A Teologia de Bildade: Se há sofrimento, há pecado oculto?
Lição 7
Data: 15 de
Novembro de 2020
Estudo
do Pastor e Prof. Osvarela
Enquanto
escrevia recebi a notícia da morte do meu irmão Misael Varella, aos 58 anos, no
Rio de Janeiro, por parada cardíaca.
Peço
oração peça nossa família.
Texto Áureo
“Se teus
filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão.” Jó
8.4.
Verdade
Prática
A existência
do sofrimento não quer dizer que haja pecado oculto.
Leitura
Bíblica
Jó 8.1-4;
18.1-4; 25.1-6.
Jó 8
1 — Então,
respondeu Bildade, o suíta, e disse:
2 — Até
quando falarás tais coisas, e as razões da tua boca serão qual vento impetuoso?
3 —
Porventura, perverteria Deus o direito, e perverteria o Todo-Poderoso a
justiça?
4 — Se teus
filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão.
Jó 18
1 — Então,
respondeu Bildade, o suíta, e disse:
2 — Até
quando usareis artifícios em vez de palavras? Considerai bem, e, então,
falaremos.
3 — Por que
somos tratados como animais, e como imundos aos vossos olhos?
4 — Ó tu,
que despedaças a tua alma na tua ira, será a terra deixada por tua causa? Remover-se-ão
as rochas do seu lugar?
Jó 25
1 — Então,
respondeu Bildade, o suíta, e disse:
2 — Com ele
estão domínio e temor; ele faz paz nas suas alturas.
3 —
Porventura, têm número os seus exércitos? E para quem não se levanta a sua luz?
4 — Como, pois,
seria justo o homem perante Deus, e como seria puro aquele que nasce da mulher?
5 — Olha,
até a lua não resplandece, e as estrelas não são puras aos seus olhos.
6 — E quanto
menos o homem, que é um verme, e o filho do homem, que é um bicho!
Objetivo
Geral
Mostrar que
nem sempre o sofrimento é consequência de um pecado oculto, como pensava
Bildade.
Objetivos
Específicos
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Destacar o argumento de
Bildade que contrastava o pecado com o caráter santo e reto de Deus;
II. Explicar a concepção de
Bildade que associava o pecado à quebra da moralidade religiosa;
III. Esclarecer a argumentação
de Bildade que contrapunha a pequenez humana com a grandeza de Deus.
Meu querido irmão Mizael Varella (58a), já descansa com o Senhor!
Introdução:
No estudo
passado sobre a noção de justiça no contexto da Teologia Retributiva, a noção
de que toda tribulação, perda ou crise é motivada pelo pecado.
Neste estudo
o pensamento central do outro amigo (Bildade) de Jó, manteve o pecado como
pensamento, que a justiça, (ou da ação de Deus, de agir contra o pecado, ou
pecador) retributiva, seria motivada por algum pecado oculto.
O pensamento,
inclusive utilizado entre os crentes, ainda que inconscientemente, é que Deus
pune o homem e todas as crises, no mínimo (pensa-se) são oriunda de algum
pecado oculto, ou mesmo encoberto.
Porém,
precisamos entender que:
A Justiça de
Deus opera segundo a sua própria Justiça, a única regra que pode reger o mundo
quanto a retribuição ao homem que erra o alvo.
3 — Porventura,
perverteria Deus o direito, e perverteria o Todo-Poderoso a justiça?
Segundo este
pensamento da Justiça divina, Bildade se torna defensor desta justiça, que sob
sua ótica de tradição é: Deus pune com danos ao injusto e pecador.
A
pergunta-chave que Bildade faz a Jó, é:
“..., perverteria o
Todo-Poderoso a justiça?”
Porém, esta é
a base do que eu chamaria do código de justiça de Deus.
“E sabemos que todas as
coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus” Romanos
8:28
E, à partir,
dela Deus faz justiça, conforme seus atributos, como o Guarda dos homens.
Santidade
Amor
Ira tardia
Misericórdia
Presciência
Providencia
Intervenção na
vida do homem.
Punição
Tratamento do
caráter
Preparação do
homem para seus futuros projetos, com ele.
“Porque a sua ira dura
só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas
a alegria vem pela manhã.” Salmos 30:5
Então, “os
atos de retribuição estão diretamente relacionados com os atributos da
santidade e da sua ira. Eles mostram que os seres racionais não podem ficar sem
punição, nem escapar de suas consequências. Deus é um ser absolutamente justo e
ele sempre dá a paga que os homens merecem. O princípio bíblico vale aqui com
toda a força:
“Aquilo que o homem
semeia, isso também ele ceifará” (Gl 6.7).”
Contudo, não
podemos nos esquecer de que os atos retributivos de Deus são atos de sua
providência, pois eles estabelecem a justiça no mundo, velam pela ordem no
mundo e, em última instância, concorrem para o bem de todos os filhos de Deus.
A posição de
Bildade teve por base, o princípio geral da retribuição divina através dos
fenômenos da natureza (Bildade e a tradição) tem sua base numa
verdade bíblica do Antigo Testamento, como era usado pelos profetas, incluindo
o profeta Oséias 8.7. Bildade usa sabedoria das gerações passadas e [...] de
seus pais (8) é colocada de maneira idealizada. Bildade não está se referindo
meramente à geração anterior. Ele se refere à antiguidade, ou costumes e
cultura senso comum. Compilado, com adição e inserção deste autor de texto
do Livro A Providência e a Sua Realização na História do Dr. Heber
Carlos de Campos.
E também,
por meio dos seus exércitos das alimárias e outros agentes, que Ele usa a seu
modo, como:
“Deus usou
vermes -Os vermes são pequenos animais ativos especialmente nas coisas que estão
em decomposição. Todos os seres vivos que morrem são comidos por vermes que
fazem parte da própria natureza cheia de bactérias que, inclusive, infectam o
nosso organismo, mesmo enquanto vivos.” DR. Heber de Campos
Partindo deste
principio ele assume a posição investigativa, buscando uma confissão de Jó.
“Se pequei, que te
farei, ó Guarda dos homens? Por que fizeste de mim um alvo para ti, para que a
mim mesmo me seja pesado? E por que não perdoas a minha transgressão, e não
tiras a minha iniqüidade? Porque agora me deitarei no pó, e de madrugada me
buscarás, e não existirei mais.” Jó 7:20,21
Lendo estes
versículos anteriores a fala réplica de Bildade, notamos que Jó refere-se a possíveis
“Iniquidades”, que possa ter cometido.
Jó 8
1 — Então,
respondeu Bildade, o suíta, e disse:
2 — Até
quando falarás tais coisas, e as razões da tua boca serão qual vento impetuoso?
3 —
Porventura, perverteria Deus o direito, e perverteria o Todo-Poderoso a
justiça?
4 — Se teus
filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua transgressão.
Com base
nesta fala de Jó, Bildade inicia seu discurso do pecado oculto.
Na verdade, as
Escrituras de Jó, demonstram desde o início que ele sempre buscou não deixar
passar nenhuma iniquidade, dele próprio ou de sua família, agora destruída.
“Havia um homem na terra
de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e
desviava-se do mal.” Jó 1:1
Além, da própria
palavra de Deus, o imputando como justo e fiel.
“E disse o Senhor a
Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante
a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal.” Jó
1:8
8. 2 — Até
quando falarás tais coisas, e as razões da tua boca serão qual vento impetuoso?
A forma de
expressar de Bildade é um tanto, quanto raivosa, após ouvir Jó. Ele tradicionalista,
como demonstra ser, considerou que Jó escondia alguma coisa.
Para Bildade
as palavras de Jó são elas são severas em essência e vazias de verdade.
18. 2 — Até
quando usareis artifícios em vez de palavras? Considerai bem, e, então,
falaremos.
A ira de
Bildade sobre os erros ocultos ou mesmo cometidos, a qualquer modo, é destilada
em suas palavras, na sua Teologia de religiosidade tradicional, não a Ortodoxa.
Quero deixar claro!
Tanto que
ele inclui a maior perda para a alma de um pai, que é a perda de seus filhos e
Jó perdera dez filhos em um só dia e momento.
Assim ele
ainda que inconscientemente usa sua fala:
A proposição: “4 — Se
teus filhos pecaram contra ele, também ele os lançou na mão da sua
transgressão.”
De uma forma
cruel, considerando a perda e sofrimento de Jó, ele argumenta (de forma, hipotética,
mas a intenção não é hipotética).
que a morte
dos filhos de Jó foi conseqüência natural da transgressão deles.
Bildade não pode aceitar a
premissa de Jó de que suas calamidades representem uma ação injusta da parte de
Deus, que sob a sua ótica, ainda que sob sombras, se Deus o fez, então é justo,
porque veio de Deus.
Bildade: “O
homem não tem como reprovar a ação da justiça divina, pois é fruto de alguma
maneira de seus próprios atos.”
Continua.
Por motivo
de Luto!
Enquanto
escrevia recebi a notícia da morte do meu irmão Misael Varella, aos 58 anos, no
Rio de Janeiro, por parada cardíaca.
Peço oração
peça nossa família.
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