Lição 1: A Pessoa do Espírito Santo
Estudo (rascunho para aula on line - sem revisão)
1º Trimestre
de 2021
Título: O
verdadeiro Pentecostalismo — A atualidade da Doutrina Bíblica sobre a atuação
do Espírito Santo
Comentarista:
Esequias Soares
Data: 03 de
Janeiro de 2021
João 14.16-18,26; 16.14.
João 14
16 — E eu rogarei ao Pai,
e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,
17 — o Espírito da
verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós
o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.
18 — Não vos deixarei
órfãos; voltarei para vós.
26 — Mas aquele
Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas
as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
João 16
14 — Ele me glorificará,
porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
Pensamento – atitude para com o Espírito Santo:
O corpo
do cristão é o templo do Espírito (1 Co 6:19, 20), de modo que o que fazemos
com nosso corpo afeta o Espírito Santo que nele habita. O Espírito escreveu a
Palavra de Deus, e a maneira de tratarmos a Bíblia é a maneira de tratarmos o
Espírito de Deus e o Filho de Deus. Se desejamos que o Espírito Santo opere em
nossa vida, devemos ter como principal objetivo glorificar a Cristo e dar o
devido valor à Palavra de Deus. Quando comparamos Efésios 5:18 a 6:9 com
Colossenses 3:16 a 4:1, vemos que as duas passagens descrevem o mesmo
tipo de vida cristã: alegre, agradecida e submissa. Estar cheio do Espírito é o
mesmo que ser controlado pela Palavra. O Espírito da verdade usa a Palavra da
verdade para nos guiar com respeito à vontade e à obra de Deus.
Comentário
Bíblico Expositivo - Novo Testamento; Volume I;Warren W. Wiersbe 453;454 JOÃO 1 3:36 - 14:31
Trindade: O texto básico para
discutir-se a divindade do Filho é João 1:1-2, 14. O Espírito Santo é
apresentado como a terceira pessoa divina, ligado ao Pai e ao Filho, mas
distinto deles, da mesma forma que o Pai e o Filho são distintos um do outro. A
sua individualidade está dentro da unidade de Deus. A própria palavra Santo
sugere sua divindade. Jesus declara que o nome de Deus, em que devem ser
batizados aqueles que se tornam seus discípulos, é tripessoal.
A
Trindade e o Novo Testamento
O Novo
Testamento traz consigo uma revelação mais clara das distinções da Divindade.
Esta revelação foi feita na encarnação de Cristo e no derramamento do Espírito
Santo. Segundo Warfield, foi na vinda do Filho de Deus, na semelhança da carne
do pecado, para se oferecer a Si mesmo com um sacrifício pelo pecado, e na
vinda do Espírito Santo, para convencer o mundo do pecado, da justiça e do
juízo, que a Trindade de Pessoas na Unidade da Divindade foi revelada de uma
vez para sempre aos homens.
Visões da Forma do Pai, Do Filho E Do Espírito Santo:
O
Modalismo
- Pai, Filho e Espírito Santo: três modos de aparecer do mesmo Deus.
Subordinacionismo
- O Pai é
o único Deus, o Filho e o Espírito Santo são criaturas subordinadas
O
Triteísmo
- O Pai, o Filho e o Espírito Santo são três deuses
Trindade
ontológica e Trindade econômica - Ao discutir a doutrina da Trindade, temos que distinguir
o que é tecnicamente conhecido como Trindade Ontológica e Trindade Econômica.
Por Trindade
Ontológica, entende-se a Trindade que subsiste na Divindade, desde toda
eternidade. Na sua vida essencial e inata, dizemos que o Pai, o Filho e o
Espírito Santo são os mesmos em substância, possuindo atributos e poderes
idênticos e, portanto, são iguais em glória. Isto diz respeito à existência
essencial de Deus.
Por Trindade
Econômica, entende-se a Trindade tal como se manifesta no mundo, especialmente
na redenção do pecador. Existem três obras adicionais, se assim podemos
descrever, que são atribuídas à Trindade, a saber, a Criação, a Redenção e a
Santificação.
Encontramos,
nas Escrituras, que o plano da redenção toma a forma de um pacto, não só entre
Deus e o Seu povo, como também entre as várias Pessoas dentro da Trindade, de
maneira que há, por assim dizer, uma divisão de tarefas. Cada Pessoa tomando
voluntariamente determinada fase da obra.
Ao Pai
atribui-se, em primeiro lugar, a obra da Criação, assim como a eleição de
certo número de indivíduos que Ele deu ao Filho. Ao filho atribui-se a obra
da Redenção, para o cumprimento da qual se encarnou, tomando a natureza
humana, de forma que, como representante de seus eleitos, assume a culpa do seu
pecado, para resgatá-los da morte. Ao Espírito Santo são atribuídas as obras
de Regeneração e de Santificação, ou a aplicação aos corações dos
indivíduos, da expiação objetiva que Cristo realizou. Ele faz isto renovando
espiritualmente os corações, operando neles a fé, o arrependimento e
glorificando-os finalmente no céu.
A redenção é
um assunto da graça soberana, planejada antes da fundação do mundo, apresentada
na forma de um pacto ou aliança. Não é um plano departamentalizado,
dispencionalizado ou repartido, mas é uma ação global que envolve toda a
Trindade. Ela é planejada pelo Pai, comprada pelo Filho e aplicada pelo
Espírito Santo.
A Doutrina
da Trindade; Publicado por Reformados 21
em 03/02/2017 08:24
Declaração
de Fé CGADB
CREMOS,
professamos e ensinamos que o Espírito Santo é a terceira Pessoa da Santíssima
Trindade, Deus igual ao Pai e ao Filho:
“Portanto,
ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo” (Mt 28.19).
O Espírito
Santo é da mesma substância, da mesma espécie, de mesmo poder e glória do Pai e
do Filho, pois é chamado de outro Consolador:
“E eu
rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para
sempre” (Jo 14.16).
O Espírito
Santo não é uma parte da Divindade, mas, sim, Deus em toda a sua plenitude e,
por isso mesmo, é incriado, autoexistente e absolutamente autônomo:
Mas nós não
recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que
pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. 1 Coríntios
2:12
“o Espírito que provém de
Deus” (1 Co 2.12)
Como havia
declarado o Credo de Atanásio: “Tal como é o Pai, tal é o Filho e tal é o
Espírito Santo. O Pai é incriado, o Filho incriado, e o Espírito Santo
incriado... não há três incriados,... mas um só incriado”.
Ele é o
Espírito eterno e existe por si mesmo.
1 Ele
pertence à mesma essência e substância indivisível e eterna do Pai e do Filho.
2 Os homens
e os anjos foram criados
3 e dependem
do Criador,
4 mas Ele, o
Espírito Santo, não depende de nada, pois Ele é o Senhor: “o Senhor é o
Espírito” (2 Co 3.17 – ARA).
Ora, o
Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. 2
Coríntios 3:17
Seus nomes e
títulos.
A terceira
Pessoa da Trindade é Espírito Santo, e esse título é um entre tantos concedidos
a Ele, tais como:
1. Espírito
de Deus,
2. Espírito
do Senhor,
3. Espírito
de Jesus,
4. Espírito
de Cristo,
5. Espírito
da Graça,
6. Espírito
da Glória,
7. Espírito
de Vida,
8. Consolador
- O
Consolador “Mas
aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos
ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito
[...]. Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar,
aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim [...].
Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o
Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei” (Jo 14.26; 15.26;
16.7).
O
termo grego para “Consolador” usado aqui é paráklētos, que significa “defensor,
advogado, intercessor, auxiliador”.
O
termo parakletos é traduzido por "Advogado" em 1 João 2:1. Um
"advogado" é alguém que nos representa em um tribunal e que se coloca
a nosso lado enquanto defende nossa causa.
Jesus
disse aos seus discípulos que estava voltando para o Pai, mas que continuaria
cuidando da Igreja, pelo seu Espírito Santo, o Paracleto, um como Ele, que
teria o mesmo poder para preservar o seu povo: “E eu rogarei ao Pai, e ele
vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16).
A palavra “outro” indica aqui alguém da mesma natureza, da mesma espécie
e da mesma qualidade. O Espírito Santo, portanto, é alguém como Jesus, de mesma
substância, glória e poder, como declara o Credo NicenoConstantinopolitano, do
ano 381: “Cremos no ESPÍRITO SANTO, o Senhor e Vivificador, o que procede do
Pai e do Filho, o que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o
que falou por meio dos profetas”
9. Espírito
da Verdade.
Essa
diversidade de nomes e títulos não anula a sua singularidade e unicidade. Pelo
fato de o Espírito não se manifestar por um único nome, tem na pluralidade de
nomes e títulos dados a Ele a diversidade de suas obras
·
no universo: “Pelo seu Espírito ornou
os céus” (Jó 26.13); e
·
na criação: “Envias o teu Espírito,
e são criados, e assim renovas a face da terra” (Sl 104.30); e isso não o torna
uma emanação ou influência impessoal.
“E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas
sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das
águas.” Gênesis 1:2
Sua
personalidade tem um caráter moral e espiritual que se manifesta por meio do
falar, do sentir e do realizar alguma coisa.
εξουσια –
exousia- (no
sentido de habilidade); n. f. poder de escolher, liberdade de fazer como se
quer
A. Divindade
ou deidade
- Os atributos do Espírito Santo não foram agregados nem conferidos, mas
pertencem a Ele naturalmente: Atributos divinos - A Bíblia revela todos os
atributos incomunicáveis e comunicáveis, ou seja, metafísicos e naturais de
Deus no Espírito Santo. Ele é onipotente: “no poder de milagres e prodígios, no
poder do Espírito Santo” (Rm 15.19 — TB); e a fonte de poder e milagres (Mt
12.28; At 2.4). O Espírito conhece todas as coisas, até as profundezas de Deus
(1Co 2.10,11), assim como o coração humano (Ez 11.5; Rm 8.26,27); as coisas do
futuro (Jo 16.13; At 20.23), isso por ser onisciente. Ele possui o atributo da
eternidade, pois é chamado de “Espírito eterno” (Hb 9.14). É o Criador do ser
humano e do mundo (Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30) e, também, o Salvador (Ef 1.13;
Ef 4.30; Tt 3.4,5). A Palavra de Deus apresenta, de igual modo, seus atributos
comunicáveis, santidade, verdade, sabedoria, entre outros (Rm 15.16; Jo 14.26;
Ef 1.17; Jo 5.6).
B. O
Espírito Santo possui os atributos da divindade e realiza as obras de Deus
a. “porque
o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque qual
dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está?
Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus” (1 Co
2.10,11).
b. O Espírito
Santo é Deus onipotente, onisciente, onipresente, eterno e criador.
c. São
atributos intransferíveis e absolutos. Ele é o Senhor: “Ora, o Senhor é o
Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2 Co 3.17 –
ARA).
d. Outra
evidência bíblica que prova a deidade do Espírito Santo são as suas obras, as
quais são exclusividades de Deus. Jesus foi concebido no ventre de Maria pelo
Espírito Santo: “Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se
ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo” (Mt 1.18); “apareceu um
anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua
mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo” (Mt 1.20). Jesus foi
concebido pelo Espírito Santo, mas Ele é chamado de Filho de Deus: “E,
respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude
do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há
de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35). O Filho foi gerado pelo
C. Espírito
Santo; no entanto, está também escrito que o Filho foi gerado pelo Pai.22 O
Espírito Santo ressuscitou a Jesus;23 Ele é o autor do novo nascimento,24
habita nos fiéis,25 dá a vida eterna,26 falou pelos profetas e apóstolos,27
inspirou os santos homens de Deus que escreveram as Escrituras,28 guia o seu
povo,29 santifica os fiéis30 e deu missão aos profetas e apóstolos da Bíblia.
D. Personalidade - Cremos e ensinamos que o Espírito Santo
é uma pessoa. Sua personalidade está presente em toda a Bíblia de maneira abundante
e inconfundível e tem sido crença da Igreja desde o princípio. A Bíblia revela
todos os elementos constitutivos da personalidade do Espírito Santo, como
intelecto, emoção e vontade.
Outra prova da pessoalidade do Espírito Santo é
que Ele reage a certos atos praticados pelos seres humanos .Os principais são o intelecto, a emoção e a
vontade, entre os demais. O Espírito é inteligente e raciocina (1Co 2.10,11; Rm
8.27);
Ele tem emoção e sensibilidade, pois ama e pode se
entristecer (Rm 15.30; Ef 4.30) e
É volitivo, isto é, tem vontade própria. Ele não
permitiu que Paulo com sua comitiva se dirigissem à Bitínia (At 16.7).
O Espírito Santo distribui os dons espirituais
conforme a Sua vontade: “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas,
repartindo particularmente a cada um como quer” (1Co 12.11) ou “distribuindo a
cada um particularmente como lhe apraz” (TB — Tradução Brasileira).
Os
símbolos do Espírito Santo. Entendemos que os símbolos do Espírito Santo são reflexos das
suas múltiplas operações, mas, de maneira alguma, comprometem a sua
personalidade e divindade. Os principais símbolos são fogo, água, vento, óleo e
pomba. Sua ilustração como fogo mostra o seu papel similar, pois o fogo aquece,
ilumina e espalha-se purificando: “este vos batizará com o Espírito Santo e
com fogo” (Lc 3.16).
O óleo ou
azeite
era usado para a luz, a unção e o incensário,51 elementos apropriados para
tipificar o Espírito Santo:
“O Espírito
do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu” (Lc 4.17);
“como Deus
ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude” (At 10.38).
Finalmente,
temos a pomba como um dos símbolos do Espírito Santo. João Batista disse: “e o
Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba” (Lc 3.22).
A pomba
representa mansidão, brandura, simplicidade, pureza, amor, paz, longanimidade.
A expressão “em forma” revela que Ele desceu sobre Jesus numa aparência
ou na figura de uma pomba, e não que Ele seja uma pomba.
Pericorese:
O termo
usado para explicar a comunhão das Pessoas da Trindade é pericórese (latim,
circumincessio). O sentido seria o fato de envolver – circum – e entrar numa
profunda intimidade. Cada membro da Trindade, em algum sentido, habita no
outro, sem diminuição da total pessoalidade de cada um.
ουσια - ousia; n f. o que alguém tem,
i.e., propriedade, posses, imóveis
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