sábado, janeiro 24

Não Farás Imagens de Esculturas Lição 04 – CPAD – 1ª PARTE 1º Trimestre 2015

Não Farás Imagens de Esculturas 
Lição 04 – CPAD – 1ª PARTE
Autor do Estudo: Pr Osiel Varela
TEXTO ÁUREO
“Portanto, meus amados, fugi da idolatria” 1Co 10.14
Observação: para maior aproveitamento deste estudo sugiro ler o Estudo Não terás outros deuses. Lição 03- CPAD – 2ª PARTE
Leitura indicada sobre a questão da adoração católica a imagens e a mariolatria
Entenda o que é e como a Igreja católica ensina sobre a idolatria a santos e a Maria, mãe de Jesus:
1-- DULIA;
2-- LATRIA;

3-– HIPERDULIA.
Leia mais (read more) no link:
http://estudandopalavra.blogspot.com.br/2011/05/o-genuino-culto-pentecostal-cpad-licao.html
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 20.4-6 - Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.
Deuteronômio 4.15-19 - Guardai, pois, com diligência as vossas almas, pois nenhuma figura vistes no dia em que o Senhor, em Horebe, falou convosco do meio do fogo;
Para que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou mulher; Figura de algum animal que haja na terra; figura de alguma ave alada que voa pelos céus; Figura de algum animal que se arrasta sobre a terra; figura de algum peixe que esteja nas águas debaixo da terra; Que não levantes os teus olhos aos céus e vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos céus; e sejas impelido a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o Senhor teu Deus repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus.
Etimologia E Significados:
Leb/ lebab, que os gregos traduziram por cardia e nós por coração, se relacionam aos movimentos impulsionados do corpo humano. Leb e sua variante lebab ocorrem 858 vezes nas Escrituras dos hebreus, das quais 814 se referem ao coração humano. Expressam a noção antropológica de que somos movidos por sentimentos e emoções que movimentam e dirigem nossos membros e corpo. Têm a realidade anatômica e as funções fisiológicas do coração enquanto expressões das atividades do ser humano, que levam às disposições de ânimo como alegria e aflição, coragem e temor, desejo e aspiração, e também às funções intelectuais como inteligência e decisão da vontade, que na cultura ocidental atribuímos ao cérebro.
Nas passagens do livro de Gênesis que nos falam do leb constatamos que a antropologia se apresenta como uma psicologia teológica. Assim, leb tem um significado antropológico que fala daqueles aspectos que nos levam aos movimentos do sentir, do querer e do agir, que compõem a personalidade humana.
Meod, que os gregos traduziram por “dynamis” e nós por força, aparece trezentas vezes nas Escrituras hebraicas, e traduz a ideia de intensidade e abundância.
Esta palavra está ligada ao crescimento (multiplicação) do povo hebreu no Egito, meod aparece ligado à ideia de reprodução, de muitos filhos, o que nos leva a uma compreensão diferente do termo “dynamis”, “dunamis” (power, poder explosivo) em grego, que nos fala de uma força física externa ao ser humano.
Em hebraico podemos entender meod como potência, aquela força, aquela energia que faz de nós seres criadores, como imago Dei, tanto no sentido biológico como intelectual. Seria a potência que identifica no ser humano, capacidade de gerar, que faz o humano crescer e multiplicar-se.
Mas, nefesh, que os gregos traduziram por “psyché”, mas que significa garganta, respiração, fôlego, pessoa, vida e alma, sem dúvida, nos fala da plenitude, ainda que seja finita, daquilo que é humano, conforme encontramos em Gênesis 2.7. Dessa maneira, nefesh possibilita um rico diálogo com o texto de Gênesis e nos permite uma reconstrução dos significados da natureza humana.
A expressão nefesh leva a uma concepção de exterior versus interior, que tem por base Deuteronômio 32.9, quando afirma que “uma parte de Iaveh faz seu povo”. Mobiliza assim em diferentes níveis essa força criacional, que constitui uma parte de Deus. A matéria-prima utilizada por Deus na modelagem humana é ordinária, enquanto material pertencente a ordem comum de “ló nefesh”: inanimados e animais. É o sopro de Deus que faz especial essa matéria ordinária. A exteriorização traduz-se no fato de que a força criacional se dá através da palavra, da palavra criadora de Deus. Nesse sentido, nefesh procede da interioridade de Deus e por isso é conhecida como “ein sof”, que vem de seu interior. “Ele soprou” deve ser entendido como continuidade da afirmação anterior “façamos o ser humano” (Gênesis 1.26), de maneira que nefesh liga céu e terra, o que está acima e o que está abaixo.
Exórdio
A ordenação divina sobre a não construção, idolatria e feitura de/das imagens, dada por Deus era fundamental para que a devoção a YAWEH se firmasse entre os Hebreus, consolidando a Fé no Deus místico, sobrenatural (reforço de linguagem), pois assim Ele se firmara no entendimento dos Patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.
Tg 2.23 E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.
Assim, a crença abraãmica, fruto da Fé genuína, a Fé que justifica e imputa regeneração dos pecados – “Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.” Romanos 4:3 - e que se consolidaria entre seus descendentes, tão somente pela promessa dita, sem imagens que se fizessem como representações do Senhor, pois, Abrão fora tirado do meio de sua gente, uma gente idólatra e fazedora de ídolos.
“Então Josué disse a todo o povo: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Além do rio habitaram antigamente vossos pais, Terá, pai de Abraão e pai de Naor; e serviram a outros deuses.” Josué 24:2
“...mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós, (Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem. O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, ... Assim será a tua descendência. E não enfraquecendo na fé, ...E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus, E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.” Romanos 4:16-21
Muito embora, em algum momento eles subverteriam a crença abraãmica, após a saída do Egito, como disse Estevão: “Dizendo a Arão: Faze-nos deuses que vão adiante de nós; porque a esse Moisés, que nos tirou da terra do Egito...Atos 7:40
Esta crença abraãmica, além de extirpar a necessidade de um deus estaca, de um elemento da natureza, da imagem de um animal, de um homem, mas consolidar a crença abraãmica, de ser mantida tão somente pela fé genuína, gravada no coração, mente e que em nenhuma imagem poderia ser representada, pela grandeza do Senhor a quem se haviam aliançado era contra a conhecida atividade idólatra de construção de ídolos.
...bem-aventurados os que não viram e creram”. João 20:29
Deus estava dizendo a seu povo que eles deveriam gravar a sua Fé no coração sem necessidade de imago, mas pela sua própria força e demonstração de poder, como ocorrera, dias atrás no Egito (10 Pragas) eles poderiam entender a sua presença como o Deus único.
Ora, se Ele é único, não há necessidade que se apresente, ou seja, representado por imagens.
Isto se faz necessário entre os povos que tem um panteão de deuses, que se digladiam e que lutam entre si, para se firmarem como o principal, atuando, uns para a fertilização da terra, outro, ou outra para o controle das chuvas, outra para controle das ervas do campo.
Era isto que Deus – Eu Sou – queria que eles, os Hebreus, o Seu Povo, compreendessem que não há necessidade de imagem do Eterno, pois não há nada na Terra, ou nos Céus que o possa representar.  
Crer no que não se vê é a solução para combater a idolatria.
Deuteronômio 6. 4,5Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.”
“Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso;” 1 Pedro 1:8
Deus os socorrera na sua aflição, sem que eles o vissem, Ele operou intensas e grandes maravilhas na Terra do Egito destruindo a arrogância dos egípcios de Faraó e destruindo a fama dos seus deuses e ídolos representados em imagens feitas por mãos dos homens e na própria figura do Faraó, este mesmo a encarnação de um de seus deuses – Rá – o deus sol,  que viram perecer diante de seus olhos na grande e última maravilha da travessia do mar Vermelho, sem que tivesse sua imagem representada como se apresentavam os seuses que os hebreus conheceram ao longo de 430 anos em santuários, de suas imagens e que recebiam oferendas através de seus sacerdotes.
Estas grandes coisas que YAWEH realizara, serviu para eles como a lição que precisavam, para destronar de suas mentes e coração, de sua ‘leb’, e rins a noção de que havia a necessidade de um deus possível de ser representado por imagens para que se pudesse entender e ver a sua força e poder.
Desta forma eles eram ensinados a crer com todo leb, com toda nefesh e com toda meod, conforme Deuteronômio 6.5.
E o povo creu; e quando ouviram que o Senhor visitava aos filhos de Israel, e que via a sua aflição, inclinaram-se, e adoraram.” Êxodo 4:31
Nos dias atuais há um sem número de deuses modernos que espalham as suas imagens em santuários modernos e digitais e além disto alguns ídolos humanos e outros milenares parecem querer avançar no interior de uma sociedade que cada dia mais absorve conteúdos resgatados do antropomorfismo grego, oriental e das novidades do próprio culto antropológico com a ampla divulgação do culto ao corpo, que se traduz muitas vezes nas modernas doenças, como a anorexia (doença que produz, segundo os médicos especialistas a diminuição da figura paterna, o que acaba por diminuir a importância da figura do Pai Celestial, afastando o doente, da imprescindível ajuda e presença de Deus, o YAWEH RAFA), bulimia, e obsessão de um corpo perfeito idolatrando corpos e movimentos, principalmente entre os jovens.
O uso de ‘piercings’ e de tatuagens é considerado uma prática milenar.
No entanto, eles (tatoos e piercings) têm cunho espiritual, ao querer dizer, que a imagem do homem necessita de ser alterada. Poucos se diz que ela foi utilizada para ritos de passagem, devoção religiosa e espiritual. Uma verdadeira religião atuante e inserida no lugar do Deus Verdadeiro.
Esculpindo imagens no próprio corpo.
Ela era usada (tatuagem), como, amuleto, talismã, proteção, marca de fertilidade. Tudo isto se mostra contrário a determinação divina de não se utilizar de outras formas de proteções para substituir a presença de Deus Único para cada ser humano e toda a sociedade dos homens.
Caracterizando como uma forma de criar e esculpir uma nova imagem do homem, ao ser esculpida literalmente no corpo humano.
 “E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. ...Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.” 2 Coríntios 4:11-16
Há nas sociedades contemporâneas uma intensificação do culto ao corpo, onde os indivíduos experimentam uma crescente preocupação com a imagem e a estética.”
Esta frase traduz o que queremos dizer, com relação a criação de imagem em culto.
A imago dei só poderá ser resgatada, em sua perfeição, através da regeneração em Jesus Cristo, onde se alcança a perfeição com a ajuda do Espirito Santo. Então, os homens buscam resgatar na imagem do próprio corpo físico “perfeito” algo impossível e que se manifesta ao esculpir um corpo, mesmo que seja com a ajuda de metabolizantes artificiais, mas que não podem esculpir o homem interior, que a cada dia se corrompe. 
É uma verdade que busca inserir como culto a imagem perfeita no altar da idolatria antropológica. Dizem os autores, que:
“... a prática do culto ao corpo coloca-se hoje como preocupação geral, que perpassa todas as classes sociais e faixas etárias, apoiada num discurso que ora lança mão da questão estética, ora da preocupação com a saúde... pensar que a imagem da “eterna” juventude, associada ao corpo perfeito...”.
Bibliologia
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Bíblia on line
Apontamentos do autor
Mídia e o culto à beleza do corpo - Orson Camargo -  Colaborador Brasil Escola - Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP - Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.
Culto ao Corpo: beleza ou doença? Body image: beauty or disease? Autores: Paulo César Pinho Ribeiro; Pietro Burgarelli Romaneli de Oliveira
Antropologia bíblica
Jorge Pinheiro

InfoEscola 

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