CONFRONTANDO OS
INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO.
Subsídio e Estudo:
Pr. Osvarela
Paulo afirmou que a"palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus" 1 Co 1.18
O poder da Cruz se vive reconhecendo que nela Jesus morreu, em nosso lugar.
Filipenses 3 18. “Porque muitos há,
dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são
inimigos da cruz de Cristo”.
Filipenses 3 17-21. Sede também meus
imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos
que assim andam. Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora
também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, Cujo fim é a perdição;
cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas
coisas terrenas. Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o
Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo abatido, para
ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar
também a si todas as coisas.
Cruz de Cristo –
Marco da vitória.
"com
sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo" 1 Co 1.17.
Esta
é Fase doutrinária de Paulo, conhecida como a fase final da teologia paulina,
diferenciada da fase antioquena (a Teologia da eleição), esta é a – fase da
Teologia da Cruz!
Filipenses 2.8 E, achado na forma
de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à
morte, e morte de cruz.
Eis
apresentado, o Paulo efesino.
Preservando
a teologia antioquena, lembrando Fp 1. 1-6 PAULO e Timóteo, servos de
Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, [...] Tendo
por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará
até ao dia de Jesus Cristo;
Esta
fase doutrinária de Paulo se destaca, quanto à inserção do sacrifício vicário
de Jesus Cristo, O Senhor, e sacrifício executado, na Cruz!
É
a expressão consumatória, através do hino de Fp 2,que se insere na Teologia da primeira geração dos cristãos.
É
a doutrinação, aos Filipenses da dependência da Cruz de Cristo, nesta que foi a
primeira comunidade gentio-europeia cristã.
Atacada
por judaizantes (adotantes do legalismo – Nomia
– com os atoa aparentes, tais como, a Circuncisão), e com viés gnóstico notados
na defesa apologética de Paulo numa vida tricotômica, sob o marco da Cruz.
A
Cruz de Cristo é o símbolo da liberdade do homem, do vaticínio da morte eterna.
O
símbolo da redenção de toda a Federação dos homens.
A
Cruz de Cristo é o ponto decisivo do evento cristológico primevo, da Fé cristã.
É
a ligação desta Fé autentica ao Espírito e ao Amor, que regem a comunidade
amorosa dos Filipenses.
Nela,
Jesus Cristo executou a plenitude do plano divinal de redenção da Humanidade.
A
defesa da Cruz é a forma de voltar o olhar da comunidade de Filipos para o
cerne da Obra da Salvação: O sacrifício vicário, cantado no capítulo 2.
Rm. 2. 9-11 ... Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a
morte não mais tem domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez
morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós
considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus
nosso Senhor.
A
percepção deste trecho da Epístola paulina nos dá a certeza, que da mesma
forma, que os maus obreiros, os pregadores aproveitadores, contenciosos e
gananciosos, agora Paulo entra na defesa do Evangelho, no momento mais intenso
e definitivo: A Obra da Salvação.
Paulo
informa que iria insistir, num tema necessário, a manutenção da alegria entre
os de Filipos.
Ele
inicia o discurso deste trecho de sua epístola, um combate aos contradizentes:
1,2. RESTA, irmãos meus, que vos
regozijeis no Senhor. Não me aborreço
de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós. Guardai-vos
dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão;
Da
mesma forma, Paulo destaca o assunto, quanto à ação deste grupo, é hora de
destacar a sua atuação, com as seguintes palavras: “...cujo Deus é o ventre, e cuja glória
é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas”.
É
a citação deste trecho, que nos afiança a atividade deste agrupamento dos crentes,
entre a igreja neófita do primeiro século.
Muitos
até pela cultura inserida no consciente, pelo nascimento e vida entre a cultura
helênica (grega) poderiam ser induzidos, e desviados do “alvo” principal:
Visão da carne –
Visão do Espírito.
Nesta
fase da vida da igreja, Paulo exorta sobre, um perigo da introdução da
filosofia gnóstica, entre os que rodeavam a igreja de Filipos, querendo incluir,
no conteúdo cristão, forjado na Cruz seus conceitos teogônicos, eivados de
filosofia helênica.
“O
Gnosticismo significa "a crença na Salvação pelo Conhecimento" (Joan
O'Grady).
“Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também
esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”.
Paulo
coloca claramente, que a figura do Cristo da Cruz é a figura que conservará a
esperança escatológica, como “mitte” da Salvação.
Conceitualmente
o Gnosticismo grego, sob a bandeira dos filósofos, bem conhecidos por Paulo.
O Gnosticismo talvez
fosse a heresia mais perigosa que ameaçava a igreja primitiva durante os
primeiros três séculos. Influenciado por filósofos como Platão, o Gnosticismo é
baseado em duas premissas falsas. Primeiro,
essa teoria sustenta um dualismo em
relação ao espírito e à matéria. Os gnósticos acreditam que a matéria seja
essencialmente perversa e que o espírito seja bom. Como resultado dessa
pressuposição, os gnósticos acreditam que qualquer coisa feita no corpo,
até mesmo o pior dos pecados, não tem valor algum porque a vida
verdadeira existe no reino espiritual apenas. Got
questions
Desta
forma, o apóstolo apresenta as defesa da integração do homem, com plenitude tricotômica,
sem a divisão proposta pelo gnosticismo.
Combatendo
uma aparente igualdade de ensino dos gnósticos, que também criam no ser antropológico
tricotômico:
“O corpo e a alma,
produtos de poderes cósmicos, são partes do mundo e estão sujeitos às forças
cegas do destino. O espírito, ou o pneuma, é a porção da substância divina que
se liberta através do conhecimento. Como espírito liberta, alma adquire
capacidade para superar o corpo (que é mau)”. Eudaldo Freitas Medrado
Quanto
à salvação, o Gnosticismo ensina que salvação é adquirida através da posse de
conhecimento divino que liberta o ser das ilusões da escuridão.
Esta
proposição vai contra a pregação do Evangelho pregado pelo apóstolo Paulo:
1Te 5:23 - E o mesmo Deus de
paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo,
sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo.
Pois,
o final dos salvos em Cristo é a redenção N’Ele.
Gl. 6. 12-14 Todos os que
querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos,
somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo. Porque nem
ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos
circuncideis, para se gloriarem na vossa carne. Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo,
pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.
Se
alguém quiser gloriar-se, que se glorie na Cruz de Cristo e não na Lei e suas
obras, tendo que ter uma vida santa, no corpo, na alma e no espírito.
A Apologia Legalista
E O Viés Gnóstico.
“Os apologistas consideravam o gnosticismo
como produto da combinação entre filosofia grega e o cristianismo, é a helenização
aguda do cristianismo”. Adolf Harnack
Paulo
destaca um trecho da fala comum da filosofia helenista/romana, com viés da
filosofia gnóstica, que se introduzia no meio da igreja primitiva, com conteúdo
da capacidade e sabedoria humana.
Podemos
comparar a palavra central desta epístola – gozo – Chara – com o pensamento dos
filósofos, que a interpretavam como uma subdivisão do prazer, como crédito aqueles
que alcançavam o “conhecimento”.
Não
é de forma inapropriada, ou sem foco que ele fala que buscava o conhecimento,
desprezando todo o conhecimento humano, que possuía, até mesmo o declarando
como esterco.
Ele
dizia:
vs. - “pela
excelência do conhecimento, de Cristo Jesus, meu Senhor!”
O gnosticismo
consistia, essencialmente, na tentativa de fundir as revelações dadas por meio
de Cristo e seus apóstolos com os padrões de pensamento já existentes, o
cristianismo tornar-se-ia apenas mais outro culto misterioso greco-romano.
Paulo
sabia muito bem, deste perigo, e antes de qualquer avanço no centro da igreja,
tirando o valor do gozo em Cristo Jesus e a consequente ressurreição e vida
eterna, os notifica do perigo.
Confrontando
os Inimigos da Cruz
Corpo abatido em
corpo glorioso.
“Que
transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso,
segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”.
Combate
diretamente, com a verdade dos que vivem em Cristo, terem a consciência e a
esperança da transformação do corpo abatido, em um corpo glorioso, desfazendo a
herética proposição filosófica/gnóstica, que queria enganar a consciência espiritual,
com o discurso:
O que se
faz no corpo, não atinge a vida espiritual!
É
um alerta, que cabe muito bem nos nossos dias, quando muitas doutrinas
parecidas ou transvertidas, tem procurado introduzirem-se na vida doutrinária
da Igreja.
Isso
está acontecendo pela boca de muitos mensageiros, que se auto intitulam em “profetas”
de uma nova doutrina.
Efetivamente,
para os gnósticos, existem dois deuses: o deus criador imperfeito, que eles
associam ao Jeová do Velho Testamento e outro, bom, associado ao Novo
Testamento. O primeiro criou o mundo com imperfeição, e desta imperfeição é que
se origina o sofrimento humano, tendo a humanidade sido aprisionada neste mundo
pelo mesmo.
Desta
maneira Paulo ataca a percepção do “conhecimento” (sophia), sobre conhecer O Senhor.
Pois,
nesta epístola o Apóstolo Paulo se esmera em destacar o Kurios, termo utilizado para dignificar a autoridade de Jesus
Cristo, como Senhor.
Enquanto,
os que ele chama “que tem por deus o ventre” posicionavam indiretamente, a Divindade
celeste em dois tipos de seres.
Que
pensavam assim:
-“Efetivamente, para
os gnósticos, existem dois deuses: o deus criador imperfeito, que eles associam
ao Jeová do Velho Testamento e outro, bom, associado ao Novo Testamento. O
primeiro criou o mundo com imperfeição, e desta imperfeição é que se origina o
sofrimento humano, tendo a humanidade sido aprisionada neste mundo pelo mesmo”.
Rogério Bastos
- vs. 21. “Mas
a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor
Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu
corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as
coisas”.
Paulo
consolida, neste trecho da Epístola seu pensamento, contextual quanto ao
entendimento, de um Deus Uno consubstanciado em Deus Pai, filho e Espírito
Santo.
Filipenses 3 5-11. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento
que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não
teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a
forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem,
humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso,
também Deus
o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para
que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra,
e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o
Senhor, para glória de Deus Pai.
Paulo
avisa aos de Filipos sobre a Salvação só em Jesus, O Senhor, em detrimento de
uma salvação trazida pela gnsose ("saber"
– na gnose,a questão fundamental é a
"perfeição" (teleiõsis), pelo conhecimento - ou o autoconhecimento,
que liberta a consciência do homem, pode fazê-lo salvo!)
“um
movimento dedicado à obtenção de um conhecimento genuíno maior, por meio do
qual, se cria, poderia ser obtida a salvação” R.N. Champlin.
Cuidado.
Paulo
cuidava par que a igreja de Filipos não se torna-se uma igreja de crentes
indulgentes.
É
um aviso para cada um de nós:
-Não
sejamos legalistas;
-Não
sejamos indulgentes;
-Não
sejamos acomodados;
-Não
sejamos crentes nominais;
-Não
afirmemos ser cristãos, mas não andando de acordo com o modelo do serviço de
Cristo;
-Não
tomemos a liberdade de filhos, e vivamos conforme o “ventre” nos pede, façamos
tudo que este quer; vivendo nossos próprios desejos;
-Não
pensemos que o praticado pelo corpo, não atingirá a nossa alma, e espírito;
-Não
só afirmemos que somos cristãos, mas andemos no modelo dos que tem o por
passagem para a Salvação, não as nossas próprias obras, mas o efeito da Obra da
Cruz de Cristo.
Se agirmos
de tal maneira, seremos considerados, aos olhos de Deus, Inimigos da Cruz!
Pois,
ali se espelha a humildade, o desapego, a tudo e a toda filosofia de vida, ou
prazeres, mas ali se vê a plenitude da humilhação, sem legalismo ou apelo ao
direito que o Filho de Deus abdicou, sem deixar de ser Deus.
Cuidado,
há ainda muitos que se fazem inimigos da Cruz, cujo destino é a perdição!
E
na busca de sua própria “glória” entram em confusão espiritual, ou a trazem ao
meio do Povo de Deus.
Tanto
estes, quanto, nós mesmos, necessitamos de entender o que Paulo diz: “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também
esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo
abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de
sujeitar também a si todas as coisas”.
Confrontemos
os inimigos da Cruz, enquanto é tempo.
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