O MINISTÉRIO DE PROFETA
Autor Subsídio: Osvarela
Onde
não há profecia, o povo se corrompe. Provérbios 29:18
“O Dom é algo que pode ser controlado, pelo profeta, no
uso, mas não na ação profética!” OsvarelaE a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. 1 Coríntios 12:28
1 Coríntios 12:27-29
Ora, vós sois o corpo de
Cristo, e seus membros em particular.
E a uns pôs Deus na
igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro
doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades
de línguas.
Porventura são todos
apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de
milagres?
Efésios 4:11-13
E ele mesmo deu uns para
apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para
pastores e doutores,
Querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de Cristo;
Até que todos cheguemos
à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida
da estatura completa de Cristo,
Etimologia
Mutatis mutandis - é uma expressão latina
que significa mudando o que tem de ser mudado.
μαντευομαι - manteuomai. Significando um
profeta, de quem se espera que fale por inspiração;
1)
agir como um vidente - Dn.6
1a)
pronunciar um oráculo, profecia divina;
Viviam
em um נוית Naviyth - n pr loc. Naiote = “habitações”.
Chamamos a
atenção e indicamos a leitura do texto da postagem no link:
http://estudandopalavra.blogspot.com.br/2013/03/eliseu-e-escola-de-profetas-licao-12_23.html
http://estudandopalavra.blogspot.com.br/2013/01/elias-e-os-profetas-de-baal-licao-4.html
INTRODUÇÃO
A
posição dos profetas na relação dos dons é particularmente uma demonstração da importância
deste ministério.
Contudo,
não podemos colocar o mesmo acima do governo da Igreja. Por isto, a lista coloca o
Apóstolo, ou os fundadores de trabalhos, na ordem inicial, pois eles são aqueles
que representam os que orientados, e ouvindo a voz de Deus iniciam sob esta os
trabalhos onde os profetas atuarão e exercitarão seu Ministério, por isto eles
tem a preeminência.
Esta
posição honrosa na lista de dons serve ainda, para demonstrar que a Igreja necessita
estar atenta a voz de Deus e que o Senhor quer falar a ela.
No
entanto, se observada a lista na qual está inserido, vemos que ele se encontra
numa lista, de dons de atividades necessárias, como o Espírito aloca os dons,
para sustentação da Obra.
Poderíamos
entender que:
Os
apóstolos fundam as igrejas, os profetas falam a igreja, os milagres e curas se
manifestam como aprovação e demonstração da presença de Deus na igreja, se
exercita na mesma os socorros, e para que a igreja se mantenha de forma
estruturada necessita de governos e se como igreja ativa no poder de Deus e
demonstração para todos de sua afirmação e mantença continua exercitando as
variedades de línguas aonde quer que ela for constituída.
PROFETA
“Havendo
Deus antigamente falado muitas vezes, e
de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes
últimos dias pelo Filho” Hebreus 1:1
Os
profetas, ou nabi, ou navi no conteúdo bíblico é alguém autorizado
a falar em nome de outrem. No caso, falar em nome de Deus.
“E dentre vossos filhos suscitei profetas,
e dentre os vossos jovens nazireus. Não é isto assim, filhos de Israel? diz o
Senhor”. Amós 2:11
Na
historia bíblica estes homens eram no contexto veterotestamentário escolhidos
para esta atividade e serviam a comunidade israelita com o seu dom.
Naquele
contexto o ministério profético era restrito.
“Então os filhos dos profetas que estavam em
Jericó se chegaram a Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o SENHOR hoje tomará o
teu senhor por sobre a tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos’. 2 Reis 2:5
“E
disseram os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos
diante da tua face, nos é estreito. Vamos, pois, até ao Jordão e tomemos de lá,
cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar para habitar. E disse ele:
Ide”. 2 Reis 6:1-2
A Introdução e Ambiente Neotestamentário:
A
atividade do profeta, o faz ver as consequências.
É
ele que tem a visão por detrás do que está acontecendo, e parece normal para
todos os demais.
É
preciso entender a origem dos cultos e a forma de adoração da Igreja se inicia
dentro do Templo e das sinagogas judaicas.
Paulo
e Pedro disputam, ou seja, buscam levar a Revelação do Messias aos seus
contemporâneos hebreus.
E,
“mutatis mutandis”, buscar, a partir
do encontrado no Antigo Testamento, e projetar para como deve ser hoje. Muito do estilo de culto da Igreja foi calcado na sinagoga surgida no período exílico.
A Atuação Veterotestamentária.
Embora, houvesse agrupamentos e escola para profetas em Israel eles eram poucos e o dom não se manifestava em todos ou em pessoas como a evidencia Neotestamentária.
Os
profetas atuavam
Como profeta do rei – viviam na casa real, e sob
as expensas do rei; “Agora, pois, eis que
o Senhor pôs o espírito de mentira na boca de todos estes teus profetas, e o Senhor falou o mal contra ti”. 1
Reis 22:23
Isaías servia na casa real, nos idos do rei
Uzias: “No ano em que morreu o rei Uzias,
eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e a cauda do
seu manto enchia o templo”. Isaías
6:1
Como
profeta da nação – profetizavam de maneira nacional;
Como
profeta do povo – profetizavam e viviam no meio do povo, podendo deslocar-se
entre a população, prognosticando e profetizando de maneira regular entre as
comunidades.
“Ora,
pois, trazei-me um músico. E sucedeu que, tocando o músico, veio sobre ele a
mão do Senhor. E disse: Assim diz o Senhor: Fazei neste vale muitas covas”.
2 Reis 3:15-16
Eles
podiam receber o nome de videntes.
“Antigamente
em Israel, indo alguém consultar a Deus, dizia assim: Vinde, e vamos ao vidente; porque ao profeta de hoje, antigamente se
chamava vidente”. 1 Samuel 9:9
Não
tendo, esta palavra, a conotação espiritual de adivinho, mas de alguém que tinha o dom de ver ou ouvir a voz de Deus.
A
função dos profetas:
Exortar – eram doutrinadores e
mantenedores da posição do povo diante da Lei e dos mandamentos divinos;
Proclamar os desígnios de Deus;
Anunciadores da vontade de Deus para com o povo e a Nação.
Alertar do juízo futuro; Eram atalaias.
O
reconhecimento dos profetas era algo inerente a nação de Israel, serviam para
orientar o Rei e o Reino, ate nas suas batalhas:
Disse,
porém, Jeosafá: Não há aqui ainda algum
profeta do Senhor, ao qual possamos consultar? Então disse o rei de Israel
a Jeosafá: Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém eu o
odeio, porque nunca profetiza de mim o que é bom, mas só o mal; este é Micaías,
filho de Inlá. E disse Jeosafá: Não fale o rei assim. Então o rei de Israel
chamou um oficial, e disse: Traze-me depressa a Micaías, filho de Inlá. 1 Reis
22:7-9
Jesus – O Profeta.
Mesmo
no contexto anterior, a Igreja receber o Espírito Santo, de forma derramada a
todos, Jesus em seu ministério terreno era reconhecido como Profeta, ainda nos
moldes que os israelitas entendiam este Dom.
“E a multidão dizia: Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia”. Mateus 21:11 “E, pretendendo
prendê-lo, recearam o povo, porquanto o
tinham por profeta”. Mateus
21:46
O Ministério Profético Neotestamentário.
Na
vida da igreja, nos tempos Neotestamentários, pós-pentecoste, a atividade profética
nos é apresentada sob este contexto: O Derramamento do Espírito sobre todos da
Igreja.
Esta
em si, já é uma diferença a ser entendida, enquanto no contexto de Israel os
profetas formavam uma categoria, agora o dom se mostra distribuído a todos
quanto o Espirito quer dar e a todos quanto quiserem buscar com oração e
suplicas o dom da profecia.
“Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas
principalmente o de profetizar”. 1
Coríntios 14:1
O
dom de profetizar é essencial para igreja, pois é por ele que Deus fala e
direciona a Igreja revelando os mistérios e sua vontade, as coisas que
sucederão com seu povo e os da igreja.
“E
na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber:
Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com
Herodes o tetrarca, e Saulo”. Atos 13:1
O
Ministério profético é uma condição para que a igreja e o povo de Deus tenha
entendimento frutífero e possa usufruir na condição transacional com
entendimento aquilo que o espirito dos homens recebem, ao falar em línguas estranhas
e que servem para alegrar e edificar a alma, mas através do Ministério profético
possam alcançar de maneira inteligível e racional, para o espirito humano e sua
alma o que Deus quer para vivermos na condição de membro do Corpo de Cristo,
sendo edificados plenamente nas virtudes e excelência do Evangelho como
plenitude de Cristo.
“O
que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza
edifica a igreja. E eu quero que todos
vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que
profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete
para que a igreja receba edificação”. 1
Coríntios 14:4-5
Vimos
nas Escrituras Neotestamentárias que o ministério profético serviu para alertar,
orientar e avisar ao próprio Apóstolo Paulo:
O que é Ministério?
O
verbo “chamar” (kalein) e o
substantivo “chamado” (klesis) têm
uso abundante e, até certo ponto, variado no Novo Testamento. Ser “chamado” é
ser alguém que foi escolhido dentre os escolhidos para uma atividade definida.
Através
dos profetas, Deus nos mostra ainda mais: “E acontecerá depois que derramarei o
meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão,
vossos velhos sonharão e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e
sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias” (Jl 2:28-29). Cumprido
no Pentecostes, como Pedro proclamou em seu sermão (At. 2:17), esta profecia
refere-se ao dia quando toda a Igreja será cheia com o Espírito e cada crente
será um sacerdote, de modo que o mundo saberá que Jesus é o Cristo.
Estes
profetas exercem agora, o ergon diakonias ("a obra do
ministério"), ou seja, estão inseridos no contexto de ministrar a outros
sob a égide e a voz interna do que lhes fala e autoriza a dizer, o Espírito
Santo, para edificação da Igreja.
O
texto de Efésios utilizado para base bíblica desta semana, nos conduz, ao
entendimento, que a ministério profético
é concedido pelo Espírito, e esta aberto a todos quanto o buscarem para
receber.
“Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai
abundar neles, para edificação da igreja”. 1
Coríntios 14:12
Pois,
o contexto pentecostal de receber um ministério pode ser através da busca
sincera e do desejo em servir a Deus. Logicamente que esta virtude esta disponível,
mas nem todos a receberão, pois o Espirito é quem conhece a necessidade e a dispõem
a quem quer, independentemente devemos buscar este Dom de Profeta.
Ministério.
O
que significa então ser “chamado” para o ministério?
...é
necessária uma filosofia de ministério que reflita as demandas bíblicas do
serviço cristão, para estabelecer a base adequada pela qual o ministro e o povo
de Deus saberão de forma clara a que tarefa aqueles foram chamados por Deus e
separados pela igreja. Franklin Ferreira
Necessitamos
entender que muitas vezes, uma demonstração de fervor ou de vontade de buscar
as almas e falar de Jesus, não pode ser confundida, com a chamada ao ministerial.
Assim,
o nosso senso de “chamado” para o ministério é o que o senso de nosso chamado
para pertencer a Cristo, nos faz sentir. Seja ao que verdadeiramente é chamado,
tanto quanto ao cristão convertido e cheio do fervor em pertencer a Cristo e
entender por isto, a necessidade de falar desta salvação.
Faz-se
necessário entender, que é um chamado para a fé, e não para uma vocação
particular, pois somos chamados para a Obra do crescimento em Cristo, conforme
Mc 16.15.
Isto
se dá por que: “Todos nós somos ordenados
a aprender mais de Deus e de Sua obra salvadora em Cristo, crescendo em nosso
conhecimento. Nenhum crente está
isento da obra do Espírito de mortificar o velho homem e ressuscitar seu ser
para uma nova vida. E todo cristão, se genuinamente chamado para pertencer a
Cristo, deseja ver o perdido reconciliado com Deus”.
Estas
não são qualificações exclusivas dos ministros; elas são características do
cristão!
Uma
palavra de alerta: “Ministros não são pagos para ser discípulos de Cristo por
nós, mas para nos guiar na verdade e justiça”.
Podemos
e devemos entender, que Deus não somente chama presbíteros como ministros para
cuidar da condição espiritual da igreja;
-
Ele indicou diáconos para serem ministros no atendimento das necessidades
físicas da congregação. Os diáconos foram escolhidos, primariamente, para
liberar os apóstolos do peso das tarefas financeiras e administrativas.
Os
doze apóstolos, os Ministros, as Colunas, conheciam o chamado deles quando
disseram “Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às
mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do
Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a
nós, nos consagraremos à oração e ao ministério
da Palavra” (At 6:1-4).
Vemos
então que a ação ministerial era importante, pois à medida que os apóstolos
foram substituídos neste dever, “crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se
multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à
fé” (vs.7).
Neste
contexto necessitamos entender que o Ministério profético é um ministério a ser
exercido na ação espiritual e não pode ser confundido com o Ministério
outorgado pelas mãos do Presbitério (aqui como o Santo Ministério Eclesiástico
- legítimo para diáconos e presbíteros, quanto para ministros). No entanto, entendemos que: os que recebem a imposição de mãos recebem a dação ministerial (caso dos ministros do Evangelho) profética, de tal forma, que passam a ter a unção da Profecia como Ministério de Profeta, com a consequente ação ministerial advinda desta Unção. " Não
desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição
das mãos do presbitério". 1 Timóteo 4:14
Entendendo:
“Ministros, portanto, são chamados para serem inteiramente dedicados ao
ministério da Palavra e da liturgia, como Santa Ceia, Batismo, etc...”.
Todos
os oficiais (ministros) são genuinamente “chamados”
para o ministério quando a voz do Pastor é ouvida através de sua igreja. Podemos
inferir que por isto a ação do Ministério profético é essencial, no seio da
Igreja para que saibamos e conheçamos a real vontade do Senhor, através do Seu
Espírito, que dirige a vida eclesial e eclesiástica.
Quando
um candidato foi preparado para tal serviço recebe um “chamado” de uma congregação
particular e do presbitério, ele é chamado, por Deus, para o ministério.
A Introdução e Ambiente
Neotestamentário:
É
preciso entender a origem dos cultos e a forma de adoração da Igreja se inicia
dentro do Templo e das sinagogas judaicas.
Paulo
e Pedro disputam, ou seja, buscam levar a Revelação do Messias aos seus
contemporâneos hebreus.
E,
“mutatis mutandis”, buscar, a partir
do encontrado no Antigo Testamento, e projetar para como deve ser hoje. Muito
do estilo de culto da Igreja foi calcado na sinagoga surgida no período
exílico. Alguns, hoje, se intitulam de levitas.
Quanto a atuação sob a
questão da veracidade.
Aos
falsos profetas aplicava-se a pena de morte, na Lei Moisaica.
O
Ministério profético necessita de obter respeitabilidade, dos ouvintes da Profecia.
Pelo
simples pressuposto de que Deus não traz confusão, ao falar ao seu Povo.
“E falem dois ou três profetas, e os outros julguem”. E os espíritos dos
profetas estão sujeitos aos profetas. Porque
Deus não é Deus de confusão, senão
de paz, como em todas as igrejas dos santos”. 1 Coríntios 14: 29;32-33
O
Ministério deste dom está sob mandamento, que o indicam como possível julgamento
da Igreja e dos que ouvem as Profecias.
Por
ser um dom de elocução necessita de evidencia e cumprimento de cada dito pronunciado
sob a forma enuncial utilizada: “assim diz o Senhor”.
Desde
a antiga Escritura a profecia esteve sob esta forma de controle.
“Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu
não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros
deuses, esse profeta morrerá”. Deuteronômio
18:20
“Quando o profeta falar em nome do Senhor, e essa palavra não se
cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba
a falou aquele profeta; não tenhas temor dele”. Deuteronômio 18:22
Os
rabinos e a própria Escritura apontam para que a profecia só teria veracidade,
quando de fato ela ocorre, após o pronunciamento. Além disto, o profeta só poderia
falar em nome do Senhor e não poderia falar em nome de qualquer outro deus. Por
isto, podemos entender a colocação do Apóstolo Paulo, quando ele diz: “Portanto, vos quero fazer compreender que
ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz:
Jesus é anátema, e ninguém pode
dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo”. 1 Coríntios 12:3
Desta
forma, o Ministério de Profeta é um doa ministérios que se erige sob o manto da
verdade divina e qualquer que o usar sem estes pressupostos, da verdade,
justiça, honestidade deve ser visto e colocado sob suspeição ministerial e pode
ser julgado como falso.
O Didaquê, obra da igreja
primitiva que pode ser dada como de produção ao redor do ano 90 de nossa era
(parece anteceder, inclusive, ao evangelho de João), e que é considerado como
um manual de doutrina da igreja primitiva, diz o seguinte, sobre o trabalho de
mestres itinerantes na vida das comunidades cristãs da época: “Todo apóstolo que venha vós seja recebido
como o Senhor, porém não permanecerá mais que um dia, e se houver necessidade,
ainda o outro dia; mas se permanecer
três dias, é um falso profeta. E tendo saído o apóstolo nada tomara para
si, a não ser pão, até o próximo alojamento. Mas se pede dinheiro é um falso profeta” (11.4-7).
É
uma forma de coibir o uso do Dom como se fosse algo de propriedade de algum
mortal, mas o que se recebe de graça deve ser dado e ministrado de graça!
Colunas
A
Escritura Neotestamentária nos mostra através da escrita dos santos homens, que
há uma preeminência na vida eclesial apresentando os profetas como colunas da
Igreja.
Mesmo,
antes de Paulo codificar a doutrina dos Dons Proféticos e espirituais, o Ministério
da Igreja apresenta-se composto de Apóstolos, profetas, doutores e demais
lideranças. Mostrando a importância da composição ministerial destes homens no
cerne da vida eclesiástica, além da vida da própria igreja e constituição
ministerial da Igreja primeva.
“E na
igreja que estava em Antioquia havia alguns
profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio,
cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo”. Atos 13:1
Como
a Igreja tinha sede em Jerusalém, podemos ver que ali a composição do
Ministério (Gl. 2) encontramos a posição e atividade de Profeta de forma normal
naquele que era o centro Ministerial da Igreja:
E
naqueles dias desceram profetas de
Jerusalém para Antioquia. E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a
entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso
aconteceu no tempo de Cláudio César. Atos 11:27-28
Esta
é, pois uma evidencia da atividade ministerial profética na Igreja.
“...e,
entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com
ele. E tinha este quatro filhas virgens,
que profetizavam. E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome
Ágabo” Atos 21:8-10
O
Ministério profético cresceu conforme a Igreja se edificava em outras cidades e
regiões.
Sem
duvida, nos dias de hoje necessitamos de perceber e vivenciar esta mesma experiência,
e isto só pode ser conseguido se houver homens com disposição de buscarem receber
e usar na Igreja, o Ministério da Profecia.
A Excelência
A
inserção ministerial do Dom da profecia concede a Igreja que usa este Ministério
com sabedoria, conteúdo espiritual que vai além da percepção espiritual da língua
estranha, pois ele é um dom e ministério.
É
importante para cada um que recebeu o Ministério de profeta que saiba que este
tem um diferencial e importante distinção dentre os Dons, como o Apóstolo Paulo
revela.
A Atividade E Fim
“Mas o que
profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação”. 1 Coríntios 14:3
Ao
lermos o texto acima, podemos inferir que a atividade profética tem uma
destinação e conteúdo próprio na condução da vida espiritual da Igreja.
Da
mesma forma que os antigos videntes, o profeta Neotestamentário tem obrigações
ministeriais perante a Igreja e deve conhecer que estas são especiais e não
podem fugir ao que o Espirito fala e não podem ser utilizadas de maneira
diversa ao que o Espírito Santo lhe fala para transmitir a Igreja.
Não
poderá conduzir o espirito pessoal afim de satisfazer egos ou falar o que não
lhe disse o Espírito de Deus.
Eu
sempre digo: “O Dom de Profecia está sob Mandamento” e isto infere ser
obediente a Voz de Deus e não pode ser utilizado de maneira infantil ou sem
critério. Há critérios a serem observados, pois Deus continua sendo o mesmo
Deus dos Profetas.
“O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. E eu quero
que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que
o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba
edificação”. 1 Coríntios 14:4-5
Eis
o que deve ser buscado no Ministerio de Profeta:
Reconhecer
que fala a Igreja com uma finalidade:
- o que profetiza edifica a igreja
- profetiza
fala aos homens
- para
edificação
- exortação
- consolação
É
um Ministério de Tripla função:
Edificar
Exortar
Consolar
As Escrituras são o
Referencial sobre quem é Profeta verdadeiro:
Precisamos
nos valer das Escrituras sagradas para poder identificar, aqueles que querem
engodar o povo de Deus.
De
todos os tipos, com promessas de fertilidade – prosperidade, riquezas materiais
– a moda atual.
São
diferentes de Jesus Cristo, O Sumo Pastor de nossas almas:
“I
Pedro 5:4. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa
da glória”.
Mostram-se
como fonte de águas, mas são nuvens secas, que só querem tirar o “pêlo da
ovelha”!
Conclusão
Estejamos
conscientes ao utilizarmos o Ministério de Profeta, pois todos quantos se
assentam para falar de forma a ser Voz profética devem estar atento aquilo, que
Deus quer para seu Povo, será verbalizado, por meio deste Ministério.O dom de profecia é diferenciado do Ministério de profeta. O Ministério de profeta é inerente a atuação da Unidade da fé na Igreja.
É uma atividade em ação e relacionada dentro do e ao Ministério que serve ao mesmo para determinar a mantença da Doutrina sem desvios e pensamentos humanos, pois é pela voz de Deus que este Ministério regula a atividade doutrinária, em seus princípios evangélico/cristão preservando a Integralidade da Fé genuína!
Bibliografia
O
Significado de "ministério" na Tradição Reformada - Dr. Michael S.
Horton; é professor adjunto de Teologia Histórica do Seminário Teológico de
Westminster na Califórnia; graduado pela Biola University (B.A.), Westminster
Theological Seminary in California (M.A.R.) and Wycliffe Hall, Oxford (Ph.D.)
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