CHINA - Pequim's Dark Side .
Isaías 33.3.ss: Ao ruído do tumulto fogem os povos. E os povos serão como as queimas de cal, como espinhos cortados que são queimados no fogo.34.:1 Chegai-vos, nações, para ouvir, e vós, povos, escutai; ouça a terra, e a sua plenitude, o mundo e tudo quanto ele produz.42.22: Mas este é um povo roubado e saqueado; todos... estão enlaçados ... são postos por presa, e ninguém há que os livre; por despojo, e ninguém diz: Restitui.

Para quem está acompanhando os jogos Olímpicos de Pequim parece ser um evento fantástico, pela forma que as autoridades chinesas conseguiram realizar o evento.
Enxotados e farejados por cães.
Porém, para alguns milhares de chineses, que vieram do interior para a sede dos jogos, o cenário não é de alegria, mas,

A China ainda, consegue ter a maioria da população no campo na produção colossal de alimentos.
O que fazer pensam pai e filha!
Porém, desde o início das obras gigantescas do locais que abrigariam os jogos, a construção da Vila olímpica e com o crescente aumento de poder aquisitivo dos chineses se fez necessário, arregimentar mão de obra do interior do país.

Desolação da criança, sem entender o porque!
Pois bem, devido a poluição as autoridades chinesas paralisaram muitas obras e fábricas da capital e o excedente de mão-de-obra, está sendo literalmente expulso de Pequim, sem bilhete de volta e há orientação para que nenhum fique por lá [lembrar que a China ainda vive um regime totalitário, em que, desobedecer uma ordem do governo, pode gerar sérias conseqüências, aos cidadãos chineses] e a polícia age sem brandura alguma, a ordem foi:"Voltem para suas casas!"

Eles nem querem saber de ver Olimpíadas, querem trabalhar em suas cidades, isto é, se acharem emprego, por lá.
Leia a reportagem abaixo, e você vai entender melhor a situação:
Pequim esconde excluídos dos Jogos.
Olimpíada afugenta desempregados para mostrar Pequim "para inglês ver"
Rodrigo Bertolotto -Em Pequim (CHN)
Na estação de trem oeste de Pequim, o cartaz mostra o estádio Olímpico e o slogan "One Dream, One World".


A debandada também livra a cidade de parte da população pobre.
Calcula-se que Pequim tenha 17 milhões de habitantes, sendo que 4 milhões são migrantes que não têm permissão de residência - na China, é preciso ter uma licença para morar nas grandes cidades, medida para evitar o fluxo migratório que já é projetado em 400 milhões de pessoas até 2020 (ou seja, duas vezes a população brasileira saindo do campo paupérrimo para as emergentes metrópoles).
Dong Qiang Xing, 75, é apenas um nessa estatística. E um bem chateado com a situação, sentado sobre uma folha de jornal no chão esperando o trem para a província de Shanxi. "Vim para Pequim varrer um parque perto do estádio olímpico. Ganhei 200 yuans (R$ 50) por uma semana de trabalho, mas gastei 188 com a passagem de volta. Enquanto os outros embolsam muito, lucrei 12 yuans (R$ 3) com essa Olimpíada", se revolta enquanto sorve sonoramente seu macarrão instantâneo.
Ao lado dos banheiros, há pias com água quente para hidratar os potes industrializados de lamem. Após a infusão de quatro minutos, as pessoas ficam de cócoras, ingerem miojo e sugam o caldo. Nas salas de espera da estação, todos os bancos estão lotados..


Os próprios patrões divulgaram o boato que a polícia pequinesa prenderia durante os jogos toda pessoa sem licença de moradia, algo que é maleável quando a cidade precisa de mão-de-obra barata e sem contrato.
O temor e o desemprego expulsam os pedreiros, operários e ambulantes até que a comitiva olímpica formada por jornalistas, esportistas e turistas for embora.
Mas outros motivos também entram em jogo. "Vou aproveitar para visitar minha mãe que não vejo faz tempo. Mas, quando acabar a Olimpíada, estou aqui procurando um bico", promete Jiang, o senhor do começo dessa reportagem, voltando para o texto como voltará para Pequim.
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