de apoiar cultos ou igrejas, salvo por interesse público.

A discussão já chegou ao Ministério Público e ao Congresso. Já existe um projeto de lei para liberar atos religiosos voluntários em escolas, incluindo os devocionais, sob pena de multa ao gestor que vetar o encontro.

Para entender o fenômeno, a reportagem ouviu mais de 15 pessoas, entre juristas, professores, influenciadores, pais e alunos, que divergem. Uns criticam eventuais excessos, outros pregam liberdade religiosa.

Grupo de oração dentro da escola

Uma pesquisa na internet com os termos "devocional nas escolas" ou "intervalo bíblico" revela centenas de vídeos e até orientações sobre como falar do Evangelho no ambiente escolar.

Em São Paulo, alunos da Etec Guaracy Silveira, em Pinheiros, criaram um grupo fixo que se reúne às quartas-feiras.

Na Escola Estadual Sylvio Rabello, no Recife, os encontros também são semanais e acontecem desde o começo de 2024.

Na Escola Estadual Guiomar de Vasconcelos, em Canguaretama (RN), as atividades são divulgadas em um perfil no Instagram, que mostra o grupo sempre reunido em uma área ajardinada do colégio.

Com o aval dos diretores, os alunos usam microfones, espaços de uso comum —como bibliotecas e quadras poliesportivas— e recebem convidados, muitas vezes líderes religiosos.

Mas, segundo especialistas e educadores, a falta de norma para esse tipo de atividade pode levar a excessos.

"O movimento é feito sob orientação de lideranças evangélicas, neopentecostais, que transformam intervalos em cultos. Isso incomoda alunos e familiares que não compartilham da mesma fé", afirma o professor Marcondes Rodrigues, da rede estadual em Paudalho (PE).

O professor e pesquisador Fernando Cássio, da Faculdade de Educação da USP, ressalta que o Estado é responsável pelo que acontece nas escolas públicas.

"Não se pode permitir que encontros dessa natureza interfiram na rotina, seja a partir do uso de música alta ou de tentativas de imposição de uma fé. A escola pública deve ser um espaço marcado pela diversidade", observa.

A técnica em radiologia Alexandra da Silva, 41, mãe de uma adolescente de 16 anos que participa de devocionais na escola, defende os encontros e destaca que só participa quem quer.

"Os alunos que desejam adorar a Deus se reúnem para orar, fazer a leitura da Bíblia e compartilhar aquele momento. Faz muito bem à minha filha e até mesmo aos alunos que não são cristãos e resolvem participar", diz ela.

Estudantes a favor e MP de olho

Críticos afirmam que os "intervalos bíblicos", populares nas escolas estaduais, podem configurar ataques à laicidade do Estado.

O debate chegou ao Ministério Público de Pernambuco em abril de 2024, quando o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do estado (Sintepe) relatou preocupação com a prática.

Foi aberto um procedimento para "garantir que não haja excessos".

Segundo o promotor de Justiça Salomão Ismail Filho, isso pode acontecer por meio de música alta, visita de líderes religiosos e proselitismo (ação de tentar convencer) —vetado pela Constituição.

Por lá, alunos a favor dos encontros lançaram um abaixo-assinado virtual que já reúne mais de 17 mil assinaturas, com apoio de parlamentares evangélicos.

A nossa base é a Bíblia, que, como todos sabem, não é prejudicial a ninguém. Pelo contrário, a Bíblia promove e também aumenta a ética de muitas pessoas que são alcançadas pela Palavra.” João Pedro dos Santos, estudante, em audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco em dezembro de 2024.

Handrielly Soares, 17, que estuda na Escola Estadual Sylvio Rabello, no Recife, afirma que os encontros são autorizados pela direção e acontecem em espaços que costumam estar vazios, como o auditório.

"Podemos utilizar o intervalo da maneira que quisermos. É um momento livre no qual decidimos nos reunir para louvar e escutar ou ler a Bíblia sem incomodar ninguém."

Ivete Caetano, presidente do Sinpro (Sindicato dos Professores de Pernambuco), afirma que a entidade não é contra manifestações religiosas nas escolas, desde que a laicidade do Estado seja assegurada.

"A escola deve ser por excelência um local diverso e de promoção da ciência. É só fazer um paralelo com a política. Na escola não podemos fazer campanha eleitoral para um partido, mas podemos discutir as propostas dos candidatos de forma plural", diz.

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco informou que não iria comentar a polêmica dos intervalos bíblicos. O governo de Raquel Lyra (PSDB) ainda não se manifestou sobre o assunto.

A escola deve ser por excelência um local diverso e de promoção da ciência. É só fazer um paralelo com a política. Na escola não podemos fazer campanha eleitoral para um partido, mas podemos discutir as propostas dos candidatos de forma plural", diz.

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco informou que não iria comentar a polêmica dos intervalos bíblicos. O governo de Raquel Lyra (PSDB) ainda não se manifestou sobre o assunto.

Goiás

Goiânia hoje é referência nesse tipo de pregação, apesar de os intervalos bíblicos terem virado notícia em Pernambuco, após o Ministério Público do estado apurar eventuais excessos na prática.

Vídeos postados na internet mostram "momentos de cura" em escolas, como os conduzidos pelo goiano Lucas Teodoro, 21, da Assembleia de Deus.

Lucas criou um grupo chamado Aviva School, presente em 15 estados, e diz "dedicar a vida" à evangelização de jovens.

Vídeos postados na internet mostram "momentos de cura" em escolas, como os conduzidos pelo goiano Lucas Teodoro, 21, da Assembleia de Deus.

Encontro da organização missionária Aviva School.

Lucas criou um grupo chamado Aviva School, presente em 15 estados, e diz "dedicar a vida" à evangelização de jovens.

Ele critica o debate em curso e ressalta que ninguém é obrigado a participar.

"Tudo o que acontece é por livre e espontânea vontade dos alunos. O Estado laico garante a liberdade religiosa. Como então o aluno não pode ler a Bíblia na escola dele? Como não pode orar no intervalo?", questiona.

Dos testemunhos de cura aos cultos no pátio

Em Goiás, é comum escolas convidarem "missionários influencers" para conduzirem os encontros.

Quadras e ginásios lotados viram cultos, muitas vezes anunciados como palestras motivacionais e transmitidos pelas redes sociais.

Outro missionário em escolas é Guilherme Batista, 35, pastor da Igreja Lagoinha de Goiânia que afirma ter pregado em cerca de mil escolas país afora.

Em suas redes sociais, ele mostra menores de idade ajoelhados, chorando e relatando suas dores diante dos colegas.

Um dos vídeos teve 3,2 milhões de visualizações no TikTok.

Em nota, a Secretaria de Educação de Goiás afirmou que as escolas respeitam a diversidade religiosa e de credo e que não há regra para a realização de palestras de cunho religioso na rede.

A pasta, no entanto, não respondeu como os influencers evangélicos têm acesso aos colégios.

Colégios cívico-militares também realizam eventos do tipo.

Professor e policial com Bíblia na mão

Em Roraima, a Secretaria de Educação e Desporto libera as instituições a realizar devocionais com a presença de docentes e policiais contratados, antes do início das aulas.

Policial lê trecho de Bíblia em encontro devocional em escola de Roraima

Em um vídeo de junho de 2024, o major da PM Luis Oliveira lê trechos da Bíblia a alunos do Colégio Estadual Militarizado Presidente Tancredo Neves, de Boa Vista.

Com a Bíblia na mão e uma arma na cintura, o oficial convoca os estudantes a concordarem com as citações, proferindo "amém", e a repetir uma oração ditada por ele.

O governo de Roraima afirmou que apura a conduta.

Fonte:

https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2025/01/28/intervalos-de-louvor-devocional-entra-na-rotina-das-escolas-publicas.htm?cmpid=copiaecola

Anexo:

O assunto inicial tem sequencia destacada sobre a atuação de influencers, como são chamados pela mídia não evangélica e com debate e críticas (normais por serem de jornalistas seculares) sobre atuação deste novo tipo de evangelismo, com base no worship.

Segundo Douglas, a cidade de Goiânia hoje é referência nesse tipo de pregação, apesar de os intervalos bíblicos terem virado notícia em Pernambuco, após o Ministério Público do estado apurar eventuais excessos na prática.

Estratégia de pregar em escolas é seguida por outros influencers evangélicos, como Guilherme Batista, Nicole Abiel Duarte, Milena Amorim e Douglas Borges.

"A escola é o nosso maior campo missionário", afirma Douglas, que é cantor e pastor da Assembleia de Deus.

Para ler mais sobre esta outra discussão clique no link

https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2025/01/28/missionario-diz-curar-estudantes-dentro-de-escolas-em-nome-de-jesus.htm

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