Uma Palmadinha não dói?
A Câmara Federal
aprovou mais um polêmico Anti-Projeto dos ditos:
– Politicamente Corretos
–
Provérbios 23:22-26.Ouve teu pai, que te
gerou, e não desprezes tua mãe, quando vier a envelhecer.Alegrem-se teu pai e
tua mãe, e regozije-se a que te gerou.Dá-me, filho meu, o teu coração, e os
teus olhos observem os meus caminhos.
A Lei da Palmada:
Sim, mas embora
o nome, ela visa impedir aos pais darem palmadas em seus filhos.
As sanções:
Você não pode
mais dar palmadas em seu filho.
O projeto prevê:
Pais que
maltratarem os filhos serão encaminhados a programa oficial de proteção à
família;
Cursos de
orientação;
Tratamento psicológico;
Tratamento
psiquiátrico;
Receberão advertência.
Em um país em
que a violência e o descaso com as crianças é noticia todos os dias, seja por
crimes contra as crianças e adolescentes [alguns extremamente revoltantes],
seja o oriundos da ação violenta de crianças e adolescentes [caso da gang das
meninas da Vila Mariana em SP, crianças sofridas, que sem escola e sem obedecer
a ninguém assaltam, ou melhor, furtam lojas, transeuntes e motoristas].
Onde a TV tem
que ser acionada com propagandas para fazer valer a Lei que proíbe vender bebidas alcoólicas a
menores.
Sim! A Lei é
antiga, mas, comerciantes mal-intencionados e alheios ao mal que estão fazendo,
vendendo bebida alcoólica a crianças, não a cumprem.
Eu mesmo presenciei
um caso em Mercado, próximo onde moro, no qual um menino filho de vizinho, de
meu prédio, estava pronto para passar no caixa com uma embalagem de bebida alcoólica
– cachaça –
Após assistir a
negativa da caixa, pensei: ‘Vou avisar aos pais!’
Ledo engano, os
pais ficaram aborrecidos comigo e deixaram de me cumprimentar. Afinal, era o
filho deles, e não meu!
Infância:
Quando eu era
criança lembro-me de uma figura temida pelos pais e crianças desobedientes e com
problemas de sociabilidade:
O Juiz de Menores
[Juizado de menores- O 1º Juizado de Menores do Brasil e da América Latina foi criado em 20 de dezembro de 1923,
no Rio de Janeiro (na época Distrito Federal)],
que agia em casos assim.
No momento, de memória
só lembro do Juiz do Rio de Janeiro, Siro Darlan, o polêmico juiz
de menores do Rio e por isso, famoso por suas ações, por obrigar colocar
em envelope a capa de revistas adultas, e Proibiu a participação de menores na novela
Laços de Família
"Soube de um
bebê de 1 ano que teve de repetir dezenove vezes uma cena de violência. Como alguém
pode permitir uma coisa dessas? É óbvio que essa criança sofreu um dano
psicológico"
Outra declaração:
Proibiu o desfile
de modelos menores de idade que não comprovaram estar estudando:
"Essas modelos são tão exploradas
quanto as crianças que esmolam na rua. Eu faço a seguinte comparação: elas são
Cinderelas
– e a Justiça é o príncipe que calçará nelas o sapato da educação"
Atitudes:
No trabalho, é tido
como um profissional dedicado, do tipo que se vê domingo de manhã numa favela,
recitando para os moradores os preceitos do Estatuto da Criança e do
Adolescente. Cita o documento a cada duas frases, aliás. Seus ouvintes
prediletos: pais negligentes e omissos, aí incluído qualquer adulto que permita
ao filho menor de idade fumar, beber, freqüentar boates gays e faltar à escola.
Uma vez por semana, uma multidão de pais contrariados é obrigada a comparecer
ao salão do Juizado para uma carraspana coletiva que ele ministra com fervor de
sacerdote.Veja - online
Outros do
interior de SP e Bahia, que colocaram as crianças literalmente na cama, impondo
o toque de recolher nas cidades onde atuam.
Para tentar reduzir os elevados índices
de homicídios ocorridos no distrito de Porto Seguro, o juiz da Vara da
Infância e da Juventude, André Strogenski, resolveu proibir crianças e
adolescentes de frequentar bares e circular à noite nas ruas da localidade
Algumas Cortes
da Justiça consideram o ato inconstitucional.
Voltando ao
cerne:
Provérbios 23:13-14. Não retires a
disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu
a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno.
Além do descaso
das autoridades responsáveis pela defesa das crianças seja no âmbito dólar ou
nas Escolas vemos pais que, se negam a ajudar aos filhos saírem destas
situações:
Pais que molham
o dedo na cerveja e passam nos lábios de um bebê!
Dizem elas, ou
eles: ‘tadinho, tá com vontade, vai
passar mal!’
Quem vai passar
mal após estas crianças inocentes crescerem vai ser o pai ou a mãe que age
assim.
Ou oferece um
gole a um menino ou menina com 10, 9, 14 anos de sua bebida alcoólica, e não
sentem nenhum remorso.
Pior, mães
grávidas que bebem bebidas alcoólicas ou se drogam.
A Ação das Autoridades:
Ao invés de
investir nesta Educação familiar, creches, melhoria de salários, a Lei [você pode
me dizer: tudo já é lei! Mas, no Brasil – há a famosa lei que na pega.] vem
penalizar antes de ensinar, aos pais e aos filhos.
Já existe dentro
dos lares brasileiros uma frase decorada pelas crianças e adolescentes:
- ‘Não me corrija de forma dura, ou eu
chamo o Conselho Tutelar, ou a Polícia!’
É neste ritmo
antibíblico que nossas autoridades estão forjando as novas leis de correlação
Pais-Mães e filhos.
Estabelece-se um
ringue, em que o Juiz – a Lei – acusa de golpe baixo, qualquer palmadinha, ou
expressão verbal pode se enquadrada.
Lógico, que não
somos defensores de que nenhum pai, ou mãe ou tutor, agrida qualquer criança,
ou exagere na correção, até porque somos adeptos da conversa sincera e do
diálogo.
E mesmo os
Especialistas se dividem em suas opiniões!
O melhor é ouvir
de um pai ou de uma mãe de filhos educados e honestos:
“Nunca dei,
sequer uma palmada, em meus filhos”.
‘Ouve teu pai, que te gerou, e não
desprezes tua mãe...’
Mas, é
necessário estabelecer-se parâmetros justos para que a autoridade paterna ou
materna, não seja perdida.
Enquanto escrevia
a TV mostrava a disparidade de culturas:
Enquanto em
alguns lugares de cultura aceitem um menino se lancetear, até sair sangue de
seu corpo, em nome da religião.
Em outros
crianças com 3 ou 5 anos se digladiam num ringue numa luta violenta como
adultos, assistidos pelo seus pais.
Em outras
crianças sofrem pressão vital para serem vitoriosos e os melhores alunos,
levando alguns a se suicidarem, por causar ‘vergonha’ a suas famílias.
Leia Matéria:
A Câmara dos
Deputados aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei que proíbe o uso de
castigos corporais em crianças e adolescentes, popularmente conhecida como Lei
da Palmada. A aprovação ocorreu na comissão criada especialmente para discutir
o assunto, mas como tem caráter conclusivo, o projeto seguirá para a
tramitação e votação no Senado, exceto se houver recurso para que seja
apreciado pelo Plenário da Câmara. Confira o projeto de lei.
Relatado pela
deputada Teresa Surita (PMDB-RR), o projeto prevê que pais que maltratarem os
filhos sejam encaminhados a programa oficial de proteção à família e a cursos
de orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de receberem
advertência. A criança que sofrer a agressão deverá ser encaminhada a
tratamento especializado.
Para aprovar a
medida, a relatora concordou em alterar seu parecer e substituir a
expressão "castigo corporal" por "castigo físico".
A Ação
da Bancada Evangélica
Parlamentares
da bancada evangélica impediram a votação do projeto nesta terça-feira
por defenderem a substituição da expressão
"castigo corporal" por "agressão física".
O objetivo seria
evitar a idéia de que a lei proibiria qualquer tipo de punição ou de limites a
meninos e meninas.
A troca do termo
por "agressão física" gerou críticas da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República e de movimentos sociais que
apoiavam o texto original, com "castigo corporal".
Mas no fim da
tarde de ontem, houve um acordo para que fosse incluída a expressão
"castigo físico" em vez de "agressão física".
De acordo com a
deputada Liliam Sá (PR-RJ), a bancada evangélica entendeu que a expressão
“castigo corporal” interferia na educação dos filhos.
“Então
chegamos a um acordo e trouxemos para discussão. A bancada escolheu a expressão
agressão física, mas isso descaracteriza o projeto, porque nem sempre um
castigo físico que a criança sofre é uma agressão física",
afirmou.
A presidente da
comissão, deputada Erika Kokay (PT-DF),
defendeu o texto original, argumentando que ele não fere a autoridade da
família, como pensavam os evangélicos. “Não há na comissão qualquer tipo de
dúvida ou qualquer polêmica acerca do sentido do conteúdo do projeto”, disse.
Crítica:
A coordenadora
do Projeto Proteger, na Bahia, Eleonora Ramos, criticou a proposta de mudança
no texto original. “O movimento social não se interessa por um projeto que não
muda nada. Com o termo agressão em vez de castigo, nós estamos repetindo o
Código Penal e o Estatuto. A agressão a uma criança ou adulto já é proibida por
lei”, salientou.
Teresa Surita
ressaltou que as expressões são muito próximas, mas para atender a expectativa
de algumas pessoas ela usou no substitutivo a expressão “castigo físico”.
“Quando se fala castigo físico fica mais pedagógico”, disse.
Opiniões
de Especialistas:
Ao longo do ano,
o Delas ouviu especialistas e mães para esclarecer o assunto.
Embora o tapa na bunda seja prática comum, não é a única maneira de
impor limites a uma criança. Por isso, a maioria dos psicólogos e
pedagogos defende a punição dos pais que batem nos filhos.
Mas nem todos
concordam.
Para a terapeuta
infantil Denise Dias, as crianças estão "precisando de tapa na
bunda".
Já o psicólogo e
terapeuta familiar Carlos Zuma acredita na validade do debate em torno da lei -
mas nunca na validade da palmada.
"Mesmo em
último caso, a violência não é válida", defende.
Ouvimos também
mães que usaram - ou não - as palmadas ao criar os filhos.
Casos práticos:
Audrey de
Almeida, 44, apanhou quando pequena e bateu no primogênito. Até que um
dia se deu conta de que a técnica não surtia mais efeito. As três
filhas seguintes receberam limites sem apanhar.
Márcia Muccini,
52, criou duas filhas sem erguer a mão. A firmeza e as punições eram
diferentes: quando faziam algo errado, "dávamos um gelo
nelas".
Sandra Panazzolo
e Débora Rodrigues não acreditam que a única solução seja a palmada, mas empregaram
o método com os filhos e não se arrependem. "Eu acabei usando as palmadas muitas vezes por ficar muito nervosa
mesmo, por incompetência minha", conta Débora.
"Não sou a
favor do espancamento de uma criança, mas uma palmadinha em um momento certo,
no lugar certo – que é o bumbum – só ajuda para a educação delas",
acredita Sandra.
Em meio à
discussão no Brasil, um caso nos Estados Unidos ganhou projeção.
A filha de um
juiz postou um vídeo no Youtube em que aparece sendo espancada pelo pai.
A notícia levou
à reflexão: quando a "palmadinha" passa dos limites?
Um pai de cabeça
quente é capaz de enxergar esta linha?
Outros métodos
para impor limites são conhecidos, como o castigo não-violento
e a técnica defendida por Diane Levy, psicóloga e autora
neozelandesa com 30 anos de prática em consultório. *Com informações da
Agência Câmara
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