sábado, março 1

Quem é o Espírito Santo? Lição 9 CPAD

Quem é o Espírito Santo?

Lição 9 CPAD – Adultos - 2 de março de 2025

Subsídio Pastor e professor Osvarela

Texto Áureo

Ora, este Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” (2Co 3.17 — NAA).

Prática

É necessário primeiro conhecer a verdadeira identidade do Espírito Santo, à luz da Bíblia, para então poder defendê-la.

Leitura Bíblica

João 14.16,17,26; 16.7-14.

João 14.16 — E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,

17 — o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.

26 — Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.

João 16.7 — Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.

8 — E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo:

9 — do pecado, porque não creem em mim;

10 — da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais;

11 — e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.

12 — Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.

13 — Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.

14 — Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.

A) Objetivos da Lição: 

I) Mostrar o Espírito Santo como o Consolador;

II) Correlacionar a deidade, os atributos e a obra do Espírito Santo;

III) Identificar as heresias antigas e as formas como elas se apresentam atualmente.

Pensamento – atitude para com o Espírito Santo:

O corpo do cristão é o templo do Espírito (1 Co 6:19, 20), de modo que o que fazemos com nosso corpo afeta o Espírito Santo que nele habita. O Espírito escreveu a Palavra de Deus, e a maneira de tratarmos a Bíblia é a maneira de tratarmos o Espírito de Deus e o Filho de Deus. Se desejamos que o Espírito Santo opere em nossa vida, devemos ter como principal objetivo glorificar a Cristo e dar o devido valor à Palavra de Deus. Quando comparamos Efésios 5:18 a 6:9 com Colossenses 3:16 a 4:1, vemos que as duas passagens descrevem o mesmo tipo de vida cristã: alegre, agradecida e submissa. Estar cheio do Espírito é o mesmo que ser controlado pela Palavra. O Espírito da verdade usa a Palavra da verdade para nos guiar com respeito à vontade e à obra de Deus.

Encontramos, nas Escrituras, que o plano da redenção toma a forma de um pacto, não só entre Deus e o Seu povo, como também entre as várias Pessoas dentro da Trindade, de maneira que há, por assim dizer, uma divisão de tarefas. Cada Pessoa tomando voluntariamente determinada fase da obra.

Ao Pai atribui-se, em primeiro lugar, a obra da Criação, assim como a eleição de certo número de indivíduos que Ele deu ao Filho. Ao filho atribui-se a obra da Redenção, para o cumprimento da qual se encarnou, tomando a natureza humana, de forma que, como representante de seus eleitos, assume a culpa do seu pecado, para resgatá-los da morte. Ao Espírito Santo são atribuídas as obras de Regeneração e de Santificação, ou a aplicação aos corações dos indivíduos, da expiação objetiva que Cristo realizou. Ele faz isto renovando espiritualmente os corações, operando neles a fé, o arrependimento e glorificando-os finalmente no céu.

A redenção é um assunto da graça soberana, planejada antes da fundação do mundo, apresentada na forma de um pacto ou aliança. Não é um plano departamentalizado, dispencionalizado ou repartido, mas é uma ação global que envolve toda a Trindade. Ela é planejada pelo Pai, comprada pelo Filho e aplicada pelo Espírito Santo.

Apresentado numa - Pericorese:

O termo usado para explicar a comunhão das Pessoas da Trindade é pericórese (latim, circumincessio). O sentido seria o fato de envolver – circum – e entrar numa profunda intimidade. Cada membro da Trindade, em algum sentido, habita no outro, sem diminuição da total pessoalidade de cada um.

Etimologia:

πνευμα - pneuma; n. n. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho - algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)- vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade) - nunca mencionado como um força despersonalizada; espírito que dá vida; um movimento de ar (um sopro suave); do vento; daí, o vento em si mesmo; respiração pelo nariz ou pela boca.

Πνευματικος – pneumáticos;adj. que pertence ao Espírito Divino - de Deus, o Espírito Santo - alguém que está cheio e é governado pelo Espírito de Deus - relativo ao vento ou à respiração; ventoso, exposto ao vento, que sopra.

- espiritualmente: i.e., pela ajuda do Santo Espírito;

Παρακλητος - parakletos; n. m. chamado, convocado a estar do lado de alguém, esp. convocado a ajudar alguém; alguém que pleiteia a causa de outro diante de um juiz, intercessor, conselheiro de defesa, assistente legal, advogado; pessoa que pleiteia a causa de outro com alguém, intercessor; de Cristo em sua exaltação à mão direita de Deus, súplica a Deus, o Pai, pelo perdão de nossos pecados; no sentido mais amplo, ajudador, amparador, assistente, alguém que presta socorro; do Santo Espírito, destinado a tomar o lugar de Cristo com os apóstolos (depois de sua ascensão ao Pai), a conduzi-los a um conhecimento mais profundo da verdade evangélica, a dar-lhes a força divina necessária para capacitá-los a sofrer tentações e perseguições como representantes do reino divino.

- O termo grego paraklētos vem da preposição pará, “ao lado de, próximo”, e do verbo kaléō, “chamar, convocar”, de modo que essa palavra significa “defensor, advogado, intercessor, auxiliador, ajudador”. Paracleto, então, é o Consolador.

Αλλος - allos; adj. outro, diferente

αιωνιος - aionios; adj. sem começo e nem fim, aquilo que sempre tem sido e sempre será; sem começo; sem fim, nunca termina, eterno

Introdução:

O Espírito Santo não é uma parte da Divindade, mas, sim, Deus em toda a sua plenitude e, por isso mesmo, é incriado, autoexistente e absolutamente autônomo.” Declaração de Fé das Assembleias de Deus - CGADB

O Século IV foi palco de grandes debates teológicos, nomeadamente de natureza trinitária, porque foi um tempo de acirrado debate teológico para elaboração e formulação da Cristologia (em relação à divindade de Cristo) à Pneumatologia (em relação a divindade do Espírito Santo).

A reflexão sobre a divindade do Espírito Santo surgiu no movimento da celeuma cristológica, tornando-se, cada vez mais, pauta de enormes tensões no seio da Igreja.

Escrever sobre o Espírito Santo é uma importante missão no estudo da Trindade.

Deus pleno como O Pai e O Filho e com atribuições de divindade desde a Eternidade compreensiva, com limitações à mente humana.

O Espírito Santo é um ser auto-existente, existente na premissa do princípio que chamamos de:

“Principium essendi”.

Ou seja, Princípio existente ou auto existência.

Mencionado desde a primeira linha das Escrituras, juntamente apresentado na Palavra Elohim e desde sempre trabalhando em conjunto com O Pai e O Filho no segundo versículo:

Genesis 1.1 No princípio criou Deus os céus e a terra.2 E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.

1 Εν αρχη εποιησεν ο Θεος τον ουρανον και την γην.2 Η δε γη ητο αμορφος και ερημος· και σκοτος επι του προσωπου της αβυσσου. Και πνευμα Θεου εφερετο επι της επιφανειας των υδατων.

בְּרֵאשִׁית בָּרָא אֱלֹהִים אֵת הַשָּׁמַיִם וְאֵת הָאָֽרֶץ ׃

2 וְהָאָרֶץ הָיְתָה תֹהוּ וָבֹהוּ וְחֹשֶׁךְ עַל ־ פְּנֵיתְהוֹםוְרוּחַאֱלֹהִיםמְרַחֶפֶתעַל ־ פְּנֵיהַמָּֽיִם ׃

O Espírito Santo, como O Pai, e O filho é aionios, ou seja é Eterno.

O estudo da Trindade é composto de três linhas, conforme o entendimento de nós que acreditamos nesta Doutrina Teológica.

"A Teologia é a gramática do Espírito Santo."

- Martinho Lutero.

Primeiro - temos a Teontologia é o ‘locus’ (área de estudo) da teologia sistemática que trata do estudo de Deus e, especificamente, de Deus Pai. (Tenho este pensamento pessoal para separar o estudo Teológico de Deus, no sentido de estudar O Deus Pai, sem contudo cair na separação por hierarquia);

Segundo – temos a Cristologia

Terceiro – temos a Pneumatologia, demonstrando a pessoalidade do Espírito Santo na Trindade, de tal forma, que há como estudar suas características, atributos, como uma pessoa divina.

Conforme a nossa Declaração de Fé no Capítulo VI. Sobre O Espírito Santo:

CREMOS, professamos e ensinamos que o Espírito Santo é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade, Deus igual ao Pai e ao Filho: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). O Espírito Santo é da mesma substância, da mesma espécie, de mesmo poder e glória do Pai e do Filho, pois é chamado de outro Consolador: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16).

Mormente reconhecido e conhecido pelos crentes pelo nome singular de Espírito Santo, O Consolador tem outros nomes e títulos mencionados nas Escrituras (devemos reconhecer que O Pai e O Filho, também têm a diversidade de nomes e títulos):

Espírito de Deus, Espírito do Senhor, Espírito de Jesus, Espírito de Cristo, Espírito da Graça, Espírito da Glória, Espírito de Vida, Consolador e Espírito da Verdade.

A diversidade de nomes pode aparecer intercambiável como apresentação ou definição de Deus nas Escrituras.

Um texto que demonstra isto e ao mesmo define o Espírito Santo como Deus pleno encontramos na passagem do erro de Ananias e Safira no Novo Testamento:

Atos 5.3,4 Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.

Da mesma maneira o apóstolo Paulo nos ajuda entender a posição e diferença entre o Espírito Santo e Deus O Pai:

Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Co 3.16).

Pessoalidade do Espírito Santo:

Como pessoa da Trindade, O Espírito Santo tem sua própria personalidade, porém, mantendo a Ousia da Trindade.

As Escrituras Neotestamentárias demonstram isto de maneira inequívoca:

É Ele segundo Paulo nos ensina que atua de maneira intercessória diante do Pai a favor dos crentes em várias situações, bem como, também, é em sendo Deus pode prescrutar toda a Plenitude divina.

É Ele quem opera algumas promessas e confirma ações do Pai a favor dos crentes ou mesmo do Universo e da Terra.

O Espírito Santo tem sua própria personalidade atuante com seus sentimentos pessoais.

1 Co 12.11 “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer”.

O Espírito Santo contém em si mesmo os elementos de existência pessoal. É difícil definir personalidade quando se trata dos atributos de Deus. Mas, podemos observar quando em única combinação, inteligência, emoção, vontade própria etc.

O Espírito Santo, como Deus tem sua própria forma de agir, e o faz com total autoridade, pois sempre está atuando na Trindade com autoridade de Deus, podemos verificar como ele atua, no treco abaixo, sobre suas caraterísticas você poderá verificar esta atuação autônoma, no sentido de ser uma pessoa, na atividade que desenvolve no Universo, na Igreja e na vida das pessoas.

1 Coríntios 2.9-12 As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.

Como complemento a exegese, neste texto vemos a Trindade apresentada, como escreve Paulo, ao citar que temos a “mente de Cristo

Portanto, dentre os tantos traços de Sua personalidade O Espírito Santo tem várias características pessoais, sendo que algumas como Deus podem ser compartilhadas conosco:

Três traços importantes (destacaremos alguns, pois nas Escrituras podemos verificar uma grande e extensa denominação destes traços):

Na sua ação podemos destacar:

Intelecto - ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus

Emoção - Sente ciúmes – Tiago 4. 5 Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?;

Sente tristeza - “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no  qual estais selados para o Dia da redenção” (Ef 4.30).

Volição – Vontade - “E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia. E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu” (At 16.6,7); “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Co 12.11).

Ama -

Testifica de Jesus - João 15. 26 Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim.

Observe que o texto é concordante com João 14.26, mas traz outra atividade do Consolador.

Fala – este traço da personalidade do Espírito Santo deve ser estudado e ensinado sob a visão da ousia de cada membro da Trindade.

“E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três varões te buscam. Levanta-te, pois, e desce, e vai com eles, não duvidando; porque eu os enviei. At 10.19-21.

Como Deus subsistente na Trindade o Espírito Santo fala de maneira consoante a Trindade, embora com total pessoalidade no que fala, demonstrando e derrubando a doutrina da hierarquia.

- João 16:13 “Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir”.

Ensina e lembra (João 14. 26 Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.)

Ajuda – Romanos 8.26 E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas;

Guia - Gálatas 5:18 “Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei”.

João 16:13 “Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir”.

Julga

Contende – como membro da Trindade o Espírito Santo entende como funciona o julgamento de Deus sobre o ser humano, desde o dia da queda edênica, de tal forma que Deus permite a vlição himan sobre a salvação pessoal, onde o Espírito Santo atua, seja no convencimento, seja na segurança como penhor da salvação, mas sobretudo no direito de escolha pessoal:

Gênesis 6.3 Então, disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos”.

Intercede (no texto no qual eu vislumbro a dupla intercessão, uma salvífica e outra como a ação de paracleto – advocacia divina) - Romanos 8:26 E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.

Inspira o dom profético - “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21).

Convida – há um convite feito pelo Espírito Santo.

– “E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida” (Ap 22.17).

Ação – age como agente do convencimento do homem quanto ao pecado e a necessidade da salvação e mesmo no julgamento que há de acontecer, Ele demonstrara sobre o pecado condenatório, sobre a justiça divina e no ato da instalação do juízo de Deus a todos os homens, de forma que ali não poderão alegar desconhecimento de tudo que acontecerá.

João 16.7,8 Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.

Relacional com o Homem em nome em seus atos:

O Consolador (João 14.26, João 15, 15.26, 16.7 e comparar com 1ª João 2.2).

Santo Espírito da Promessa (Efésios, 1. 13 e Atos 1.4);

Espírito da Verdade (João, 15.26, 14.17, 16.13 e 1ª João, 4.6 e 5.6);

Espírito Purificador, (Isaias, 4.4 e Mateus 3. 11);

Espírito da Vida (Romanos 8.2);

Espírito da Graça (1ª Pedro 4.13 e 14 e Efésios 3.16-19 e Romanos 8.16-17);

O Espírito Santo atua a pedido do Filho e dação do Pai:

João 16.7 — Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.

A manifestação do Espírito Santo se deu conforme a petição do Filho, junto ao Pai no momento da Plenitude manifesta para o Plano Salvífico em Jesus Cristo e se mantem até nossos dias eternamente após, na continuidade do Plano da Eternidade, desta forma podemos garantir que Ele veio no tempo determinado:

João 14.16,17 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.

A necessidade do Consolador é imediatamente apontada no início da Igreja, quando após a ascensão de Jesus os discípulos pensaram que estavam abandonados. Pode parecer que eles olvidaram rapidamente da promessa de Jesus, mas na verdade o conhecimento que tinham sobre a ação do Espírito Santo se pautava na  Escritura Veterotestamentária, quando o mesmo se manifestava em alguns momento s e sobre alguns homens ou mulheres.

Atos 2. 16,17;33;38 Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; - De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. - E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, em remissão de pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;

Desta forma a descida do Espírito Santo em Atos 2.1-8ss se tornou clara com sinais das línguas de fogo, de tal forma que Pedro a ligou, (veja a visão judaica sobre as profecias do AT) com o derramamento prometido através de Joel ao que ligaram a promessa do Mestre recém assunto aos céus.

A Liberdade do que ouve a voz do Espírito:

Ora, este Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” (2Co 3.17 — NAA).

Que liberdade é esta?

A liberdade verdadeira é quando damos ouvidos a Voz do Espírito Santo e entendemos o plano de Deus, suas vontades em nós, na Igreja e até mesmo no Mundo. Assim, mesmo ainda em corpo mortal o Espírito Santo pode atuar em nosso viver.

Na Igreja a liberdade preconizada no texto não se limita a atividade cúltica, mas vai além, seja no domínio dos valores do Evangelho, na administração do Corpo e no servir ao Evangelho.

Muitos tem entendido parcialmente este versículo, como sendo aplicado apenas no memento do culto. Claro que neste sentido também é aplicado, mas vai além disto.

O Espírito Santo e Heresias:

“O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol.” (Ec 1. 9)

Muitas heresias aconteceram sobre o Espírito Santo desde o inicio da Igreja e ainda hoje estão sendo vivenciadas e retomadas, mesmo no seio da Igreja ou do Cristianismo.

                   A igreja primitiva lutou contra os falsos professores e doutrinas para obter uma melhor compreensão do que a Bíblia ensina sobre quem é Deus e como o Pai, o Filho e o Espírito Santo se relacionam uns com os outros em termos de sua existência e obras. Eles pensaram profundamente e biblicamente em relação à afirmação das Escrituras de que adoramos um Deus que existe em três pessoas: pai, filho e Espírito Santo. Ao fazê-lo, a Igreja defendeu a verdade bíblica contra três erros: modalismo, arianismo e semiarianismo. No entanto, esses erros não se foram, mas reapareceram periodicamente ao longo da história da igreja.” As novas aventuras das antigas heresias trinitarianas - Por J. V. Fesko

A heresia, por outro lado, é quando uma pessoa rejeita conscientemente um princípio central da fé cristã, tipicamente indexado pelas doutrinas enumeradas no Credo Niceno – a doutrina de Deus, a Trindade ou Cristo, por exemplo. Não se engane: modalismo, arianismo e semiarianismo são heresias. A igreja deve sempre estar em guarda contra elas e deve estar sempre preparada para ensinar a verdade das Escrituras e para arguir irmãos e irmãs heréticos através da disciplina da igreja.

O Espírito Santo E Os Fatores Limitadores, aos homens:

Parte histórica: “Em Constantinopla (Concílio) o tema da divindade do Espírito Santo rendeu por sua vez acirrado debates, pois até meados do quarto século (350), a divindade do Espírito Santo não havia sido posta em questão. Era tida no máximo como pauta de devoção. Não havia um discurso formal e reconhecido pela Igreja sobre a personalidade do Espírito Santo, a controvérsia sobre a divindade do Espírito Santo só estava começando pouco tempo depois (360), surgiam dúvidas sobre a divindade do Espírito Santo. Tal doutrina fora disseminada na Ásia Menor e parte da África (Egito) e especialmente em Constantinopla. Numa primeira tendência da não divindade do Espírito Santo, estão os Trópicos, que alegavam não encontrar nas Escrituras a geração do Espírito Santo, como está clara a geração do Filho. O Espírito Santo era uma criatura do Filho, portanto, foi criado num tempo. Ora, se para Ário e seus seguidores, Cristo não era Deus, para os “adversários” do Espírito Santo, também o Espírito Santo não era Deus. A não divindade do Espírito Santo causou impacto na Igreja e a reação da ortodoxia não tardou. A controvérsia sobre a divindade do Espírito Santo no século IV (d.C.)” A controvérsia sobre a divindade do Espírito Santo no século IV (d.C.)

A heresia é proveniente da descrença e por fatores da mente humana:

É prejudicada pela queda adâmica.

Pela natureza ontológica do Ser Antropológico.

Simples, como definição objetiva.

Difícil como entendimento.

Que quer explicação para o que Impossível de explicar.

Como humanos sabemos, que não podemos provar [e não é uma necessidade], cientificamente a Existência D’Ele, mas o argumento ontológico está presente no seio da humanidade, embora Paulo em Romanos 1 explique, o endurecimento dos homens, quanto à Revelação divina.

Mas, pelo argumento teológico, podemos obter, D’Ele, a Revelação, ao ouví-lo falar em nossos corações, lugar antropológico de sua habitação [...porque ele habita convosco, e estará em vós...], para os que aceitam O Pai, O Filho e a Sua Divina Presença, em suas almas.

Este pensamento exarado neste texto bíblico, implica em um governo interior, que restringe nossos apetites carnais, e é por isto que o mundo não o pode receber, pois fomos regenerados, criaturas novas –

2 Co 5.17. Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

Seja teologicamente, ou teontologicamente, por mais que queiramos definir esta Divina Pessoa, palavras nos faltarão.

Hoje ainda é muito válida a frase dos Atos dos Apóstolos (19,2):

‘Nem sequer ouvimos dizer que existe Espírito Santo’

E no meio dito Evangélico:

Edir Macedo, Fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e da Editora Universal Produções. Declara: “O Espírito Santo nos fez compreender que o dinheiro na Sua Obra é o sangue da Igreja do Senhor Jesus…”;

Pensamentos heréticos:

Cessacionismo - é a visão cristã na qual se formula que parte dos chamados dons do Espírito Santo, apesar de terem sido de fundamental utilidade e importância nos primórdios da igreja cristã, cessaram de existir ainda no período da Igreja Primitiva.

A maioria dos cessacionistas creem que, embora Deus possa e ainda faça milagres hoje, o Espírito Santo não mais usa indivíduos para realizar sinais miraculosos.

O cessacionismo diz: carismas eram características do ministério apostólico, são "marcas dos apóstolos". Com a morte destes no século I os dons cessaram.

Baseiam-se em 1Co 13:8. Para eles, "o que é perfeito" é a conclusão do NT, ou seja, quando o cânon foi completado, as profecias cessaram e as línguas foram aniquiladas.

Unicismo - seitas unitaristas também não acreditam que o Espírito Santo é Deus. Dizem elas: "O Espírito Santo não passa de uma força ativa que Jeová usa para seus propósitos". Ele não é Deus. 

O Espírito Santo não é uma pessoa, mas apenas uma manifestação do poder de Jesus.

Ainda apregoa: “"Deus é o Pai, o mesmo Deus é o Filho, o mesmo Deus está hoje conosco como Espírito Santo".”

Na Teologia Liberal – Teologia Contemporânea -Alguns teólogos liberais já não acreditam que o Espírito Santo é uma pessoa. Não traduzem Gênesis 1.2 como: "... e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas", mas alteram a tradução para: "um vento poderoso que varria a superfície das águas", redefinindo o texto bíblico e adaptando-o às suas concepções contrárias ao sobrenatural.

Algumas seitas apregoam ainda hoje e creem no Espírito Santo como “uma força ativa de Deus”.

Montano. Era convertido ao cristianismo e, em certo momento, sentiu que não era somente o porta-voz do Espírito Santo, mas sua encarnação. Afirmava que o paracletos, prometido em João 14.26, se encarnara em sua própria pessoa, apresentando-se como uma presença viva dele. Montano era homem de costumes severos, exigente e tinha como companheiras de evangelização duas mulheres: Priscila e Maximila, profetisas e sacerdotisas. Sua ação proselitista foi tal que até mesmo o célebre Tertuliano embrenhou-se no montanismo.

O Espiritismo. Na obra O Evangelho Segundo O Espiritismo, lemos o seguinte: "Jesus promete outro consolador: O Espírito Santo da Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para o compreender, consolador que o pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito". E arremata, dizendo: "Assim o espiritismo realiza o que Jesus disse do consolador prometido...".

Como vimos, segundo a opinião do codificador do espiritismo moderno, sua religião preenche no fundo e na forma a promessa de Jesus. Ainda segundo Kardec, o Espírito Santo seria apenas uma "falange de espíritos puros" que chegou à perfeição.

Ciência Cristã - Mary Baker Eddy, segundo ela o melhor candidato a este cargo é a seita que ela própria fundou: "Esse Consolador, no meu entender, é a Ciência Divina".

Entendemos que nenhum homem ou outro ser pode exercer, o lugar , a ação e trabalho e a posição do Espírito Santo, Ele Único n Trindade. Não há lugar para nenhum homem exercer o sacrifício vicário na Salvação e vicariedade de Jesus Cristo(função de ser o vigário de Cristo no mundo)só há um Deus atuando e Ele é O Espírito Santo!

Continuemos dando lugar ao Espírito Santo em sua atuação Eterna na Igreja, no Universo e nos Céus.

Fonte:

Lição CPAD – 1º trimestre 2025

Site - Estudantes da Bíblia

Dicionário Strong

Apontamentos do autor

Citações no corpo do texto

Declaração de Fé das AD’s – CGADB

Faculdade Teológica das Assembleias de Deus - Curso Livre de Graduação- Francisco de Paula Mesquita

José Ignacio González Faus. Eresie attuali del cattolicesimo.

Defesa da Fé - As seitas que usurpam o Espírito Santo - Paulo Cristiano, do CACP

Heresias que estão a proliferar no meio evangélico - por Pr. Natanael Rinaldi

A controvérsia sobre a divindade do Espírito Santo no século IV (d.C.) Pe. Élcio Rubens Mota Félix, ss.cc*

O cessacionismo é bíblico?

Pastor Sérgio Fernandes - Cessacionismo e Continuísmo - Sermão

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Martin Niemöller, 1933

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