Escatologia
um Estudo para Entender o Futuro, com Esperança, no Tempo Presente.
“O Final de
Todas as Coisas” - Esperança e glória para os salvos.
ESCOLA
BÍBLICA DOMINICAL - CPAD
Estudo
e subsídio de: Pr
Osvarela
Apoio para
Lições CPAD – 2016
Tema do
Trimestre: “O Final de Todas as Coisas” - Esperança e glória para os salvos.
A primeira
Lição, que comentaremos, ‘a posteriori’ está sob o Texto de 2 Timóteo 3:1
“Sabe,
porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.”
A Escatologia
tem sua base na Revelação Divina. E se apóia nas Escrituras Sagradas, sejam as
Veterotestamentárias e Neotestamentárias.
O TERMO
ESCATOLOGIA.
O Termo Escatologia deriva de duas palavras gregas:
escathos e logos, que se traduzem
por “últimas coisas” e “estudo” ou “tratado”. É o estudo ou doutrina das
últimas coisas. É chamada bíblica, no nosso caso, porque ela pode ser extra bíblica. Que pode ser derivada da
Teogonia de uma civilização. Na Escatologia se busca e se encontra a essência
do entendimento do campo da escatologia bíblica, ou seja, compreender o que
Deus traçou para o futuro da Igreja, Israel e dos gentios.
No estudo da Escatologia Bíblica, é de caráter
fundamental, Ter o cuidado em não apresentar falsas interpretações, evitando,
com isso, questionamento e especulações.
O uso das Escrituras é fundamental para entender e
estudar esta Doutrina. Littera scripta
manet – “a palavra escrita permanece”, disse Horácio na Roma Antiga a mais
de 2.000 anos atrás. O que caracteriza o vislumbre do cumprimento das profecias
no campo Escatologia, é que há a vontade Revelacional de Deus, revelada na Palavra escrita e na Palavra Verdade, em Jesus Cristo.
Escatologia
- Substantivo feminino: doutrina das coisas que devem acontecer no fim do
mundo. Teol. doutrina que trata do destino final do homem e do mundo; pode
apresentar-se em discurso profético ou em contexto apocalíptico.Na Escatologia, se estuda a respeito da segunda
vinda de Jesus Cristo, da ressurreição final (que é a volta à vida de todos os
mortos), do juízo final (julgamento de Deus) e também a respeito do céu e do
inferno, sobre o final de Israel.
A Escatologia
Individual. Essa é focada na pessoa e na sua condição. É estudado aqui a
respeito da morte física e o que acontece com a pessoa entre essa morte e o dia
do juízo final. Também é estudado a respeito da imortalidade da alma.
Busca responder
a algumas perguntas, Gerais ou Individuais:
Quais os sinais que precedem a segunda vinda de
Jesus Cristo?
Como será o julgamento final?
Como se dará a ressurreição de todos os mortos?
Como será o arrebatamento? De que forma Deus julgará as pessoas?
O que acontecerá com quem estiver vivo quando da
volta de Jesus Cristo?
Quem já morreu vai para algum lugar específico ou
já vai para o céu ou para o inferno?
A pessoa fica dormindo ou fica consciente?
A alma dos não salvos morrerá?
“E tu, Daniel, encerra estas
palavras e sela este livro, até ao fim do tempo.” Daniel 12.4
דנאיל - Daniye’l (aramaico); דניאל
- Daniye’l em Ezequiel דניאל Dani’el ; n. pr. m. Daniel = “Deus é meu juiz”; o quarto
dos grandes profetas, tomado como refém na primeira deportação para a Babilônia,
por causa do dom da interpretação de sonhos, recebido de Deus, tornou-se o segundo
no governo do império babilônico e permaneceu até o fim do mesmo estendendo-se
para dentro do império persa. Suas profecias são a chave para a compreensão dos
eventos do fim dos tempos. Destacado por sua pureza e santidade por seu contemporâneo,
o profeta Ezequiel.
Escatologia (do grego antigo εσχατος, "último",
mais o sufixo - logia) é uma parte
da teologia e filosofia que trata dos últimos eventos na história do mundo ou
do destino final do gênero humano, comumente denominado como fim do mundo. Em
muitas religiões, o fim do mundo é um evento futuro profetizado no texto
sagrado ou no folclore. De forma ampla, escatologia costuma relacionar-se com
conceitos tais como Messias ou Era Messiânica, a pós-vida, e a alma.
A importância do Livro de Daniel é fundamental para
entendimento dos Últimos dias. Devemos estudar o seu livro com a visão única e
especial que é descrita nas suas páginas. Neste Estudo da Escola Dominical que estudamos sob a orientação do
Comentarista Pr Elinaldo Renovato, da CPAD, teremos como destaque o Evangelho de Mateus, como base
bibliológica.
“E
naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor
dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde
que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo,
todo aquele que for achado escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da
terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo
eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento;
e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente. E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela
este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e
o conhecimento se multiplicará. Daniel
12:1-4
A Escatologia ou Estudo dos Fins dos Tempos é uma
característica de todos os povos. Mas, a Escatologia bíblica é firmada nas
Escrituras sagradas, incluindo livros, texto e narrativas do Antigo Testamento,
quanto do Novo Testamento.
“Filhinhos, é já a última hora; e, como
ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se tem feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última
hora...” 1 Jo 2.18-25,28.
Destacam-se os Livros:
Daniel
Ezequiel,
ambos do AT
Zacarias
Apocalipse
I Coríntios
II Coríntios
Evangelhos
I
Tessalonicensses
Apocalipse
E trechos de Epístolas Universais. Todos do Novo
Testamento
Um Plano Divino
Plenitude – Vinda de Jesus, incluindo Nascimento,
Ministério, Morte e Ressurreição e Ascensão
Igreja
Atos dos Apóstolos continuado
Propagação do Evangelho
Tempos
Sinais
Arrebatamento
Vinda em Glória
Apocalipse
Milênio
Prisão de Satanás
Soltura de Satanás
Gogue e Magogue
Israel
Grande Tribulação
A Escatologia sofre variações, dependendo do ponto
de vista Doutrinário da confissão de Fé.
Assim, temos em função do período escatológico
ensinado, e localizado no tempo escatológico, por sua dimensão e importância,
Igrejas, que entendem, qual será a seqüência Escatológica:
Para entendermos, estamos dizendo, que se localizam
os eventos escatológicos e se tem Doutrina e Confissão de Fé, em função da
admissão da Vinda de Cristo [em uma ou duas fases], Arrebatamento da Igreja e
do Milênio que determinam a Confissão, Entendimento dos Eventos Escatológicos
com base nestes Acontecimentos.
Arrebatamento da Igreja
Grande Tribulação
Milênio
2ª fase da Vinda de Jesus em Glória
Posição de Israel no Futuro
Então temos:
Confissões Escatológicas, por fases:
Pré-tribulacionistas
Midi-tribulacionistas
Pós-tribulacionistas
Para entendermos isto, temos que saber que há
correntes teológicas variadas, em função do Evento Grande Tribulação, que
segundo a Bíblia será dividido em dois períodos de 3.5 (três anos e meio).
Estas divisões se posicionam em função dos Eventos
do Encontro ou Arrebatamento da Igreja, o que vai determinar a Posição
teológica dos que assumem seu ponto de vista, quanto a edição do Período, ou
seja, pelo momento da Iminência [volta de Cristo pra Igreja, ou para a Terra],
o que serve para definir variadas posições em função destes Eventos Finais.
O Período da Tribulação:
Segundo as Escrituras o período da Tribulação é de
sete anos, um período que será abreviado por causa dos eleitos (Mt.24:22).
1) Identificado com a 70ª semana:
A Tribulação é também chamada de septuagésima
semana de Daniel. Deus revelou a Daniel que 70 semanas de anos (Ez.4:5,6;
Gn.29:27; Lv.25:8; Dn.9:2,24) estavam determinada sobre Israel. Estas 70
semanas inciaram-se com a volta de Neemias e com a reconstrução dos muros e da
cidade de Jerusalém (Dn.9:25; Ne.2:1-8). O sacrifício de Cristo na cruz ocorreu
depois da 69 semana (Dn.9:25), bem como a destruição de Jerusalém em 70 d.C. A
última semana, ou seja a septuagésima, mencionada em Dn.9:27, ainda não se
cumpriu, demonstrando que há uma quebra na sucessão das semanas, por um período
de tempo indeterminado, entre a 69 e a 70 semana, período este reservado para
os gentios (Lc.21:24).
2) Dividido
em dois Períodos:
Esta última semana divide-se em dois períodos de
três anos e meio cada um.
a) Anos: A expressão "um tempo, tempos e
metade de um tempo" (Dn.7:25;12:7; Ap.12:14) se refere a "um ano,
dois anos e metade de um ano", o que eqüivale a "três anos e
meio".
b) Meses: Este período de três anos e meio eqüivale
ao período de "quarenta e dois meses" mencionado na Bíblia
(Ap.11:2;13:5).
c) Dias: O mesmo período também identificado na
Bíblia por dias: "1.260 dias" (Ap.11:3;12:6; Dn.12:11,12).
3) A
Primeira Metade da Tribulação:
a) Aliança de Israel com o Anticristo (Dn.9:27;
Jo.5:43; Is.28:14-18).
b) As duas testemunhas (Ap.11;3).
4) A Segunda
Metade da Tribulação:
Chamada de grande tribulação ou angústia de Jacó
(Mt.24:21; Jr.30:7; Dn.12:1).
a) Perseguição aos judeus (Ap.11:2;12:6,14).
b) Perseguição aos convertidos (Ap.7:13,14).
c) A besta política, o Anticristo (Ap.13:1-10).
d) A besta religiosa, o Falso Profeta (Ap.13:11-18)
e) Os 144.000 judeus (Ap.7:4-8;14:1-5).
f) Abominação desoladora (Dn.9:27;12:11; Mt.24:15;
Ap.13:14,15; IITs.2:9).
Dizemos que em relação a este Evento, os Teólogos
se dividem em três diferentes correntes
1) Mid-Tribulacionistas: Os defensores desta opinião
acreditam que a igreja vai passar pela primeira metade da tribulação, e será
arrebatada no meio (mid) dos dois períodos de três anos e meio cada. Seus
defensores citam At.14:22 para fundamentar esta opinião.
2) Pós-Tribulacionistas: Estes acreditam que a igreja
passará por todo o período da tribulação, e será arrebatada apenas após a
tribulação, por ocasião da segunda vinda de Cristo. Eles não distinguem a
segunda vinda em duas fases.
“Como
guardaste a palavra da minha paciência, também
eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para
tentar os que habitam na terra.” Ap.3:10
3) Pré-Tribulacionistas: Os defensores desta
doutrina [na qual nos incluímos]
acreditam que a igreja não passará pela tribulação, pois será arrebatada antes
que ela se inicie(Ap.3:10; Rm.5:9; I Co. 15.52.ss; ITs.1:10;5:9)
Quando estudamos a Escatologia, por período
bíblico, o entendimento se dá sob a Visão do Milênio, período de Governo de
Cristo sobre toda a Terra, durante o qual Satanás será preso.
“E
vi descer do
céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua
mão. Ele prendeu o dragão, a antiga
serpente, que é o
Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para
que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa
que seja solto por um pouco de tempo.” Apocalipse
20:1-3; 7 “E, acabando-se os mil
anos, Satanás será solto da sua prisão...”
“O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e
o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente. Não farão mal
nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor.” Isaías 65.25
A Assembléia de Deus tem assumido esta Verdade sob
a leitura atualizada de seu Cremos, segundo a atualização do mesmo, ocorrida no
Ano de 2015, pela Comissão de
Doutrina da nossa Convenção Geral - CGADB:
15.
Na Segunda Vinda Premilenial de Cristo,
em duas fases distintas. Primeira - invisível ao mundo, para arrebatar a
Sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda - visível e corporal, com Sua Igreja
glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1Ts 4.16. 17; 1Co
15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5 e Jd 14).
16.
Que todos os cristãos comparecerão ante
o Tribunal de Cristo, para receber recompensa dos seus feitos em favor da
causa de Cristo na terra (2Co 5.10).
17.
No juízo vindouro que recompensará os
fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15). E na vida eterna de gozo e
felicidade para os fiéis, e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 25.46).
Quanto ao Período Milenial há o entendimento
teológico sobre este, que divide a Visão do Arrebatamento da Igreja em função
do estabelecimento do Período:
O Período Milenial é uma das discussões teológicas,
que inferem sobre sua ocorrência, em que há alguns que até acham que ele já
ocorreu. Estudando o assunto, como cremos, sob a ótica das Dispensações, esta
seria a Dispensação:
Dispensação
do Reino
Esta dispensação terá, de acordo com a própria Escritura,
a duração de 1.000 anos; Ap. 20.1-6. É também chamada de a dispensação do
Governo Divino.
É neste ponto, é que se encontra a essência do
entendimento do campo da Escatologia Bíblica, ou seja, compreender o que Deus
traçou para o futuro da Igreja, Israel e dos gentios. Esta última dispensação,
que pode ser entendida como a conjunção [período de transição] do Presente
século e do vindouro. Um exemplo de
sobreposição das Dispensações, isto é, que às vezes há um período transitório
entre uma e outra.
A História
Eclesiástica:
Mas, existem posições teológicas diferenciadas, que
incluem, até mesmo, os que não acreditam no Evento do Milênio. Aliás,
secularmente há uma disputa desta questão – O Milênio – com grandes nomes da
Igreja discordando entre si, com afirmações sobre o Milênio.
Como Ireneu
de Leon (200 d.C.) que acreditava em um Milênio Literal: “Cristo,
obviamente após a Parousia, reinaria fisicamente durante 1000 anos em Jerusalém
com os santos glorificados.”
Esta posição incluía, como estudamos neste texto, a
Posição da Igreja e a Posição de Israel.
Ireneu diz que após a primeira ressurreição o Senhor irá reunir Israel trazendo-os de todas
as nações, dos lugares para onde eles foram dispersos e “eles habitarão em
sua terra, no qual dei a meu servo Jacó” (Ez 28:25; 7:25).
Ireneu era
pré-milenista, e provavelmente
adotou essa postura escatológica por causa de seu professor Policarpo, um dos
discípulos do apóstolo João, e introduzindo algumas sementes do Dispensacionalismo.
Ao utilizar textos dos profetas Ezequiel, Isaías e
Jeremias. Esta posição de Irineu, não se refere a um estado eterno, um reino
espiritual, mas sim a um reinado físico
na Terra, um Reino Milenar de Cristo
e que de acordo com Apocalipse 20, ainda está por vir, um reinado onde Israel
irá experimentar o cumprimento das promessas de Deus feitas no Antigo
Testamento.
A posição de Ireneu também era Neotestamentária, e
Paulina. Ireneu entende a primeira ressurreição como Paulo ensina.: “...A
primeira ressurreição acontecerá no momento da volta de Cristo (1Ts 4)
“Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do
Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos
os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de
arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com
eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o
Senhor.” 1 Tessalonicenses 4:15-17
Surgiu, então, em contraposição a esta Doutrina
ensinada por Ireneu, a posição de Agostinho (354-430 d.C.) que foi o
responsável pela mudança na Escatologia Eclesiástica da época;
Houve então, com Agostinho de Hipona, um desvio do Pré-Milenismo para o Amilenismo.
Ele repudiou a ideia de um reino milenar porque ele teve um mau entendimento do
que é o Milênio. Esse não é o entendimento bíblico do Milênio e por causa desta
errônea interpretação quiliasta de Ap 20, Agostinho rejeitou o reino milenar
terreno e entendeu o texto sagrado somente de 2 formas: (1) O Milênio como uma
tipificação do Sábado. O mundo teria 6.000 anos em relação aos 6 dias da
criação, e o sétimo dia, o dia do descanso seria o reino milenar. Essa
interpretação é encontrada nos ensinamentos de Barnabé (75-140 d.C.). (2) Os
1000 anos são equivalentes a toda a duração do mundo, culminando na segunda
vinda de Jesus.
Obs.: Quiliastas
- grupo de carnais, que também eram conhecidos como Milenários, que acreditavam
que o Milênio seria uma reino terreno e carnal.
Agostinho entendia que a primeira ressurreição
aconteceu na regeneração do indivíduo. Quando alguém ouve o Evangelho e crê em
Cristo, exerce fé no Salvador, ele recebe o Espírito Santo e nasce de novo, é
regenerado. Para Agostinho essa regeneração, esse novo nascimento é a primeira
ressurreição, algo que acontece pela fé no momento da conversão e é expressada
através do batismo. Portanto aqueles que creem já fizeram parte da primeira
ressurreição e eles agora, já estão reinando com Cristo através da igreja,
durante esse reino “milenar,” esse longo período de tempo entre a primeira e a
segunda vinda de Cristo.
Agostinho pressupõe, três determinantes entendendo
e defendendo, que Satanás já teria sido preso na primeira vinda de Cristo
usando uma interpretação espiritualizada sob o ponto de vista de que é uma
posição relacionada a regeneração e do crente que ao se converter, satanás não
tem mais domínio sob a sua vida:
1- O
Milênio não seguiria a Segunda Vinda de Cristo
2- O
Milênio ocorreria entre a primeira e a segunda vindas
3- A
Igreja seria o Reino de Deus e que não haveria cumprimento literal das
promessas feitas a Israel.
Há então, as
seguintes posições escatológicas, sob o Evento Milênio:
1º – Amilenistas. Ensinam que não haverá nenhum
Milênio, pelo menos não na terra. Alguns simplesmente dizem que, como o
Apocalipse é simbólico, não há sentido algum em se falar em Milênio Literal.
Outros interpretam os mil anos como algo que ocorrerá no céu. Pegam o número
mil como um algarismo ideal, um período indefinido. Assim, esperam que este
período da Igreja termine com a ressurreição e julgamento geral, tanto do justo
como do ímpio, seguindo-se imediatamente o reinado eterno no novo céu e na nova
terra. A maioria dos Amilenistas consideram Agostinho (o bispo de Hipona, no
Norte da África 396 – 430 d.C.) um dos principais promotores do Amilenismo.
Alguns teólogos que defendem o Amilenismo:
– Agostinho
– Calvino?
– Louis Berkhof
-John Murray
–
D.M. Lloyd Jones
–
John Stott
-Robert B. Strimple
2º – Pós-Milenista. Começou a espalhar-se a partir do
século XVIII. Seus adeptos interpretam os mil anos do Milênio, como uma
extensão do período atual da Igreja. Ensinam que o poder do Evangelho ganhará
todo o mundo para Cristo, e a Igreja assumirá o controle dos reinos seculares.
Após haverá a ressurreição e o julgamento geral tanto do justo como do ímpio,
seguido pelo reinado eterno no novo céu e na nova terra. O pós-milenismo também
espiritualiza irritadamente as profecias da Bíblia, não dando espaço à restauração
de Israel ou reinado literal de Cristo sobre a terra durante o Milênio.
Essa posição não crê que o Milênio seria um governo
literal de mil anos de Cristo, mas que esses mil anos seriam apenas um período
simbólico que representaria a Era da Igreja (que estamos hoje).
Logo, para essa posição, Cristo retornaria depois
do Milênio. Essa posição surgiu e ganhou força no período pós-Reforma, quando
se acreditava que invariavelmente ocorreria uma evangelização e conversão de
toda a população mundial. Foi daí que surgiu a interpretação incorreta de Mateus 24:14:
“E este evangelho do reino será pregado em
todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.”
Ora, o fato do evangelho ser pregado em todo o
mundo, não significa que todos automaticamente estarão convertidos. Em Mateus
13:40-43, Jesus afirma claramente que, em seu retorno, separará o joio do
trigo, isto é, haverá os que crêem e os que não crêem.
Teólogos que defendem o Pós-Milenismo
– Calvino ?
-Martin Bucer
-John
Owen
-Matthew
Henry
-Jonathan
Edwards
–
Loraine Boettner
–
Iain Murray
–
Kenneth Gentry
3º
– Pré-Milenista.
O prefixo já da a entender a relação do termo com o episódio. O retorno
de Cristo acorrerá antes do milênio. Essa interpretação é a mais antiga da
historia do cristianismo, alguns a defendem desde os primeiros séculos. Acreditam
que, o retorno de Cristo, a ressurreição dos salvos e o tribunal de Cristo,
será antes do Milênio. No final deste, Satanás será solto, engana as nações,
mas há de ser prontamente derrotado para todo o sempre. Segue-se o julgamento
do Grande trono Branco [GTB], que sentenciará o restante dos mortos. Aí sim,
teremos o reino eterno no novo céu e na nova terra.
A perspectiva Pré-Milenista e futurista simples, juntas,
encaixam-se melhor nas orientações de Jesus. É essa classe de intérpretes do
Apocalipse que a maioria dos Pentecostais pertence.
Segunda Vinda de Cristo pré-milenarista se sustenta
em alguns eventos bíblicos:
A- Quando
Cristo retornar, Ele ressuscitará os mortos Nele para que reinem com Ele durante
o Milênio. Então, não poderá haver Milênio antes que Cristo venha (Apocalipse
20:5)
B- Quando
Cristo retornar, Ele separará o joio do trigo. Porém, o Milênio é um tempo de
justiça plena e não conterá ímpios. Portanto, a separação do joio e do trigo somente
poderá ocorrer antes do Milênio (Mateus 13:40-43)
C- Quando
Cristo retornar, Satanás será preso pelos mil anos. Satanás ainda não foi
preso. Portanto, não poderá haver Milênio antes que Cristo venha (Apocalipse
20:1-3)
D- Quando
Cristo retornar, Ele destruirá o Anticristo. Como o Anticristo virá antes do
Milênio, não poderá haver Milênio antes que Cristo venha (2 Tessalonicenses
2:8, Apocalipse 19:20)
E- Quando
Cristo retornar, os judeus serão restaurados à sua terra. Isso é logo antes do
Milênio. Portanto, não poderá haver Milênio antes que Cristo venha (Ezequiel
36:24-28; Apocalipse 1:7; Zacarias 12:10)
Alguns teólogos defensores do Pré-Milenismo
– Ireneu
–
Orígenes
–
Tertuliano
-John
Wesley
–
Charles Spurgeon
– George Lad
–
Norman Gaisler
–
Lewis Sperry Chafer
-Francis
Schaeffer
-Charles
C. Ryrie
– John MacArthur (Pré-dispensacionalista
Progressivo)
Para que o nosso leitor, não tenha dúvida sob a
terminologia: Usa-se também o termo Milenarista.
Simbologias
Escatológicas
Primeira
Parte
Fonte:
MILÊNIO: IRENEU X AGOSTINHO - Pr. Ricardo Rocha
Apocalipse versículo por versículo – Pr Severino
Pedro da Silva
Bíblia online
Apontamentos do autor
PRÉ-MILENARARISMO, PÓS-MILENARISMO E AMILENARISMO
As 4 Possíveis e Principais Interpretações do
“Milênio” de Apocalipse 20 – Tiago Souza
“Umadene sai
na frente e muda credo da Assembleia de Deus no Nordeste”; 10 de agosto de
2012; Lílian Tourinho
Escatologia Bíblica; por Artigo compilado - qui set
13;
Um comentário:
Ótimo comentário! Que Deus o abençoe pelas orientações Realizadas de forma simples e bem profunda!
Postar um comentário