Lição 13 CPAD Assembleia de Jerusalém 28 de setembro de 2025

Lição 13: Assembleia de Jerusalém

28 de setembro de 2025

Subsídio Pastor e professor Osvarela

Texto Áureo

“Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias.” (At 15.28).

Prática

Em sua essência, a Igreja é tanto um organismo quanto uma organização e, como tal, precisa seguir princípios e regras para funcionar plenamente.

Leitura Bíblica

Atos 15.22-32.

22 — Então, pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger varões dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, varões distintos entre os irmãos.

23 — E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos, e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, Síria e Cilícia, saúde.

24 — Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e transtornaram a vossa alma (não lhes tendo nós dado mandamento),

25 — pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns varões e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo,

26 — homens que já expuseram a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

27 — Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais de boca vos anunciarão também o mesmo.

28 — Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:

29 — Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá.

30 — Tendo-se eles, então, despedido, partiram para Antioquia e, ajuntando a multidão, entregaram a carta.

31 — E, quando a leram, alegraram-se pela exortação.

32 — Depois, Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras.

Objetivos da Lição: 

I)Mostrar o contexto e os motivos que levaram à controvérsia sobre a salvação dos gentios;

II) Relatar os argumentos apresentados pelos apóstolos, especialmente por Pedro e Tiago, sobre a inclusão dos gentios na Igreja;

III) Reconhecer a importância da direção do Espírito Santo na resolução dos conflitos e na preservação da unidade da Igreja.

Etimologia:

Definição de Assembleia:

Εκκλησια - ekklesia; n. f. reunião de cidadãos chamados para fora de seus lares para algum lugar público, assembleia, assembleia do povo reunida em lugar público com o fim de deliberar, assembleia dos israelitas; qualquer ajuntamento ou multidão de homens reunidos por acaso, tumultuosamente; num sentido cristão - assembleia de Cristãos reunidos para adorar em um encontro religioso; grupo de cristãos, ou daqueles que, na esperança da salvação eterna em Jesus Cristo, observam seus próprios ritos religiosos, mantêm seus próprios encontros espirituais, e administram seus próprios assuntos, de acordo com os regulamentos prescritos para o corpo por amor à ordem; aqueles que em qualquer lugar, numa cidade, vila, etc. , constituem um grupo e estão unidos em um só corpo; totalidade dos cristãos dispersos por todo o mundo; assembleia dos cristãos fieis já falecidos e recebidos no céu

Os apóstolos viveram e ensinaram lá por algum tempo após o Pentecostes. Tiago, o Justo, irmão de Jesus, foi líder da comunidade cristã primitiva em Jerusalém.

Atos 15.29 — Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes.

Atos 15 e Gálatas 2 sugerem que a reunião foi convocada para debater a legitimidade da missão evangelizadora de Barnabé e Paulo entre os gentios e a liberdade dos convertidos gentios em relação à maioria da Lei Mosaica, especialmente à circuncisão masculina.

                            "Na verdade, eles [cristãos judeus] pareciam considerar o cristianismo como uma afirmação de todos os aspectos do judaísmo contemporâneo, com a adição de uma crença extra — que Jesus era o Messias." Nota: McGrath, Alister E., Christianity: An Introduction. Blackwell Publishing (2006). p.174

Sugerimos que seja feita a leitura do link, abaixo:

https://estudandopalavra.blogspot.com/2011/03/o-primeiro-concilio-da-igreja-de-cristo.html

Definição de Concílio:

Um Concílio é uma reunião de autoridades eclesiásticas com o objetivo de discutir e deliberar sobre questões pastorais, de doutrina, fé, e costumes.

Os Concílios ecumênicos realizados pela Igreja, os reformados consideram os 4 primeiros como eventualmente aceitas as suas decisões, ou os demais 3 acontecidos, por parte das Comunidades cristãs, os outros 14 são considerados como exclusivos da ICAR - Igreja Católica Romana, num total em número de 21, na História.

Objetivo:

 – depositum fidei – a sã doutrina da fé. Consideração de cunho católico.

O Primeiro Concílio ocorreu em Jerusalém, conforme pode ser lido no livro dos Atos, quando os Apóstolos reuniram-se para tratar sobre os temas que estavam dividindo os primeiros cristãos: de um lado os judaizantes (judeus convertidos) e do outro os gentios (os convertidos não-judeus, boa parte graças ao apóstolo Paulo).

Aquele primeiro prebuterion foi presidido pelo Apóstolo Tiago.

πρεσβυτεριον - presbuterion; n. n. corpo dos anciãos, presbítero, senado, concílio; dos líderes judeus - dos líderes de um grupo (assembleia) de cristãos

presbuteros - entre os cristãos, aqueles que presidiam as assembléias (ou igrejas). O NT usa o termo bispo, ancião e presbítero de modo permutável.

Origem extra bíblica:  συμβουλιον - sumboulion; n. n. conselho, que é dado, tomado, aceito; consulta, deliberação; concílio -  assembléia de conselheiros ou pessoas em conselho (os governadores e procuradores de províncias tinham uma junta de assessores e consultores com os quais eles tomavam conselho antes fazer julgamento)

A partir de então, os cristãos gentios não estavam mais vinculados aos regulamentos cerimoniais levíticos dos judeus, exceto pelas disposições do chamado decreto apostólico: abstenção "do que foi sacrificado aos ídolos, do sangue, do que foi estrangulado e da fornicação" (Atos 15:29). O Concílio de Jerusalém demonstrou, assim, a disposição dos líderes apostólicos em fazer concessões a certas questões secundárias, a fim de manter a paz e a unidade na igreja.

Fonte: Concílio de Jerusalém; História cristã – Britannica

Apologeta - Concílio de Jerusalém

Organizando a Instituição:

22 — Então, pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger varões dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, varões distintos entre os irmãos.

23 — E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos, e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, Síria e Cilícia, saúde.

24 — Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e transtornaram a vossa alma (não lhes tendo nós dado mandamento),

25 — pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns varões e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo,

26 — homens que já expuseram a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

Toda instituição religiosa é formada por um arcabouço espiritual, mas como é formada por homens e necessita de ordenamento, tem que ter um estatuto, uma declaração do que o grupo crê, e ordenamento de lideranças, sobretudo quando há expansão da instituição, para além da base inicial, no caso podemos inferir:

 Base – Jerusalém

Primeira Expansão - Antioquia

A Igreja de Jerusalém teve um crescimento exponencial em pouco tempo.

Haja vista que em duas pregações do apóstolo Pedro, cerca de 8000 almas se ajuntaram a igreja, sendo batizadas e formando um agrupamento de discípulos e membros da neoigreja.

Após este crescimento local, houve a expansão para além dos território de Israel e cercanias.

A ida de irmãos para a Antioquia relatada por Lucas (Atos 13)  e ressaltada como uma igreja com todos as características da base (igreja mãe), ou seja lideranças, profetas, um número interessante e crescente de crentes, na narrativa do texto, acima, trouxe certos discursos de crentes que, embora convertidos por pregação de irmãos advindos de Jerusalém, começaram a desenvolver ideias sobre doutrina e costumes quanto aos novos convertidos.

Lucas relata que isto trouxe certos radicalismos sob a égide do pensamento judaico, como:

- discriminação aos gentios, obrigação de ritos sobre comer alguns tipos de alimentos, ou alimentos que os sacerdotes autorizavam ou consagravam(como o rito da panela limpa), para recebimento do batismo, passar por ritual no templo (como Paulo cita), etc.

Atos 15:5 Congregaram-se, pois, os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto.

A Bíblia ensina: da multidão de conselhos sai entendimento e sabedoria.

Diante desta narrativa e situação, com ampla discussão sobre o que fazer os líderes de Antioquia subiram a Jerusalém, sob a liderança dos Apóstolos e sua chegada revela (vide, abaixo) que suscitado problemas vieram a tona e se resolveu realizar um Conclave doutrinário!

Os apóstolos Barnabé e Paulo foram a Jerusalém encontrar-se com os “colunas da Igreja” (Gálatas 2:9): Tiago, o Justo, Pedro, e João. O Concílio de Jerusalém é geralmente datado de 48-50 d.C., aproximadamente 15 a 25 anos após a crucificação de Jesus. 

O que me chama atenção que todos puderam manifestar suas posições, através de um porta-voz previamente escolhido.

Detalhando.

Antioquia – Motor do Concílio de Jerusalém        

Atos 15:2 Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns outros dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, sobre aquela questão.

O que me chamou a atenção é que tudo se inicia devido, (além de tudo relatado, acima, e outras questões), a discussão entre Barnabé (discipulador de Paulo) e o Apóstolo Paulo (neoconverso)

O texto abaixo, mostra que a conversão dos gentios e sua integração na Igreja em Antioquia alvoroça os judaizantes, como já informado no corpo deste texto.

Atos 15:5,6 Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés. Congregaram-se, pois, os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto.

A importância deste texto é grande para entendimento do conceito de seita nos idos e local do nascedouro da igreja.

Destaco: “Atos 15:5 Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido”

Mostra claramente que a Igreja se manteve inicialmente, para os judeus crentes e convertidos ao Cristianismo, como uma seita (O Caminho) dentre outras defecções da religião judaica.

Assim o texto destaca – uns da seita dos fariseus que tinham crido – ou seja, fica claro que embora dentro da igreja a questão de suas origem religiosa, principalmente sobre doutrinas era pessoal e cultural se manteve.

Daí, que se deve destacar a importância do Concílio de Jerusalém para unificação das primeira doutrina do Credo Cristão para a recém-nascida Igreja.

Do rito do Conclave:

Ordem no Conclave:

Atos 15:7 E, havendo grande contenda, levantou-se Pedro e disse-lhes: Homens irmãos, bem sabeis que já há muito tempo Deus me elegeu dentre nós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do evangelho, e cressem.

Posição de liderança de Pedro para a missão de pregar a conversão entre os gentios, foi um dos destaques na careira de Pedro, sem que isso necessariamente resultasse, pelo dito de Pedro que ele fosse o líder máximo da Igreja.

Palavra

Liderança de Jerusalém falaram primeiro.

“Pilares da Igreja” – Tiago O Justo, o primeiro líder da igreja

Apóstolo Pedro

É importante ensinar que onde você é originário você deve respeitar a posição de sua origem. Paulo e Barnabé entendiam isso e ensinaram e o fizeram em Antioquia, por mais de uma vez.

Debate

Atos 15:12 Então toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios.

Notamos que mesmo na Igreja sede de Jerusalém havia posições divergentes sobre a nova seita judaica.

Podemos verificar isso, no próprio debate do dia Pedro foi o primeiro a falar e como já sofrera algum tipo de juízo, ainda que e já se posicionara  mesmo após o debate conciliar,  pois no capítulo 10 ele próprio tivera dificuldade em obedecer a voz de Deus para batizar a primeira família de gentios, a família de Cornélio um centurião romano (o que teve um peso enorme para o pensamento de Pedro e aceitação da Igreja – gentio e do povo que dominava Israel, o que mostra a intenção do Espírito Santo em destacar a universalização da Salvação em Nome de Jesus Cristo.

Atos 10:38-45;48; 11:2-4 Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder; [...] A este ressuscitou Deus ao terceiro dia, e fez que se manifestasse, Não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; ... E nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos. [...]E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. ...pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes...? E mandou que fossem batizados em nome do Senhor,  subindo Pedro a Jerusalém, disputavam com ele os que eram da circuncisão, Dizendo: Entraste em casa de homens incircuncisos, e comeste com eles. (teve que se explicar): 4 Mas Pedro começou a fazer-lhes uma exposição por ordem

Paulo, posteriormente, ainda, sofreu ao ir a Jerusalém e ser obrigado a circuncidar um de seus auxiliares e também oferecer sacrifício no Templo! Atos 21

Análise das falas pelo líder da reunião e da igreja – Tiago O Justo

Decisão:

No Concílio:

Posições – (Pedro) seguindo o conselho oferecido por Simão Pedro (Atos 15:7-11 e Atos 15:14),

Barnabé e Paulo relataram seu ministério entre os gentios (Atos 15:12), e o apóstolo Tiago citou as palavras do profeta Amós (Atos 15:16-17, citando Amós 9:11-12).

Posição - Tiago acrescentou suas próprias palavras à citação e então apresentou uma proposta, que foi aceita pela Igreja e ficou conhecida como o Decreto Apostólico

A questão da entrada dos gentios já era, de maneira especial (vida case Pedro), aceita na ocasião do Concilio, com reservas, creio eu.

O Concílio serviu para decretar diante da multidão da Igreja e aos de longe a posição da universalidade da Igreja, agora com a inclusão dos gentios.

A posição de Barnabé, aliás, foi importante no sentido de ter uma certeza clareza e apoiar a mesma posição do Apóstolo Pedro (um dos colunas).

Decisão e Envio das Novas Doutrinária:

25 — pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns varões e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo,

26 — homens que já expuseram a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

27 — Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais de boca vos anunciarão também o mesmo.

Embora consagrados como lideranças em Antioquia, a igreja determinou que Judas e Silas acompanhassem a Barnabé e Paulo (um Paulo ainda não consolidado como Apóstolo).

32 — Depois, Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras.

Estes enviado serviram para dar respaldo a Paul e a Barnabé sobre o que fora decidido, pois além de tudo estes eram profetas, a decisão fora respaldada pelo Espírito Santo e estes como profetas seriam mais uma vez usado, como foram lá em Antioquia na recepção da Doutrina e determinação de Jerusalém.

Da Decisão:

28 — Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:

29 — Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá.

Outra tradução:

“Portanto, julgo que não devemos pôr dificuldades aos gentios que estão se convertendo a Deus. Em vez disso, devemos escrever a eles, dizendo que se abstenham de alimentos contaminados pelos ídolos, da imoralidade sexual, da carne de animais estrangulados e do sangue. Pois a Lei de Moisés tem sido pregada em cada cidade desde os tempos mais antigos e é lida nas sinagogas todos os sábados.” (Atos 15:19-21)

Obs.: mesmo na decisão a questão judaizante foi ressaltada! Influência de Tiago?

A decisão do Concílio de Jerusalém é primariamente e como rudimento, até hoje a base da doutrina do Evangelho.

A questão seria posteriormente, como outras tantas doutrinas basais decodificada principalmente pelo Apóstolo Paulo e outras pelo Apóstolo Pedro.

Tiago também acabaria fazendo exegese e aplicação de algumas normas doutrinarias iniciais da Igreja.

O Envio a locais determinados:

23 — E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos, e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, Síria e Cilícia, saúde.

O Decreto Apostólico foi considerado válido para todas as outras congregações cristãs locais em outras regiões.

Certamente foi uma das atividades da vida inicial de Paulo - com toda a probabilidade, aos trabalhos de Paulo durante o intervalo entre seu retorno a Tarso (Atos 9:30).) e sua partida em companhia de Barnabé para Antioquia (Atos 11:25).

Mostra como a igreja estava em expansão, para além de Jerusalém, cumprindo o Ide de Jesus!

A decisão foi escrita, o que mostra a formalidade da decisão.

Foi escrita por um secretario ad hoc

30 — Tendo-se eles, então, despedido, partiram para Antioquia e, ajuntando a multidão, entregaram a carta.

31 — E, quando a leram, alegraram-se pela exortação.

Maiores detalhes:

A Importância do Concílio de Jerusalém.

Na Igreja primitiva, nascida em solo e sangue judeus, a maioria dos seguidores de Jesus era judia por nascimento, e até mesmo os convertidos considerariam os primeiros cristãos como parte do judaísmo. Os cristãos judeus afirmavam todos os aspectos do judaísmo do Segundo Templo com a adição da crença de que Jesus era o Messias judeu.

Mitte do Concílio.

Ponto fulcral.

O início do capítulo em tela se inicia com a seguinte narrativa:

1.ENTÃO alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se vos não circuncidardes, conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos.

A questão não era apenas de congregar ou de participar da Igreja:

Note-se:

O Apóstolo Pedro já havia permitido, sob a orientação do Espírito Santo, em Jope, a introdução na Graça dos gentios, mas os judaizantes se atrevem a impor a questão. Vide lição anterior.

A Questão Principal era:

Salvação só com circuncisão?

Assim, sob a ótica da tradição religiosa do judaísmo, como os irmãos consideram a nova seita (A Igreja), seria um ambiente religioso de judeus, nascidos e consanguíneos, mas a Universal Salvação fora estendida a todos os homens, (Cl 3:11 Onde não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo, e em todos.) sem a questão de nacionalidade. Por isso, a entrada na seita deveria ser igualmente como na religião nacional (que era independente das seitas) de forma que os que se juntassem à Igreja deveriam ser apenas prosélitos (..., tanto judeus como prosélitos Atos 2:10).

Por isto, o Concilio de Jerusalém, teve por base a introdução ou melhor a aceitação de todo e qualquer nascido ou não judeu, à Igreja e seus comportamentos na vida diária, pós-conversão.

1 Coríntios 10:31,32 Portanto, quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.

Entendendo o texto, acima:

         Judeus membros da igreja

         Gregos – judeus de fala grega

         Igreja – ao conjunto formado pelos judeus, gregos e gentios.

Assim como esta introdução de não judeus – os gentios – também levou a considerações sobre o comer ou beber, pois a abstenção de alimentos no judaísmo é base doutrinaria para salvação e declaração de Fé.

Ponto de inflexão.

Atos 15.24 — Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e transtornaram a vossa alma (não lhes tendo nós dado mandamento),

A posição dos judaizantes (alguns vindos da própria igreja em Jerusalém, na diáspora), aliada a disputa de Barnabé e Paulo, criou um ponto de inflexão doutrinaria, motivando uma reunião plenária em Jerusalém.

A entrada dos gentios na Igreja, sob o padrão judaico era por eles considerada, uma forma de diminuir o padrão da moralidade judaica preponderante entre a nova Comunidade, como um novo ramo do judaísmo, e assim como os prosélitos judeus eram deveriam seguir as regras da Lei.

2.Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos sobre aquela questão.

Judaizantes e Cristãos judeus;

Judeus devotos e praticantes;

Fariseus. ... Alguns, porém, da seita dos fariseus;

Pensamento:

Se eles se submeteram e ainda se mantinham, nas amarras da Lei procurando executá-la, porque facilitar a vida dos novos conversos, sem as obrigações da Lei?

Conviver com não circuncidados era um ato no mínimo impuro.

Manter o controle de Jerusalém no novo ramo do judaísmo, era o que eles pensavam do novo movimento – O Caminho.

Poderemos assistir, ao longo faz Epístolas e mesmo em Atos dos Apóstolos a discussão ainda prosperou, com destaque a

Gálatas 2:11-15 E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível. Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão. E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação. Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? Nós somos judeus por natureza, e não pecadores dentre os gentios.

A Doutrina de Jerusalém trouxe exortação à alegria

Ensinou como se portar

Atos 15.28 — Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:

29 — Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá.

Em tempos de crentes advindos da idolatria, seja grega ou de bárbaros, Jerusalém trouxe uma liberdade aos irmãos sobre como se portar e como ver e considerar coisas consagradas a ídolos (ainda que os ídolos não são coisa alguma) como parte da santificação alcançada após recebem Jesus como Senhor e Rei de suas vidas:

Paulo inseriu, muito nesta e desta doutrina, em seus ensinamentos e passou a ensinar em sua epístolas, como o texto:

Obs.: quando digo que Paulo inseriu, temos que entender que Paulo foi uma espécie de descodificador das Doutrinas primárias e rudimentares da Fé cristã.

- os elementos fundamentais (como a fundação de um prédio), rudimentos, princípios fundamentais e primários de uma arte, ciência ou disciplina ou doutrina.

         1 Coríntios 8:7-10 Mas nem em todos há conhecimento; porque alguns até agora comem, com consciência do ídolo, coisas sacrificadas ao ídolo; e a sua consciência, sendo fraca, fica contaminada. Ora a comida não nos faz agradáveis a Deus, porque, se comemos, nada temos de mais e, se não comemos, nada nos falta. Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos. Porque, se alguém te vir a ti, que tens conhecimento, sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos?

Fonte:

Estudantes da Bíblia

Dicionário Strong

Citações no corpo do texto

Lições CPAD 3º trimestre 2025

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