Uma Igreja Sem Pastor!
A CRISE AMEAÇA A
HISTÓRIA DA ICAR!
A busca por um sucessor pode ser um desafio.
Bento XVI reivindicou a saúde
debilitada por sua decisão de renunciar ao papado. Mas
as lutas de poder em curso e intriga no Vaticano provavelmente também
desempenhou um papel.
CÓDIGO DA VINCI REAL?
O longo episódio de abuso sexual caiu sobre o
papado de Bento XVI e de toda a igreja como uma sombra diabólica.
"A
visita papal à casa de Martin Luther também
serviu para cimentar o cisma e destruiu toda a esperança de uma aproximação
muito atrasada entre as duas grandes igrejas cristãs."
É o que passa a ser a
Igreja Católica Romana, após o dia 28 de fevereiro de 2013.
A Santa Sé anunciou que
o papado, exercido pelo teólogo alemão desde 2005, vai ficar vago até que o
sucessor seja escolhido, o que se espera que ocorra "o mais rápido
possível" e até a Páscoa, segundo o porta-voz Federico Lombardi.
O barrete e os calçados estão vazios
O "Trono" de Pedro também?
É
uma decisão irrevogável e uma decisão que cria um vácuo de Poder naquela que é
a Igreja mais influente [muito menos do que já foi, por séculos] no
mundo.
Não
terá voz, nem Líder por um espaço temporal.
A
queda da ICAR é um fato notório e irreversível e nos aponta para os eventos apocalípticos,
queiramos ou não.
Os
Teólogos, em sua maioria não se surpreenderam, a mídia mais informada esperava
alguma atitude, talvez não tão drástica.
A
ICAR está num entrave secular idêntico aos da Idade Média.
Papa
que não é Papa, divisões internas, escândalos, temas sociais e morais, como
homossexualismo, contraceptivo – uso ou não fora do casamento e no casamento –
celibato dos sacerdotes, divisão no Clero Romano, perda de fiéis numa sangria
desatada em todo o Mundo, principalmente
na América Latina, na África, que se torna cada vez mais muçulmana, que era
considerada o Futuro da ICAR para seu crescimento.
Uma
Europa cada vez mais agnóstica e ateia, insensível aos clamores da ICAR e solo
de grande parte dos escândalos.
Os Casos Anteriores
O último pontífice a renunciar foi Gregório XII, há quase 600 anos.
Os Casos Anteriores
O último pontífice a renunciar foi Gregório XII, há quase 600 anos.
Historiadores
ainda divergem sobre o número de papas que renunciaram aos seus postos, mas há
unanimidade em três casos:
Ponciano,
Celestino
V e,
Gregório
XII.
Segundo
o historiador medieval Donald Prudlo, professor da Universidade do Alabama, por
ser uma situação extremamente rara, a decisão da renúncia abre um
questionamento sobre o que acontece com o papa após abdicar do cargo.
Um
dos casos mais conhecidos é o de Celestino V, que após a renúncia acabou sendo
colocado em uma espécie de cela, em uma vida reclusa sob supervisão do novo
pontífice, Bonifácio VIII. Situação diferente viveu o último papa a renunciar
antes de Bento XVI. "Gregório, por outro lado, viveu o resto de sua vida
como um bispo muito respeitado", afirma.
A trajetória
dos papas que renunciaram
São Ponciano – 235 dC
Ano
de 235 d.C., São Ponciano. O italiano nascido em 175 assumiu o comando da
Igreja Católica após um conclave em 230, uma época marcada por pela divisão do
catolicismo.
Ponciano
e outros líderes da Igreja foram exilados pelo imperador romano Maximino Trácio
na Sardenha, uma ilha do mar Mediterrâneo. Percebendo que jamais conseguiria
retornar ao Vaticano, decidiu renunciar ao posto.
Celestino V – 1294
São
Celestino V renunciou à função no mesmo ano de sua eleição, em 1294. Ele vivia
como eremita até a sua nomeação como papa e não se sentiu preparado para
assumir a liderança da Igreja. A escolha de um desconhecido foi a opção do
conclave para acabar com a guerra pela sucessão de Nicolau IV, morto dois anos
antes. Mas o novo Papa rapidamente expôs as razões que o impediam de
desempenhar suas funções: sua humildade e saúde. Ele abdicou em 13 de dezembro
de 1294 e alguns dias depois o cardeal Bento Gaetani foi eleito para sucedê-lo
sob o nome de Bonifácio VIII.
O
novo papa tentou manter Celestino a seu lado, mas o monge tentou escapar e se
juntar novamente à sua ordem, que passou a adotar o nome de
"Celestinos". No entanto, ele foi capturado pelos guardas do Papa e
passou a viver em uma espécie de cela. Celestino V morreu em 1296 e está
sepultado na igreja de sua ordem em Aquila.
Gregório XII – 1415
Nascido
em Veneza em 1327, Angelo Correr foi eleito papa com mais de 80 anos de idade.
Ele assumiu o posto em 1406, com o nome de Gregório XII. A renúncia ocorreu em 1415,
como parte de uma negociação no Concílio de Constança para acabar com as
disputas de poder dentro da Igreja durante o período do Grande Cisma do
Ocidente – uma crise na Igreja Católica que perdurou de 1378 a 1417. Como seu
sucesso, foi eleito Marinho V. Gregório se tornou um bispo respeitado e morreu
um ano depois.
OPINIÃO
NOS JORNAIS ALEMÃES E IMPRENSA INTERNACIONAL
-
Associated Press
Bento
"quebrou um tabu" ao renunciar, disse o Cardeal André Vingt-Trois
– Cardeal de Paris.
Trois disse à Associated
Press. "Ele rompeu com vários séculos de prática", ele acrescentou,
"e expressou a opinião de que não era apenas legítima, mas provavelmente
útil para um papa a renunciar e retirar de suas funções."
Vingt-Trois acrescentou
que "para o século por vir, acho que nenhum dos sucessores Bento XVI vai
se sentir moralmente obrigado a permanecer até a sua morte.”
Ders Spiegel
The World from Berlin: 'It Is Good that Benedict Is
Gone'
É BOM QUE BENEDITO SE VÁ!
Em Dusseldorf boneco
carnavalesco com os escândalos de abuso católicos e suposto fracasso da Igreja
para investiga-los rigorosamente. Até o Brasil está debaixo do manto papal!
Novo Papa Deve Ser
Europeu, Jovem E Ligado Em Tecnologia, Dizem Teólogos.
Diário
de centro-esquerda Süddeutsche Zeitung
escreve:
"Há
algo de amargo e trágico (decisão do Papa Bento XVI em demitir-se) .... Só em
sua partida Bento quebrou as correntes de tradição. Em qualquer outro lugar,
ele deixou essas correntes sozinho, ou até mesmo os que as fortaleceram.
Só
que desta vez piso sobre as tradições, além de suas origens, além do seu
entendimento tradicional da igreja. Só que desta vez ele se tornou um que pisou
além de tudo que sempre fora dada como verdade pela igreja. Diante de todos os
problemas enfrentados pela Igreja no terceiro milênio, ele permaneceu o papa do
século 20, um papa que vivia somente na casa na sabedoria teológica do segundo
milênio, mas que não tinha conhecimento sobre as tecnologias e as mudanças para
o terceiro milênio. Bento foi e continua sendo o último patriarca da igreja de
estilo antigo. "
"Quando
Bento XVI foi escolhido há oito anos, ele era visto como um papa de transição.
E ele fez muitos sacrifícios em moderar essa transição. Ele impressionantemente
enfrentou o escândalo de abusos. Mas ele permaneceu um papa de transição. Como
um construtor de pontes, que era nunca conseguiu chegar ao outro lado da ponte.
Como
tal, a questão permanece, no final do seu pontificado: transição para o que
ninguém sabe.
Esta
igreja não é mais triunfante, nem é combativa.
É
uma igreja questionando a que?... perguntas estão batendo, estão martelando, às
portas do Vaticano, mas eles não foram autorizadas a entrar: o papel da mulher
na igreja, o celibato, a moral sexual e o papel da igreja na comunidade
internacional".
"Esta
igreja permaneceu estacionária por 200 anos., O Vaticano não permitiu que a
vitalidade e o poder imaginativo da Igreja no Terceiro Mundo e na América
Latina se aproximar. As casas de Deus na Europa são grandes, mas eles estão
vazias. A organização é eficiente, mas impotente .... Ecclesia semper reformanda
- a igreja está sempre a ser reformada - diz o ditado, que por vezes é
atribuída a Santo Agostinho, por vezes, a Martin Luther. Mas se a
reforma é parte da essência da Igreja de sendo..., em seguida, ele se esqueceu
de sua essência. A igreja raramente necessita de uma reforma tão mal conduzida,
como faz no final do pontificado do Papa Bento XVI. "
Diário conservador Die
Welt escreve:
"Com
seu inédito de demissão, Joseph Ratzinger revelou uma fraqueza quase
individualista de um tipo que parece estranho para ele. Tão suave quanto ele
pode estar em interações pessoais, teológica e eclesiasticamente, ele tem sido
um homem de tradição e de autoridade, uma que acredita na imobilidade de
convenções.
Muitos
críticos veem o papa alemão como um ultraconservador que é incapaz de
compreender o mundo moderno, seja por teimosia ou obtusidade. Agora, eles estão
propensos a pagar-lhe o respeito irônico: ...Bem-vindo ao clube da auto
realização. "
"Uma
coisa ele não tem de partilhar: a sua recusa obstinada em modernizar a igreja
no espírito da democracia participativa. Deve-se, no entanto, reconhecer que
existem boas razões para fortalecer a instituição terrena da igreja como um
antípoda ao atual ‘zeitgeist’ e sua relativização inevitável de valores.
Deve-se entender por que ele não pode dizer sim ao casamento gay e por que ele não
pode abraçar o protestantismo dilema da igreja é simples: se
ele se recusa a curvar-se os tempos, vai perder membros, se ele faz curva, ele
vai.. perdê-los de qualquer maneira. Joseph Ratzinger, que já chamou a
si mesmo um "servo da verdade", incorpora e testemunha a convicção de
que a igreja só pode ser saudável se ele continua convencido das possibilidades
ilimitadas abertas pela fé completa. "
Diário
de Centro-direita Frankfurter Allgemeine
Zeitung escreve:
"A
decisão do papa em renunciar ao poder, mostra que ele não é apenas o produto de
sua força que está falhando. Bento viu-se confrontado com poderes na igreja que
obscureceu a luz da fé, umedeceu a esperança e o amor pervertido. O longo episódio de abuso sexual caiu sobre o papado de Bento
XVI e de toda a igreja como uma sombra diabólica. Mas este julgamento também mostrou a grandeza do
homem:. Mais do que qualquer de seus antecessores, ele enfrentou o delito e
olhou as vítimas nos olhos Se o estruturas instaladas pelo Vaticano para evitar
novos episódios de abuso vai trabalhar continua a ser visto. "
"Em
uma faceta, Bento XVI é semelhante ao seu predecessor, o Papa João Paulo II.
Ambos tiveram suas dificuldades em lidar com a Cúria Romana e com as
maquinações dos cardeais. João Paulo II escapou por viajar o mundo,
Bento XVI retirou-se para o mundo do seus livros. Mas seu
sucessor não será capaz de evitar a reforma do Vaticano a partir do zero. "
Diário
De esquerda Die Tageszeitung
A
primeira página é em grande parte em branco na terça-feira, mas as palavras
" Gott Sei Dank ", ou" Graças a Deus ".
Abaixo
um Editorial intitulado "ainda pior
do que o esperado."
"É bom que este papa se foi, porque não é
bom em nada. No Vaticano e certamente no resto da igreja global. Durante
seu papado de oito anos, o Papa Bento XVI conseguiu superar até mesmo os piores
temores abrigados por católicos na Alemanha. Como vice de Deus, Bento XVI
mostrou pouco interesse em enfrentar os numerosos crimes de abuso sexual dentro
de sua própria instituição. Ele também não deseja enfrentar a organização fascista Opus Dei. Se o
tema era mulheres, homossexuais, de estupro ou de direitos humanos, é difícil
ser mais reacionário do que este papa mostrou-se ".
"A
visita papal à casa de Martin Luther também
serviu para cimentar o cisma e destruiu toda a esperança de uma aproximação
muito atrasada entre as duas grandes igrejas cristãs."
"Seria
bom se o Papa Bento XVI fosse o último de sua espécie. E serão os livros de
história que irão serem capaz de escrever isto:... '. Esta renúncia papal foi o
início de uma nova era! A Igreja Católica finalmente entendeu que não poderia
continuar como antes. "- Charles Hawley, com relatórios por Julia Jüttner.
Gestão de novo pontífice
deve seguir mesmo caminho da de Bento XVI.
Rafael
Sampaio - 12/02/2013
07h15 - Do G1, em São Paulo
O
novo Papa deve ser europeu, mais jovem do que o papa Bento XVI quando assumiu o
cargo e ter uma relação maior com a tecnologia, aprofundando a participação do
Vaticano e do pontificado na Internet e nas redes sociais, avaliam teólogos
ouvidos pelo G1.
Especialistas
em religião apontam que dificilmente um Papa latino-americano - fato que nunca
aconteceu na história do Vaticano - será escolhido, devido à origem dos
cardeais aptos a escolher o novo pontífice, boa parte deles europeus. Alguns
apontam, no entanto, achar significativa e mais provável a ideia de ter um
africano ou indiano no cargo.
"Acho
que não é possível termos um Papa latino-americano. Acredito que vá ser um
italiano ou de outro país um europeu, até pela origem e configuração dos
cardeais. A maioria dos que formarão o conclave são europeus. Não vejo outro
caminho nesse momento. Esse é um dado objetivo", afirma o professor de
teologia da PUC-SP, Eulálio Avelino Figueira.
Para
Fernando Altemeyer, professor de teologia da PUC-SP e de instituições como o
Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal), a tendência é que se
confirme um europeu no cargo. "Há um conjunto grande de cardeais da
Alemanha, da Hungria e da França, além da própria Itália, aptos a votar",
avalia.
Ele
afirma que o novo papa não vai alterar posições da Igreja Católica quanto ao
uso de contraceptivos, camisinha, aborto, celibato ou casamento homossexual,
por exemplo.
"Questões
menores, como estilo de roupa, organização interna da Igreja, são mais simples
de alterar. Questões de moral, que envolvam valores centrais, não serão
modificadas", pondera.
Altemeyer
ressalta, no entanto, que a eleição de um papa africano seria positivo e algo
novo para o catolicismo. "Teríamos um cenário totalmente distinto de
preocupações culturais, sociais, questões a serem tocadas. A África é um grande
desafio", diz ele.
'Juventude'
Para
o professor da PUC-SP, o mais provável é que o novo papa seja relativamente
jovem em comparação com Bento XVI, que assumiu o cargo com 78 anos, em 2005, e
vai deixá-lo com 85 anos. "Acredito que o novo pontífice vai estar entre
60 e 70 anos, dentro desse perfil".
O
mais novo cardeal apto a disputar o cargo tem 53 anos, o arcebispo indiano
Baselios Cleemis Thottunkal, afirma Altemeyer. Na sequência está o arcebispo de
Manila, nas Filipinas, Luis Antônio Gokim Tagle, com 55 anos.
Doutora
em sociologia na França, autora de uma tese sobre o papel das mulheres no
catolicismo brasileiro e nas Comunidades Eclesiais de Base, Maria José
Rosado-Nunes considera haver dois tipos de desafios para o novo papa: com
relação às questões internas da Igreja Católica, e outros externos à
instituição.
Internamente,
diz ela, ocorreram escândalos financeiros e outros, por conta de casos de
pedofilia que teriam sido cometidos por membros da Igreja, que não foram
resolvidos de forma satisfatória na gestão de Bento XVI.
"Existem
processos judiciais inclusive contra o pontífice e outros altos membros da
Igreja, por de alguma forma terem sido coniventes com os crimes", avalia a
pesquisadora. O novo Papa poderia elucidar estes casos, na avaliação dela.
Conciliar
a disputa entre correntes conservadoras e outras de pensamento mais liberal
também é um desafio ao novo pontífice, avalia Rosado-Nunes, que é professora da
de ciência da religião na Universidade Metodista.
Escândalos
recentes e perda de liderança são desafios, afirma professora.
"Por
outro lado, há perda significativa de fiéis, mais recentemente na América
Latina, mas também nos EUA e na Europa. Na medida em que diminui o número de
fiéis, a Igreja perde força como referência religiosa do Ocidente", afirma
Rosado-Nunes.
Tecnologia e Religião
O
uso de redes sociais e internet pelo Vaticano vai se aprofundar com o próximo
papa, até como meio de se aproximar dos fiéis e defender valores da Igreja.
A
professora Rosado-Nunes concorda que é possível que a Igreja se aprofunde no
uso de tecnologia, com o novo papa. "Não há nada na forma como a Igreja é
gerida que a impeça de investir nisso. Quando o rádio era o instrumento de
comunicação por excelência, a Igreja investiu fortemente. Ela nunca deixou de
usar a tecnologia", pondera.
"É
um ambiente novo e a Igreja deve estar nele, a cultura passa por aí",
completa Altemeyer. Ele acredita que o papa vai manter e ampliar este vínculo
com as redes sociais, como Twitter.
11/02/2013
17h33 - Atualizado em 11/02/2013 22h36
Surpresa
e Desânimo na terra natal de Dom bento
Marktl-am-Inn - Cidade
natal do Papa achou que renúncia era 'pegadinha' de Carnaval
Com 2.700 habitantes,
cidade natal de Bento XVI fica no sul da Alemanha.
Comércio abalado.
O Vilarejo foi
rapidamente acusado de vender a alma ao diabo.
A Praça do Mercado foi
rebatizada para Piazza Benedetto.
Moradores
de Marktl-am-Inn chocados com a decisão do Papa.
Do
G1, em São Paulo
"Primeiro
eu achei que era uma pegadinha de Carnaval", comentou Caroline
Neumayer, jovem habitante de Marktl-am-Inn, cidade natal de Bento XVI, no sul
da Alemanha, após a renúncia do Papa nesta segunda-feira (11), que provocou
tristeza, mas também compreensão, informou a agência France Presse.
"Fui surpreendido, mas ele sabe o que faz",
declarou Maximilian Liedl, 59 anos, outro morador da agradável cidadezinha de
2.700 habitantes, localizada nos confins da Baviera, não longe da fronteira com
a Áustria.
Com
suas persianas cuidadosamente envernizadas, várias pequenas janelas alinhadas
em dois andares e seu telhado inclinado, o prédio número 11 da Praça do Mercado
parece uma casa de bonecas.
Foi
nesta casa opulenta, mais especificamente no segundo andar, que nasceu há 85
anos Joseph Ratzinger, filho de Maria e Joseph, futuro Bento XVI.
“...ele não foi Papa por
tanto tempo",
observou Caroline Neumayer, de 18 anos, que se lembra da visita da
"criança da aldeia" em 2006, um ano após a sua eleição para o
Vaticano.
O
prefeito Hubert Gschwendtner, que visitou o Papa em Roma em junho disse:
"Eu
não acredito que ele voltará para viver aqui, mas seria bom se viesse",
insistiu este senhor de 64 anos, que viu a mudança da cidade desde a eleição de
Joseph Ratzinger como Papa, em abril de 2005.
Anteriormente,
apenas 2.000 turistas por ano visitavam
a Marktl, vilarejo onde o padeiro vende pretzels na manteiga todos os dias
a partir das 5h30. Hoje aproximadamente 25 mil pessoas visitam a cada ano.
Durante
os dois primeiros anos do pontificado de Bento XVI, 200 mil turistas visitaram
o local e, desde então, cerca de 100 mil curiosos ainda vêm a cada ano.
Marktl-am-Inn
teve que construir estacionamentos e a casa do Papa, ainda propriedade privada
em 2005, foi adquirida pela comunidade católica e aberta ao público.
Pães, café até
cerveja...
De
um dia para o outro, um dos padeiros começou a produzir "biscoitos do Papa
Bento XVI", enquanto a concorrência passou a vender o "pão do
Vaticano".
Nas
empresas locais começaram a florescer "cervejas do Papa", o "mel
do Papa", o "salame do Papa", "o café cardeal".
A
conservadora Bavária não aprovou alguns produtos, que acabaram sendo removidos.
Apesar
da renúncia do Papa, Hubert Gschwendtner não acha que o fluxo de turistas vai
diminuir. "Eu sei que em Wadowice, a cidade natal de João Paulo II, o número de
visitantes aumentou depois de sua morte", disse.
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