sábado, março 8

O Pecado Corrompeu A Natureza Humana Lição 10 CPAD - 9 de março de 2025

O Pecado Corrompeu A Natureza Humana

Lição 10 CPAD - 9 de março de 2025

Subsídio pastor e professor Osvarela

Texto Áureo

Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” (Rm 3.23).

Prática

O pecado é um elemento real na vida de todas as pessoas desde o ventre materno.

Leitura Bíblica

Gênesis 3.1,6,7; Romanos 5.12-14.

Gênesis 3.1 — Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?

6 — E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.

7 — Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.

Romanos 5.12 — Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.

13 — Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado não havendo lei.

14 — No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir.

A) Objetivos da Lição: 

I) Explicar a doutrina bíblica do pecado e sua extensão;

II) Mostrar a heresia que nega o advento do pecado;

III) Pontuar o perigo dessa heresia para a vida do crente e da Igreja.

Texto apoio: Romanos 5.20,21 ... onde o pecado abundou, superabundou a graça; Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.

I - Transcrição

Transcrevemos parcialmente o Capítulo sobre o pecado da nossa Declaração de Fé das AD’s ligadas convencionalmente a CGADB – Convenção Geral das Assembleias de Deus.

CAPÍTULO IX. SOBRE O PECADO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

CREMOS, professamos e ensinamos que o pecado é a transgressão da Lei de Deus: “porque o pecado é a transgressão da lei” (1 Jo 3.4 – ARA), ou seja, a quebra do relacionamento do ser humano com Deus. Há diversos conceitos bíblicos tanto para designar o pecado, tais como rebelião e desobediência,1como suas consequências, quais sejam: incapacidade espiritual, falta de conformidade com a vontade de Deus em estado, disposição ou conduta e corrupção inata dos seres humanos: “não há homem justo sobre a terra, que faça bem e nunca peque” (Ec 7.20); “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). Atanásio, um dos pais da Igreja, dizia que o pecado é a introdução dentro da criação de um elemento desintegrador que conduz à destruição e que somente pode ser expelido por meio de uma nova criação. Daí, a necessidade do novo nascimento. A universalidade do pecado é confirmada em toda a Bíblia e comprovada pela própria experiência humana.

“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.” 1 João 2:16

O pecado se inicia pelos olhos, sobe a mente e atinge a alma e corrompe o espírito humano, a Escritura nos ensina como combater e como agir, nestas circunstâncias.

“Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.” Gálatas 5:16

II – Definindo Pecado:

Pecado αμαρτημα significa apenas o pecado em si mesmo, não o ato, em suas manifestações particulares como atos isolados de desobediência a lei divina. “pode ser definido como a perda de um alvo ou objetivo: é, então, αμαρτια (hamartia), ou αμαρτημα; o avanço sobre ou a transgressão de uma linha: é então παραβασις (parabaino); a desobediência a uma voz: neste caso é παρακοη; a queda onde alguém deveria ter permanecido em pé: isto é παραπτωμα ignorância daquilo que deveria ser conhecido: isto é αγνοημα; a redução daquilo que deveria ter sido feito em plena medida, que é ηττημα; a não observância de uma lei, que é ανομια ou παρανομια.”

αμαρτια significou originalmente o que erra o alvo. Quando aplicado a algo moral, a ideia é similar: desvio do verdadeiro fim da vida, por isso, usado como um termo geral para pecado. Significa tanto o ato de pecar como o resultado, o pecado em si mesmo.

O Pecado, age sobre o homem por ser um membro do Reino Parasita do Mal, sendo o homem um elemento no qual ele encontra espaço para atuar, assim como um parasita atua em um ser vivo para destruí-lo e corromper sua formação original.

A-  Introdução

A - Etimologia:

Definições de palavra neste estudo, para ajudar a entender sua origem inicial(étimo).

φθορα - phthora; n. f. corrupção, destruição, aquilo que perece; aquilo que está sujeito à corrupção, que é perecível; no sentido cristão, sofrimento eterno no inferno; no NT, num sentido ético, corrupção, i.e., decadência moral

διαφθορα - diaphthora; n. f. corrupção, destruição; no NT aquela destruição que é efetuada pelo decomposição do corpo após a morte

διαφθειρω - diaphtheiro; v. mudar para pior, corromper - de mente, conduta; destruir, arruinar; consumir - de vigor e força corporal -  do verme ou traça que devora provisões, roupas, etc. - destruir, matar

πονηρια - poneria; n. f. depravação, iniqüidade, corrupção; malícia; propósito e desejos maus

περισσεια – perisseia;, n.f. resíduo, resíduos: corrupção que permanece num cristão, proveniente de seu estado anterior à conversão; Usado pelos gregos para descrever o excesso de cera em seus ouvidos.

Ζυμη - zume; n .f. fermento; metáf. de corrupção intelectual e moral inveterada, vista em sua tendência de infectar os outros.

Fermento é aplicado àquilo que, mesmo em pequena quantidade, pela sua influência, impregna totalmente algo; seja num bom sentido, como na parábola Mt 13.33; ou num mau sentido, de influência perniciosa, “um pouco de fermento leveda toda a massa”

משחת - mishchath ou משחת moshchath; n. m. desfiguramento (da face), corrupção

μολυνω - moluno; v. poluir, manchar, contaminar, sujar - usado no NT para aqueles que não se mantiveram puros da corrupção do pecado, mas se contaminaram pela fornicação e adultério

B - Início de tudo:

A Bíblia informa que Deus criou o homem reto (Gn 1. 31; Ec 7. 29), mas a queda de Adão trouxe uma complicação ou seja mudou tudo quando pecou. Mas não era para ser assim. Sendo criados perfeitos e, portanto, refletindo a perfeição da imagem de Deus em sua alma, Adão e Eva também eram livres para obedecer ou não. O evento histórico do pecado do primeiro habitante racional sobre a terra é chamado pelos teólogos de queda (Gn 3. 1-24). A Escritura quando se refere a esta má conduta de Adão e sua conseqüência, os termos usados são; quebra do pacto, pecado, morte ou transgressão (Os 6. 7; Rm 5. 12; 15; 1 Co 15. 21).

C - Corrupção – é algo que degenera as características primarias e iniciais que formam a matéria atingida, no caso do homem a Bíblia deixa claro que o home tricotômico foi atingido em alguns espaços de sua formação – espírito e corpo.

Genesis 3. 15,19 E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.

No texto de Genesis no instante marcante da entrada do pecado no mundo dos mortais, é neste texto que podemos verificar as deformidades que o pecado vai trazer aos envolvidos no ato pecaminoso:

Mulher - Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará

Homem – Cansaço - No suor do teu rosto comerás o teu pão; a inferência neste texto se refere a forma como o homem que foi criado para trabalhar, porém, sem esforço, o pecado corrompendo a formação física do homem trouxe o cansaço como uma forma de corrupção do corpo humano, que embora tenha sido criado pelas mãos do Criador, o foi criado ‘imago Dei’, mas na forma sem eternidade, com possibilidade de eternização, na forma de longevidade de dias, trazendo o espectro da morte ou a corrupção final do ser humano. O trabalho árduo foi a porção do homem, que não levou a morte, mas mitigou com a pena do trabalho árduo. A vida que era fácil se tornou árduo, O lavrar a terra que era fácil, se tornou difícil.

- cessação da vida humana - até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás

A moralidade atingida mostra a corrupção:

C.1- A Questão da moralidade, pós queda:

Vergonha - Após o pecado foram dominados por um sentimento de vergonha. v.7

Não pensemos que antes da queda o homem não sabia que estava nu. Adão e Eva tinham plena consciência da nudez, mas não tinham vergonha. Gênesis 2:25

 “Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais” Gênesis 3:7.

Antes tinham consciência da nudez, mas não tinham vergonha.

Gênesis 3 não é um passo do progresso humano, mas uma queda.

“A corrupção advém de um desejo: O ponto da narrativa da "queda" em Gênesis é apontar para o desejo humano de autonomia de Deus. "Conhecer o bem e o mal" é se tornar o determinador do bem e do mal; é decidir por si mesmo o que é certo e errado e não se submeter a nenhuma lei externa. Em suma, buscar o conhecimento do bem e do mal é desejar a emancipação de Deus; é querer ser "como Deus".” REFORMED DOGMATICS - Volume 3: Sin and Salvation in Christ by Herman Bavinck

“Ora um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonharam” Gênesis 2:25.

As Escrituras ensinam como eles viviam, no estado de nudez. E logo após, se mostraram Veja o texto abaixo:

O resultado de terem comido o fruto proibido, não foi a aquisição da sabedoria sobrenatural, como satanás havia dito (v. 5), ao contrário, agora eles descobriram que foram reduzidos a um estado de miséria

O processo mental alterado: imputar culpa a outro:

Após o pecado Adão e Eva apontaram o erro, como culpa um do outro e da serpente, tentaram arranjar uma justificativa. Gênesis 3:12

Adão: “... a mulher que Tu me deste”.

Terra – em texto do mesmo trecho encontramos o indicativo que a terra do Éden, O  Paraíso, era um local especialmente adaptado ao labor humano sem cansaço, vemos isto no texto seguinte no qual Adão é expulso de lá para a terra externa, a qual se torna amaldiçoada e de corrompida por elementos que prejudicariam, para sempre, seu modo de lavra e com ervas daninhas para sementeira, plantio e colheita.

- Genesis 3.  23 O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado.

A Criação (criatura) gemeu, após sentir-se conturbada pela queda do Ser Humano. O Efeito foi Universal e cósmico.

- maldita é a terra por causa de ti; Espinhos, e cardos também, te produzirá

Cardos e abrolhos -i significam: plantas indesejáveis, desastres naturais, enchentes, insetos, secas e doenças.

“Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.” Romanos 8:19-22 

C.1 -A Contaminação da raça humana:

Romanos 5.12 — Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.

O pecado do gerente dos humanos, Adão, e sua mulher Eva, a mãe de todos os viventes, determinou a contaminação de todo o ser humano adamicamente. Além do DNA alterado, a psique humana, o pneuma humana foi atingido de maneira fatal e definitiva de tal forma, que nenhum homem nascido de mulher escapa da sentença.

                   No Evangelho de Mateus 13.33; o escritor usa a figura do fermento (zume) no sentido, de influência perniciosa, “um pouco de fermento leveda toda a massa”, assim podemos fazer a mesma conexão da queda adâmica atingindo a massa humana geral, pois o fermento do Pecado atingiu uma mínima porção – Adão E Eva – que assim, foi transmitido a todos os seres humanos que geraram.

A maior conseqüência veio em forma de trevas na miséria e pecado, afastamento de Deus e conseqüente males espalhados por toda a raça humana, a partir de um único representante direto.

Tendo sido criado à imagem e semelhança de Deus (1. 27), o homem segue com esta imagem distorcida a ponto de suas mais íntimas inclinações se voltarem sempre para o pecado, de sorte que todo homem e o homem todo é corrupto desde a concepção (Sl 51.5) até a morte. 

                   Obs.: Numa das formas de entendimento para que possamos entender o resultado da corrupção se dá no entendimento da Tricotomia:

“A forma mais familiar e mais crua da tricotomia é a que toma o corpo como a parte material humana, a alma como o princípio da vida animal, e o espírito (locus da comunicação com o Espírito Santo) como o elemento racional e imortal que há no homem para relacionar-se com Deus.”

Entendemos que o ser humano é constituído de três substâncias, uma física, corpo, e duas imateriais, alma e espírito. Exemplo dessa constituição nós temos no próprio Jesus. Essa doutrina é chamada tricotomia. Cristo é apresentado nas Escrituras com essas três características distintas e essenciais: “todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis [...]” (1 Ts 5.23); “[...] e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas” (Hb 4.12).

A ação da corrupção atingiu o espírito do homem pelo qual o Espírito de Deus se comunica com aquele: Adão não morreu imediatamente e fisicamente! Eva não morreu fisicamente ou imediatamente. Acrescento, que ambos, Adão e Eva morreram, espiritualmente.

A queda do Ser humano, aponta para o discernimento sobre serão ambos uma só carne:

                  "7 - Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais."
Após o pecado, a morte alcança o homem. (v 19), a pior Morte é a espiritual, foi esta que atingiu o Ser Humano:

     "Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida, ...”   Romanos   8:6

A palavra “morte” ocorre na Bíblia, com 3 sentidos diferentes, embora o conceito de separação seja comum aos três:

a) Morte Física: Eclesiastes 12:7

b) Morte Espiritual: Romanos 6:23; 5:12

c) Morte Eterna: Mateus 25:46

Romanos 7.24 Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Paulo está se referindo a morte espiritual, a qual ele não sabe como poderá vencer, mas logo no discurso ele encontra resposta para esta morte, a Morte espiritual nos faz ressurgir um novo homem no qual a ligação interrompida com Deus é restabelecida pelo Espírito Santo que vem habitar em nós – “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” 1 Coríntios 3:16

Romano 8. 11 ;16 E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.

Cabe aqui, destacar o que já estudamos e ensinamos, a exceção se dá no novo Adão – Jesus Cristo – que nasceu de mulher, mas foi gerado pela Sombra do Espírito Santo e não da conjunção carnal – homem/mulher! Ele teve todas as tentações humanas, mas não pecou mesmo sendo tentado. (assunto estudado em outros comentários).

 “Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros”. Romanos 7:23

“Todo pecado envolve uma contradição. Quem peca não deseja pecar, mas fazer o que é certo; logo não faz o que deseja”. Apud Marvin Pate Disc. 2.26.1,2;cf. 2.26,4,5; Leia Romanos 8:1,2

A contaminação do pecado é uma ação contínua, mesmo nos crentes convertidos em Jesus e limpos do pecado, porém a nossa genética adâmica permite que numa perisseia ou seja a manutenção dos resíduos do pecado em nossos membros. A poneria atingiu nossos membros, por isto transcrevi parte de estudo sobre a concupiscência humana, a poneria é uma forma de corrupção que atinge o ser humano, seja crente ou descrentes, de tal forma que a perisseia manteve os resíduos deste pecado que age sobre nossos membros tentando dar vazão a este resíduo do pecado.

III - Contaminação na visão paulina:

Romanos 7.18,20 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.

Há solução, como o apóstolo Paulo informa: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.” Romanos 6:14

Embora  a morte de Cristo nos tenha separado da antiga forma de agir, sentir pois Ele venceu a corrupção anterior e por Ele vencemos a morte espiritual.

Contudo, o pecado, como ensino é oportunista, encontrando oportunidade ele agirá, pois está intrinsicamente em nossos membros, ainda que salvos em Jesus Cristo - Romanos 11: Porque o pecado, tomando ocasião ...

Porém, somos orientados pelas Escrituras que necessitamos de atentar para nossa forma de viver:

“Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte”. Romanos 7:5

Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a fornicação, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria;” Colossenses 3:5

A tradição rabínica já informava: “...quem morria estava livre dos deveres da Lei” – b. Shabb, 30 a -  

Jeremias 17.9 Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?

Citando o AT Jeremias faz uma pergunta sobre o coração do homem: A intrigante pergunta de Jeremias: Quem conhecerá o coração? Mostra que por causa do domínio do pecado, o homem é capaz de efetuar atos (realizações da vontade do coração) que traz perplexidade a ele próprio (Rm 7. 19), entretanto, ele é sempre consciente e responsável pelo que faz. 

Romanos 17.8,9 ‘Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado. E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.’

IV - Heresias que negam o pecado e suas consequências:

Romanos 3.10;23 Não há um justo, nem um sequer. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;

Romanos 14. 11,12 Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, e toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.

É comum aos homens negarem que pecam ou afirmar que não haverá julgamento ou juízo para o pecado cometido.

Constantemente ouvimos dizer:

“O Inferno é aqui mesmo”

“Aqui se faz e aqui se paga”

“Deus é amor e então perdoa a todos”

No meio Evangélico: Um evangelho diferente, pregam o que o povo quer ouvir, e não mais existe exortação, ao contrário, há uma concordância deliberada com os erros e pecados, desde que as pessoas continuem nos templos ofertando e dizimando. Um deus de barganha, dizendo que quanto mais der a ele, mais receberá, e que o Senhor não se importa com os nossos erros e vai perdoá-los sempre, pois sabe que somos humanos.

Há uma negativa visão de que não há necessidade de salvação e desprezo ao pecado, como a heresia pelagiana:

O pelagianismo um conceito teológico que negava o pecado original, a corrupção da natureza humana, o servo arbítrio (arbítrio escravizado, cativo) e a necessidade da graça divina para a salvação. 

A moral atual (na realidade podemos encontrar esta forma de entendimento nos pensadores gregos)

É politicamente incorreto falar de pecado. Hoje o psicologismo isenta a todos de culpa. É quase consenso que quem é pobre, está redimido dos pecados, só pelo fato de ser pobre. Torna-se necessário formar as consciências. Não se fala mais dos novíssimos: morte, juízo, inferno, paraíso, 

A origem do pecado às vezes é encontrada na essência das coisas, sua existência até mesmo negada por moralistas e racionalistas, tratada como ilusão ou desejo como no budismo, ou dualisticamente rastreada até um poder maligno em última análise.

Secularismo – Politicamente correto, ligado a um ateísmo inconsciente:

A máxima “se Deus não existe, tudo é permitido”, está em voga, e abre caminho para teorias como a ideologia de gênero etc. Enfim, o direito de a Igreja existir no mundo moderno é contestado até por cristãos. Exemplo do ditado: “meu corpo minhas regras” onde posso fazer do meu corpo o que quiser sem consequência enfrentando o que a Bíblia condena.

Antropocentrismo E Relativismo – separa a Fé e a vida pessoal (fundamentalismo espiritual, criando uma Igreja espiritualista, separando fé e vida), que tem entrado, até mesmo nas igreja levando muitos a entender que podemos pecar sem qualquer resultado posterior.

O antropocentrismo exagerado que leva ao relativismo em todos os campos, inclusive o ético.

É a fé dissociada da prática. Os que acham suficiente acudir às urgências no empenho por um mundo justo e fraterno.

A Filosofia

Os filósofos trataram o pecado como arrogância que pode ser superada pela vontade humana, como ignorância a ser superada pela educação em virtude, ou mesmo como uma queda de almas preexistentes.

No entanto, fora da revelação especial, o pecado é tratado deisticamente em termos de vontade humana apenas ou derivado panteisticamente da natureza muito necessária das coisas.

Mitos -  ação de divindade – conflito do bem e do mal:

Fica claro pelos mitos de antigos que subjacentes às convicções religiosas e morais da raça humana estão crenças comuns na origem e destino divinos da humanidade, em uma era de ouro e declínio, no conflito do bem e do mal, e na ira e apaziguamento da divindade.

Na realidade resumir a ação corruptora do pecado a questão do bem e mal, num dualismo de satanás e Deus, que não há (Satanás é um ser criado que não tem poder de um deus), é deixar de lado a questão primaria de que houve uma Queda do homem em desobediência a ordem de Deus.

Evolucionismo: os seres humanos se elevam acima de sua natureza animal primitiva à medida que se tornam mais humanizados, mais civilizados.

Do ponto de vista evolucionista, o pecado é a sobrevivência ou o uso indevido de hábitos e tendências deixados por nossa ancestralidade animal, de estágios anteriores de desenvolvimento, e sua pecaminosidade reside em seu anacronismo. A natureza animal restante é compartilhada por todas as pessoas; o pecado é universal, mas também o são a responsabilidade moral e a culpa.

Humanista:

Romanos 7.5 Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.

A imagem de Deus é considerada o livre-arbítrio completo, que, como o de Adão antes da queda, permanece intacto. Embora nasçamos com uma inclinação para o pecado, essa inclinação não é culpável em si mesma; a expiação é necessária apenas para o pecado real. O sofrimento não está necessariamente ligado ao pecado; é simplesmente parte de nossa condição humana.

O pecado faz que todos os homens tenham que prestar contas a Deus:

Romanos 2. 5,7 Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus; O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção;

Negar a ação do pecado é negar a obra vicária de Jesus:

Romanos 4. 25 O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.

Fonte:

ESCRAVOS DA VONTADE - por Abner Carneiro, pastor da IPB em Caraguatatuba (SP)

http://estudandopalavra.blogspot.com/2016/05/a-lei-carne-e-o-espirito-3-parte-licao.html

Pelagianismo: A Religião do Homem Natural - Primeira Parte: Um Pouco de História - Michael S. Horton

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Citações no corpo do texto

Heresias atuais - Dom Fernando Arêas Rifan

Heresias E Perdição - Pr. Henrique Lino da Silva

Anexo:

Este texto foi publicado em minha página.

O texto “Inocentes Pequeninos”, de Sinclair B. Fergunson, um texto forte que nos fala, sobre a forma com a qual o pecado, atinge a todos os pequeninos nascidos de mulher, a exceção de Jesus, nos fala sobre as ações iniciais destes pequeninos e lindos bebês que geramos como pais e mães.

Crianças começam a mentir já por volta dos três anos, idade em que ainda não conseguem proceder a maquinações relativamente sofisticadas como "o que eu devo fazer para escapar à punição".

Há uma coloração calvinista, no bom sentido, na questão do pecado e depravação do ser humano, que sob a ótica do texto e da doutrina calvinista é o estado de todo o homem natural nascido de mulher.

Assim, se você não estudou ou não conhece esta doutrina, a forma entendível é: a depravação é vista, num modo mais palatável de entendimento, aos que não estudaram esta Doutrina, como queda do homem do seu estado de inocência.

Veja um trecho inicial do estudo:

Ao final do dia, quando nossos filhos ainda eram pequenos, eu costumava observá-los enquanto dormiam: estavam lá, respirando quase imperceptivelmente, relaxados no seu sossego, curtindo o “sono da inocência”. Esta é a impressão do homem natural (e especialmente de um pai), que só enxerga aquilo que está diante de seus olhos (1 Samuel 16.7). Mas, que dizer do coração dessas crianças?

Usando as lentes da Bíblia, passamos a ver uma realidade mais sinistra: nossos filhos podem ser ingênuos, mas jamais inocentes. Assim como todos os homens, eles são culpados...cont.

Muitos acham que podem continuar pecando como crianças inocentes, e agem como crianças, com mentiras de tal desproporcionalidade, com o que eles cometem, achando que ainda são de mente infantilizada ou sem senso de justiça, que é algo natural colocado por Deus no centro do equilíbrio de todos os homens, destarte a condição de pecadores ou crentes.

Uma lição de Sinclair:

Ao educar seus filhos, não cometa o erro de endeusá-los (por seguir o princípio do “é proibido proibir”) ou de se auto endeusar (ao dizer consigo mesmo: “terei muito orgulho dele/dela”). Em vez disso, esforce-se para conduzi-los no caminho da santidade, auxiliado pela graça de Deus. Sinclair B. Fergunson


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