Não Farás Imagens de
Esculturas
Lição 04 – CPAD – 1ª PARTE
Autor do Estudo: Pr Osiel Varela
TEXTO ÁUREO
“Portanto,
meus amados, fugi da idolatria” 1Co
10.14
Observação: para maior aproveitamento
deste estudo sugiro ler o Estudo Não
terás outros deuses. Lição 03- CPAD – 2ª PARTE
Leitura indicada sobre a questão da adoração católica a imagens e a mariolatria:
http://estudandopalavra.blogspot.com.br/2011/05/o-genuino-culto-pentecostal-cpad-licao.html
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Entenda o que é e como a Igreja
católica ensina sobre a idolatria a santos e a Maria, mãe de Jesus:
1-- DULIA;
2-- LATRIA;
3-– HIPERDULIA.
Leia mais (read more) no link:http://estudandopalavra.blogspot.com.br/2011/05/o-genuino-culto-pentecostal-cpad-licao.html
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 20.4-6 - Não farás para ti imagem
de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na
terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as
servirás; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade
dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e
faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.
Deuteronômio 4.15-19 - Guardai, pois, com
diligência as vossas almas, pois nenhuma figura vistes no dia em que o Senhor,
em Horebe, falou convosco do meio do fogo;
Para
que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na forma de
qualquer figura, semelhança de homem ou mulher; Figura de algum animal que haja
na terra; figura de alguma ave alada que voa pelos céus; Figura de algum animal
que se arrasta sobre a terra; figura de algum peixe que esteja nas águas
debaixo da terra; Que não levantes os teus olhos aos céus e vejas o sol, e a
lua, e as estrelas, todo o exército dos céus; e sejas impelido a que te
inclines perante eles, e sirvas àqueles que o Senhor teu Deus repartiu a todos
os povos debaixo de todos os céus.
Etimologia E Significados:
Leb/ lebab, que os gregos traduziram
por cardia e nós por coração, se relacionam aos movimentos impulsionados
do corpo humano. Leb e sua variante lebab ocorrem 858 vezes nas Escrituras dos hebreus, das quais 814 se referem ao coração humano.
Expressam a noção antropológica de que somos movidos por sentimentos e emoções
que movimentam e dirigem nossos membros e corpo. Têm a realidade anatômica e as
funções fisiológicas do coração enquanto expressões das atividades do ser
humano, que levam às disposições de ânimo como alegria e aflição, coragem e
temor, desejo e aspiração, e também às funções intelectuais como inteligência e
decisão da vontade, que na cultura ocidental atribuímos ao cérebro.
Nas
passagens do livro de Gênesis que nos falam do leb constatamos que a antropologia se apresenta como uma psicologia
teológica. Assim, leb tem um
significado antropológico que fala daqueles aspectos que nos levam aos
movimentos do sentir, do querer e do agir, que compõem a personalidade humana.
Meod, que os gregos traduziram
por “dynamis” e nós por força, aparece trezentas vezes nas Escrituras
hebraicas, e traduz a ideia de intensidade e abundância.
Esta
palavra está ligada ao crescimento (multiplicação) do povo hebreu no Egito, meod aparece ligado à ideia de
reprodução, de muitos filhos, o que nos leva a uma compreensão diferente do
termo “dynamis”, “dunamis” (power, poder explosivo) em grego, que nos fala de uma força física
externa ao ser humano.
Em
hebraico podemos entender meod como
potência, aquela força, aquela energia que faz de nós seres criadores, como
imago Dei, tanto no sentido biológico como intelectual. Seria a potência que
identifica no ser humano, capacidade de gerar, que faz o humano crescer e
multiplicar-se.
Mas,
nefesh, que os gregos traduziram por
“psyché”, mas que significa garganta,
respiração, fôlego, pessoa, vida e alma, sem dúvida, nos fala da plenitude,
ainda que seja finita, daquilo que é humano, conforme encontramos em Gênesis
2.7. Dessa maneira, nefesh
possibilita um rico diálogo com o texto de Gênesis e nos permite uma
reconstrução dos significados da natureza humana.
A
expressão nefesh leva a uma concepção
de exterior versus interior, que tem por base Deuteronômio 32.9, quando afirma
que “uma parte de Iaveh faz seu
povo”. Mobiliza assim em diferentes níveis essa força criacional, que constitui
uma parte de Deus. A matéria-prima utilizada por Deus na modelagem humana é
ordinária, enquanto material pertencente a ordem comum de “ló nefesh”: inanimados e animais. É o sopro de Deus que faz
especial essa matéria ordinária. A exteriorização traduz-se no fato de que a
força criacional se dá através da palavra, da palavra criadora de Deus. Nesse
sentido, nefesh procede da
interioridade de Deus e por isso é conhecida como “ein sof”, que vem de seu interior. “Ele soprou” deve ser entendido como continuidade da afirmação
anterior “façamos o ser humano” (Gênesis
1.26), de maneira que nefesh
liga céu e terra, o que está acima e o que está abaixo.
Exórdio
A
ordenação divina sobre a não construção, idolatria e feitura de/das imagens, dada por Deus era
fundamental para que a devoção a YAWEH
se firmasse entre os Hebreus, consolidando a Fé no Deus místico, sobrenatural
(reforço de linguagem), pois assim Ele se firmara no entendimento dos
Patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.
Tg 2.23 E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe
isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.
Assim,
a crença
abraãmica, fruto da Fé genuína, a Fé que justifica e imputa
regeneração dos pecados – “Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado
como justiça.” Romanos 4:3 - e que se
consolidaria entre seus descendentes, tão somente pela promessa dita, sem
imagens que se fizessem como representações do Senhor, pois, Abrão fora tirado
do meio de sua gente, uma gente idólatra e fazedora de ídolos.
“Então Josué disse a todo o povo: Assim diz o Senhor Deus de
Israel: Além do rio habitaram antigamente vossos pais, Terá, pai de Abraão e pai de Naor; e
serviram a outros deuses.” Josué
24:2
“...mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de
todos nós, (Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante
aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as
coisas que não são como se já fossem. O qual, em esperança, creu contra a
esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, ... Assim será a tua
descendência. E não enfraquecendo na fé, ...E não duvidou da promessa de Deus
por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus, E estando
certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.” Romanos 4:16-21
Muito
embora, em algum momento eles subverteriam a crença abraãmica, após a saída do
Egito, como disse Estevão: “Dizendo a Arão: Faze-nos
deuses que vão adiante de nós; porque a esse Moisés, que nos tirou da
terra do Egito...” Atos 7:40
Esta
crença abraãmica, além de extirpar a necessidade de um deus estaca, de um
elemento da natureza, da imagem de um animal, de um homem, mas consolidar a
crença abraãmica, de ser mantida tão somente pela fé genuína, gravada no
coração, mente e que em nenhuma imagem poderia ser representada, pela grandeza
do Senhor a quem se haviam aliançado era contra a conhecida atividade idólatra
de construção de ídolos.
“...bem-aventurados os que não viram e creram”.
João 20:29
Deus
estava dizendo a seu povo que eles deveriam gravar a sua Fé no coração sem
necessidade de imago, mas pela sua
própria força e demonstração de poder, como ocorrera, dias atrás no Egito (10
Pragas) eles poderiam entender a sua presença como o Deus único.
Ora,
se Ele é único, não há necessidade que se apresente, ou seja, representado por
imagens.
Isto
se faz necessário entre os povos que tem um panteão de deuses, que se digladiam
e que lutam entre si, para se firmarem como o principal, atuando, uns para a
fertilização da terra, outro, ou outra para o controle das chuvas, outra para
controle das ervas do campo.
Era
isto que Deus – Eu Sou – queria que
eles, os Hebreus, o Seu Povo, compreendessem que não há necessidade de imagem
do Eterno, pois não há nada na Terra, ou nos Céus que o possa representar.
Crer no que não se vê é a
solução para combater a idolatria.
Deuteronômio 6. 4,5
“Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o
único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda
a tua alma, e de todas as tuas forças.”
“Ao qual, não o havendo
visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo
inefável e glorioso;”
1 Pedro 1:8
Deus
os socorrera na sua aflição, sem que eles o vissem, Ele operou intensas e
grandes maravilhas na Terra do Egito destruindo a arrogância dos egípcios de Faraó
e destruindo a fama dos seus deuses e ídolos representados em imagens feitas
por mãos dos homens e na própria figura do Faraó, este mesmo a encarnação de um
de seus deuses – Rá – o deus sol, que viram perecer diante de seus olhos na
grande e última maravilha da travessia do mar Vermelho, sem que tivesse sua
imagem representada como se apresentavam os seuses que os hebreus conheceram ao
longo de 430 anos em santuários, de suas imagens e que recebiam oferendas
através de seus sacerdotes.
Estas
grandes coisas que YAWEH realizara,
serviu para eles como a lição que precisavam, para destronar de suas mentes e coração, de sua ‘leb’, e
rins a noção de que havia a
necessidade de um deus possível de ser representado por imagens para que se
pudesse entender e ver a sua força e poder.
Desta
forma eles eram ensinados a crer com todo
leb, com toda nefesh e com toda meod, conforme Deuteronômio
6.5.
“E o povo creu; e quando ouviram que o Senhor visitava aos filhos de
Israel, e que via a sua aflição, inclinaram-se, e adoraram.” Êxodo 4:31
Nos
dias atuais há um sem número de deuses modernos que espalham as suas imagens em
santuários modernos e digitais e além disto alguns ídolos humanos e outros
milenares parecem querer avançar no interior de uma sociedade que cada dia mais
absorve conteúdos resgatados do antropomorfismo grego, oriental e das novidades
do próprio culto antropológico com a ampla divulgação do culto ao corpo, que se
traduz muitas vezes nas modernas doenças, como a anorexia (doença que produz, segundo os médicos especialistas a diminuição da
figura paterna, o que acaba por diminuir a importância da figura do Pai
Celestial, afastando o doente, da imprescindível ajuda e presença de Deus, o
YAWEH RAFA), bulimia, e obsessão de um corpo perfeito idolatrando corpos e
movimentos, principalmente entre os jovens.
O
uso de ‘piercings’ e de tatuagens é
considerado uma prática milenar.
No
entanto, eles (tatoos e piercings) têm
cunho espiritual, ao querer dizer, que a imagem do homem necessita de ser
alterada. Poucos se diz que ela foi utilizada para ritos de passagem, devoção
religiosa e espiritual. Uma verdadeira religião atuante e inserida no lugar do
Deus Verdadeiro.
Esculpindo imagens no
próprio corpo.
Ela
era usada (tatuagem), como, amuleto, talismã, proteção, marca de
fertilidade. Tudo isto se mostra contrário a determinação divina de não se
utilizar de outras formas de proteções para substituir a presença de Deus Único
para cada ser humano e toda a sociedade dos homens.
Caracterizando
como uma forma de criar e esculpir uma nova imagem do homem, ao ser esculpida
literalmente no corpo humano.
“E assim
nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que
a vida de Jesus se manifeste também na
nossa carne mortal. ...Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa,
o interior,
contudo, se renova de dia em dia.” 2 Coríntios 4:11-16
“Há nas
sociedades contemporâneas uma intensificação do culto ao corpo, onde os
indivíduos experimentam uma crescente preocupação com a imagem e a estética.”
Esta
frase traduz o que queremos dizer, com relação a criação de imagem em culto.
A
imago dei só
poderá ser resgatada, em sua perfeição, através da regeneração em Jesus Cristo,
onde se alcança a perfeição com a ajuda do Espirito Santo. Então, os homens buscam
resgatar na imagem do próprio corpo físico “perfeito” algo impossível e que se
manifesta ao esculpir um corpo, mesmo que seja com a ajuda de metabolizantes
artificiais, mas que não podem esculpir o homem interior, que a cada dia se
corrompe.
É
uma verdade que busca inserir como culto a imagem perfeita no altar da
idolatria antropológica. Dizem os autores, que:
“... a prática do culto ao corpo coloca-se hoje como preocupação geral, que
perpassa todas as classes sociais e
faixas etárias, apoiada num discurso que ora lança mão da questão estética,
ora da preocupação com a saúde... pensar que a imagem da “eterna” juventude, associada ao
corpo perfeito...”.
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Apontamentos
do autor
Mídia
e o culto à beleza do corpo - Orson Camargo -
Colaborador Brasil Escola - Graduado em Sociologia e Política pela
Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP - Mestre em Sociologia
pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.
Culto
ao Corpo: beleza ou doença? Body image: beauty or
disease? Autores:
Paulo César Pinho Ribeiro; Pietro Burgarelli Romaneli de Oliveira
Antropologia
bíblica
Jorge
Pinheiro
InfoEscola
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