sexta-feira, março 19

Visões e Revelações do Senhor - Lição 12 – 4.º Trimestre 2010 – CPAD

Visões e Revelações do Senhor

Lição 12 – 4.º Trimestre 2010 – CPAD Autor: Osvarela

Texto Áureo: II Co. 12.1

Leitura Bíblica em Classe: II Co. 12.1-4,7-10,12.

Pequeno Glossário:

-Paraíso: "lugar aprazível" – hb. Pardes; gr. Paradeisos; lt: paradisu; foto:imagem onírica

-Inefáves – Anekdiegetos

-Inefabilidade - A característica da inefabilidade está associada a qualquer tipo de objeto, entidade ou fenômeno sobre o qual nada pode ser dito em linguagem humana.

Em geral, o termo "inefável" pode ser utilizado para caracterizar sensações, sentimentos, conceitos, aspectos da realidade ou entidades que, pela sua natureza ou grandeza, não podem, ou não devem, ser transmitidos ou descritos pela linguagem humana, embora possam ser conhecidos de forma interior pelos indivíduos.

-Um fenótipo - é qualquer característica detectável de um organismo (i.e. fisiológica e comportamental) determinada pela interação entre o seu genótipo e o meio.

-Fenômeno Extático:

O fenômeno extático e o profetismo extático não estão restritos a determinadas regiões e nem vinculados a povos ou raças específicas... É impossível dizer quando esse fenômeno surgiu em Israel.8. Israel não conheceu o profetismo “nabi” somente em terra cultivável. Os nômades orientais, de onde veio o Patriarca Abraão, também receberam o título de “nabi” (Gn 20.7 . Abraão, o primeiro a ser chamado de profeta na Bíblia).

I - INTRODUÇÃO:

Esta lição trata de um assunto latente entre a Igreja dos tempos modernos.

Qual é a posição atual da igreja sobre visão e revelação?

Se em Corinto a visão era causa de problemas internos, qual será na atualidade a nossa posição sobre as “visões” que tem sido propaladas, como de Deus?

A existência de homens, que em nome de Deus teem propalado uma noção antagônica sobre este assunto, se dizendo portadores de uma nova visão, ou tendo visões sobre novas formas de sabedoria divina.

Embora, possa parecer distante do tema, na realidade esta posição de alguns infere que há homens que usam este domínio do espiritual de maneira diversa das Escrituras, mormente as paulinas, para conduzir em domínio multidões, para avalizar, seus “apostolados”, seus ministérios.

É a visão com endereço certo e privado do líder, quase um gnosticismo evangélico.

Sob uma visão cristológica, que acentua a sua relação com Jesus Cristo, exaltado e ascendido aos céus, Paulo demonstra, que Cristo lhe permitiu adentrar no mundo sobrenatural de tal forma que ficava evidente o seu relacionamento com aquele, que lhe chamou para ser Apóstolo dos gentios.

Paulo revela algo, que os superministros que o acusavam, não esperavam, muito menos os coríntios.

1-Paulo Supera a Estes Ministros Pelo Relacionamento com Deus:

Ele tinha recebido do Senhor, visões e revelações, tais que o levaram a estar no terceiro céu.

Inicialmente Paulo não dá nome ao conhecido que tivera este relacionamento com os céus, para só no vs. 7 citar que ele próprio fora este homem.

Pode parecer estranho, aos que militam, há pouco tempo, no estudo bíblico, mas ao lermos alguns livros da Bíblia, inclusive do NT, veremos o uso deste tipo de linguagem e forma de redação.

O ator - personagem da cena, ou do fato é citado na terceira pessoa, por ele mesmo ou é apresentado como alguém sem nome, o qual ele coloca em seu lugar.

II Co. 12.1.EM verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor.

Esta também era a posição de Paulo, que nos seis versículos deste capítulo 12, ainda está reverberando os discursos de defesa apostólica própria e talvez por esta crise sem tréguas em seu ministério, junto aos corintíos, ele abre para a Igreja de Corinto, algumas de suas experiência pessoais com o poder de Deus.

II Co. 12.5-7. De alguém assim me gloriarei eu, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas. Porque, se quiser gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade; mas deixo isto, para que ninguém cuide de mim mais do que em mim vê ou de mim ouve. E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne...

1-a-Com ênfase no sobrenatural da fé, cuja narrativa inicia sem a citação de seu próprio nome o que ele só o fará no versículo 7.

Mas, já há um tom solene de despedida do Apóstolo dos gentios, com saudações finais.

Paulo agora se detém para explicar sobre seu intenso relacionamento com Deus, durante seu apostolado, nas questões superiores da vida com Deus.

Demonstra certa necessidade de transmitir esta novidade de cunho relacional homem – Deus, com arrebatamento até as regiões celestiais, uma Revelação com o menor grau de impacto para os coríntios, sabedor de que havia, ainda, pontos a esclarecer sobre a sua relação como Apóstolo de Jesus Cristo.

2-Podemos notar que diferentemente da I Epístola, quando fala sobre os dons espirituais, onde ele diz: “6. E agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos aproveitaria, se não vos falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina”?18. Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos.

II Co. 12.2. Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu.

Paulo apresenta após superar e afastar a gestão dos missionários, inclusive com acusação grave de agentes satânicos (2 Co.10.11) [onde cita os “tais’ – eram vários-) entre eles o “Tal” [2 Co. 12.3), pode apresentar algo superior em sua vida, o que consagra seu relacionamento absoluto com Deus.

Parece-me que ao descrever esta experiência de um homem “conhecido” [Conheço um homem em Cristo que há catorze anos], ele vai atingir aos antagônicos ministros, naquilo que eles eram desprovidos, das visões e revelações de Jesus, como Paulo chama o Senhor em alguns trechos de suas epístolas.

Dizem os estudiosos destes chamados falsos pastores, viviam, como alguns ditos itinerantes, se apoiando nas benesses das igrejas por onde passavam, o que me parece, uma situação parecida com a de nossos dias “vivem da Obra”, mas por breves períodos, por falta de expressão da sua espiritualidade transformada em não atuação do Espírito.

3-Quem Eram os Superministros?

Possuíam uma retórica acima da média, tinham imponência, tinham formação retórica acima da média, sabem ou sabiam projetar-se, gabavam-se de sua proximidade com o mundo celeste, exigem respeito através da palavra junto a comunidade, que os abrigava, e aceitavam com naturalidade o sustento e pagamento de sua presença entre as comunidades.

Mas, devido a não evidencia continuada de suas “habilidades” místicas:

a-Milagres;

b-Vaticínios;

c-Interpretação de sonhos;

d-Fenômenos extáticos. Extática (êxtase, espiritualmente enlevado)

E por estar vivendo em meio a uma Igreja neófita e próxima dos eventos do Senhor, a qual necessitava e esperava ver os milagres acontecerem, ávidas pos estes sinais, utilizavam os pendores retóricos para atrair a Igreja, isto os esvaziava rapidamente, como obreiros, diante desta comunidade cristã e eles tomavam outro rumo.

O que aconteceu em Corinto era isto, mas eles não esperavam encontrar um Paulo, entre eles e a comunidade cristã de Corinto.

É por isto, que Paulo pode destacar esta ação de Deus em sua vida, era algo sobrenatural, de que os “ministros” não poderiam apresentar contundente acusação contrária.

Col 3:16 - A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.

Rm.12.1. ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

Aprendemos com esta posição que a Igreja precisa de visão, revelação, mas também de ter um culto racional.

Paulo se relacionava, pelos 18 meses vividos avidamente entre os coríntios, com toda a Igreja e conhecia as fraquezas e qualidades de todos ou quase todas as famílias.

Notamos este fenômeno em certos movimentos de novas igrejas, que surgem aqui e acolá, em que há uma atuação extática contínua, que tenta suprir a carência do povo com correntes, unções novas, determinados ditos e fraseologia, para arrebanhar o povo.

4-Cuidados atuais:

Precisamos ter cuidado para que esta forma, não adentre como já tenta, em nossas reuniões, devido o interrelacionamento entre as igrejas, seja por freqüentar, ou por programas, ou por líderes carismáticos, que comovem o povo.

Àquela época havia um visível interesse em milagres e manifestações espirituais, coisa que está havendo em nossos dias, pela presença de novos ministérios pessoais, com habilidades na retórica e na comoção extática das multidões.

Aliás, Paulo sabia como isto era inerente no helenismo.

Ele mesmo estivera no Areópago, como está estampado nas colinas de Atenas, num monumento sobre sua estada, [Atos 17. 17 De sorte que disputava na sinagoga com os judeus e religiosos, e todos os dias na praça com os que se apresentavam.19 E tomando-o, o levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos nós saber que nova doutrina é essa de que falas?22 E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos;] entre os que disputavam com retórica nas praças sobre tudo e sobre temas, como gnosticismo, sabedoria, cosmogonia, etc...

Era uma característica que chamava a atenção entre os Corintíos, pela sua consciência cultural helênica.

Mas, Paulo não queria utilizar de recursos naturais aos sofistas, mas com convicção no Cristo revelado através da revelação no caminho de Damasco, como agora ele demonstra, em uma Revelação, que ele jamais relatara, mas que lhe deu motivos internos, de mantê-la em secreto.

Agora esta Revelação ou Arrebatamento é utilizada, por Paulo, como algo demonstrativo da profundidade de seu conhecimento sobre as coisas divinas.

12 Os sinais do meu apostolado foram, de fato, operados entre vós com toda a paciência, por sinais, prodígios e milagres.

Era agora uma demonstração da substância Apostólica de seu Ministério, que o levara a ver coisas inefáveis que ninguém ainda ouvira falar, na atuação da Igreja.

Paulo quer destacar que o seu relacionamento com os Céus é para enriquecimento da Palavra de Cristo, o qual era o único assunto de seu Apostolado, entre judeus e gentios.

2 Co.1.12,13. Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e de modo particular convosco. Porque nenhumas outras coisas vos escrevemos, senão as que já sabeis ou também reconheceis; e espero que também até ao fim as reconhecereis.

4-a-- A Destacar:

-Nossa consciência

-Simplicidade e sinceridade de Deus

-Graça de Deus

-Paciência – 2 Co 12.12.

4-B-O contrário está descrito no próprio texto:

4-c-Sabedoria carnal

A conduta de humildade de Paulo neste texto nos mostra que o melhor de Deus, às vezes, fica guardado, e serve para apologia do Cristo e Seu Evangelho, e não nossa.

A confirmação vem de Deus, não de atos, eloqüência, ou atos ou movimentos extáticos.

2 Co. 1.22- 24. Mas o que nos confirma convosco em Cristo, e o que nos ungiu, é Deus, O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações. Não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vosso gozo; porque pela fé estais em pé.

Paulo e sua demonstração de relacionamento com a Divindade Celeste:

Paulo quer apenas apresentar o Evangelho como Poder de Deus através do Cristo da Cruz.

Paulo parece quer usar, Jesus Cristo como seu exemplo, primeiro por sua própria chamada e o cumprimento das dores para o Messias realizar seu Ministério pela Cruz do Calvário.

Gl.3.1. ...quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi evidenciado, crucificado, entre vós?

Gl.3.13. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;

Por isto, Paulo necessita demonstrar, com sua posição, que ele tinha também estas dotações místicas [2 Co.12.12. Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas.], e o dom em si, além da glossolalia, indo até mesmo além com a afirmação em II Co. 12.2. Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu. E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações...

Inclusive demonstrando pela narrativa anônima, que era algo particular, na sua vida espiritual, peculiar, excelente, mas não necessário para afirmá-lo como fundador e Apóstolo entre os coríntios.

5- Precisamos nos deter, em muitas ocasiões, como o fez Paulo, para verificar, explicitar, comunicar, a Igreja, qual a nossa realidade espiritual com Deus no plano místico pessoal:

-Visões

-Revelações

-Sinais

-Maravilhas

Ou seja, há uma atuação de Deus, pelo Espírito Santo em nossa vida espiritual [Rm.15.19. Pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus; de maneira que desde Jerusalém, e arredores, até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo.], que resvala em muitas ou diria em conseqüente atuação na vida presente entre os homens, entre a Igreja, sem contudo ser o único objetivo espiritual daquele que Deus concede estas qualidades.

Por isto, precisamos demonstrar que há também necessidade de ensino, doutrina, orientação, estudo da Palavra de Deus, como algo rotineiro, pois é a palavra de deus, quem nos limpa, regenera e orienta.

Efe 5:19 - Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração;

Col 3:16 - A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.

6- REVELAÇÃO NÃO INTERAGE COM EXALTAÇÃO:

Aprenda com Paulo:

Nem toda a revelação que recebemos de Deus, ou visão, é para ser contada:

-A qualquer um;

-Em qualquer ambiente;

-Em qualquer tempo;

-Ou mesmo, revelada pela profundidade do que deus te pode revelar, pode ser algo inefável, apropriado para tua edificação e entendimento apropriado, e exaltação das qualidades do Eterno.

Paulo mais uma vez ensina que os dons são gratuitos e para uso da corporação de Cristo.

Não são dados para exaltação pessoal, como alguns andam exercendo-os.

O próprio Apóstolo procurou entender porque era alvo de um “um mensageiro de Satanás”, para que não se exaltasse, mas que a graça fosse bastante.

Paulo diz indiretamente que não há nenhuma virtude em exaltar-nos por sermos mais retóricos, mais eloqüentes, mais abundantes em relação ao convívio do povo, talvez até lembrando de Apolo, que foi ensinado pontualmente sobre as Escrituras.

Ele envia uma mensagem de seu exemplo pessoal aos missionários itinerantes, ávidos nas comparações, para “tomar” o povo das mãos de Paulo.

Há “Absalões” vorazes, nesta última hora da Igreja.

Quando o pastor não é um pregador eloqüente, mas um ensinador potente, eles aparecem, como querendo empanar o brilho do Líder local.

Mandam no povo, dizem-se movidos por Deus e não na obediência ao homem, um sofisma para desautorizar o Líder.

Este nosso parecer, não deseja e não tem o condão de enquadrar todos os pastores e evangelistas itinerantes, temos uma maioria de ótimos pregadores, que abrilhantam os nossos congressos, eventos, festas, com a sua retórica ungida e deixam entre nós um sabor especial pela sua palavra, aos quais eu parabenizo.

Depois, como os tais de Corinto, se vão e deixam o Líder local, com a obrigação de tirar os carrapichos das tantas ovelhinhas, que se sentiram atraídas pela eloqüência e as demonstrações de muito falar em línguas ou outros dons.

II Co. 12.7-10. E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.

II Co. 12.1-4. EM verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu. E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.

7- DESTAQUE:

7-a- A Revelação Ou Arrebatamento de Paulo:

II Co. 12. .7. E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.

8 Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.

9 E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.

Nós, professores da EBD, devemos chamar para o fato de que Paulo só vai narrar a sua experiência extra corpórea, ou no próprio corpo, ele não consegue distinguir, após quatorze anos.

Ou seja, próximo do ano 42 dC, quando ele recebeu esta visão.

Creio que dentre as revelações do próprio Jesus Cristo ao ensinar-lhe no discipulado do seu Ministério, para ser um Apóstolo.

Não me deterei aqui sobre datas, mas se você puder pode realizar comparativos cronológicos.

Entendo sob minha ótica, que não há cosmologia nesta passagem, mas sim teogonia [podemos até usar um neologismo – teocosmologia] (O pensamento antigo grego considerava a teogonia, que engloba a cosmogonia e a cosmologia, temas inferentes e gêmeos...) destas regiões celestes, ou seja como se vê o mundo espiritual, na visão do Eterno Deus Criador.

Talvez Paulo estivesse dando aos Coríntios uma inferência do pensamento helênico, para as regiões celestiais, onde está o “Deus desconhecido”.

Atos 17. 22.26. Então Paulo, estando de pé no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vejo que sois excepcionalmente religiosos; porque, passando eu e observando os objetos do vosso culto, encontrei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais sem o conhecer, é o que vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;[...] e de um só fez todas as raças dos homens, para habitarem sobre toda a face da terra, determinando-lhes os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação ss...

Assim Paulo destaca o local onde, pelo segredo do que viu e ouviu, ou seja, lhe foi explicado o que era, o que ele estava vendo, como um local das regiões celestiais, onde estão os que morrem e aguardam a chamada da trombeta celeste.

Aqui podemos começar a entender o que Paulo fala ao escrever em I Co.15.37-57; ou I Ts.4.13-18.

II Co. 12. 4. Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.

Ele, Paulo, tão somente narra agora o fato, sem detalhes, pois Deus não lhe permitiu, pois “não é lícito ao homem falar”.

Primeiro por que ele não era néscio, louco ou despreparado para ter este arrebatamento e sair contando a todos, sem permissão de Deus e pela profundidade do que experimentara.

Não seria conveniente, para nós, avançarmos sobre estaspalavras inefáveis”.

O termo que Paulo usa é anekdiegetos, e podemos também utilizarmos como indescritível, inexprimível, como a ação do espírito Santo em transformar pensamentos, gemidos da lama diante de Deus em palavras inteligíveis, só para Deus como Trindade, pois há a ação tríplice em intercessão e ação do Pai.

7-b- Há um silêncio dos Céus para Paulo e para nós.

O que podemos dizer é que palavras inefáveis são, pois o próprio termo já diz, são palavras que não podem ser expressas verbalmente, pois são palavras que expressam, algo transcendente e divino.

Possuem características que transcende qualquer comparação terrena, ou atributos, que conhecemos de beleza ou de perfeição, aqui está a base para o uso da palavra, como o humano pode descrever o divino da majestade Eterna?

8- O ESPINHO NA CARNE:

Paulo é rápido em citar o “espinho na carne”... II Co. 12.7. E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.

Um mensageiro para o mal, mas que permitido por Deus, torna o mal em bem.

8-a - O espinho na carne, que esbofeteou Paulo, serviu para que ele entendesse, que dar todo o crédito a Deus, em seu Ministério, era a forma que o impediria de agir, como os outros homens em vanglória.[Veja Ez.28.24. E a casa de Israel nunca mais terá espinho que a fira, nem espinho que lhe cause dor, entre os que se acham ao redor deles e que os desprezam; e saberão que eu sou o Senhor Deus.]

Assim, cada vez que ele se sentia fraco por este opróbrio espiritual, ele entendia que havia um aperfeiçoamento na sua fraqueza, com um avanço do Poder de Deus em sua vida e ministrado por ele aos demais que evangelizava.

Ele era frágil, com a fraqueza – “astheno”, incapaz por si mesmo de realizar a Obra que Deus lhe confiara, mas como vaso de barro deixava-se ser usado por Deus.

9- PARAÍSO: "lugar aprazível" – hb. Pardes; gr. paradeisos

Paraíso - Jardim murado – Paulo ao não escrever sobre o que viu, infere uma proteção ao lugar ao qual foi arrebatado, que só permite ver o que está lá, e tem autorização de entrar com este preceito.

Jesus Cristo, o Deus encarnado, cita este lugar, como Paulo explica em 1 Co 15.

Lc.23.39-43. Então um dos malfeitores que estavam pendurados, blasfemava dele, dizendo: ... salva-te a ti mesmo e a nós, ...porém, o outro, repreendia-o...este nenhum mal fez...disse: Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.

No conteúdo do Apocalipse, que é uma Revelação, diz o texto: Ap.1.1 Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer;

Ap.2.7. Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.uma inferência memorial ao Jardim primevo – Jardim do Éden.

Tenho por certo, que Paulo indiretamente ataca o s mitos gregos no inconsciente dos coríntios.

Combate com sabedoria a Mitologia e cultos helênicos.

9-a - Paulo identifica a localização do Paraíso como o terceiro céu, como o local a que foi arrebatado.

-Paciência – 2 Co 12.12.

É necessário ter paciência, quando nos deparamos com estes tipo de “ministros”.

Rm. 9.22. E que direis, se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição;

A paciência, que Deus teve com este tipo de gente, é o que faz a diferença no Ministério de Paulo, é o que traz o agir de Deus, com: “a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas”.

Que Deus nos dê estes predicados do Apóstolo Paulo, quando enfrentarmos situações tão difíceis.

Fonte:

Wikipédia

Bíblia Plenitude

Bíblia ARC

Bíblia Explicada

O Apóstolo – John Pollock

Apóstolo Paulo – Vida, Obra e Teologia – J. Becker – Academia Cristã.

Comentário Histórico-Cultural do NT – Lawrence O. Richards

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