sábado, dezembro 19

Quando Deus se revela ao homem Lição 12 CPAD - 20 de Dezembro de 2020

 Quando Deus se revela ao homem

Lição 12 CPAD - 20 de Dezembro de 2020

Estudo Pastor Professor Universitário Osvarela

Texto Áureo

“Então, o SENHOR respondeu a Jó desde a tempestade […]” (Jó 40.6).

Pensamento prático: Mesmo transcendente, e distinto de sua criação, Deus se revela ao homem mortal.

Leitura Bíblica

Jó 38.1-4; 39.1-6; 40.15-18,24; 41.1-3.

Jó 38

1 — Depois disto, o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho e disse:

2 — Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?

3 — Agora cinge os teus lombos como homem; e perguntar-te-ei, e, tu, responde-me.

4 — Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.

Jó 39

1 — Sabes tu o tempo em que as cabras monteses têm os filhos, ou consideraste as dores das cervas?

2 — Contarás os meses que cumprem ou sabes o tempo do seu parto?

3 — Elas encurvam-se, para terem seus filhos, e lançam de si as suas dores.

4 — Seus filhos enrijam, crescem com o trigo, saem, e nunca mais tornam para elas.

5 — Quem despediu livre o jumento montês, e quem soltou as prisões ao jumento bravo,

6 — ao qual dei o ermo por casa e a terra salgada, por moradas?

Jó 40

15 — Contempla agora o beemote, que eu fiz contigo, que come erva como o boi.

16 — Eis que a sua força está nos seus lombos, e o seu poder, nos músculos do seu ventre.

17 — Quando quer, move a sua cauda como cedro; os nervos das suas coxas estão entretecidos.

18 — Os seus ossos são como tubos de bronze; a sua ossada é como barras de ferro.

24 — Podê-lo-iam, porventura, caçar à vista de seus olhos, ou com laços lhe furar o nariz?

Jó 41

1 — Poderás pescar com anzol o leviatã ou ligarás a sua língua com a corda?

2 — Podes pôr uma corda no seu nariz ou com um espinho furarás a sua queixada?

3 — Porventura, multiplicará as suas suplicações para contigo? Ou brandamente te falará?

Objetivo Geral

Mostrar que Deus se revelou ao homem para mostrar-lhe seus propósitos.

Objetivos Específicos

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Ensinar que Deus se revela aos homens;

II. Pontuar que a criação expressa a glória de Deus;

III. Acentuar que nossa justiça jamais se sobreporá a divina.

      I.            Introdução:

Quando pensamos e estudamos o livro de Jó no capítulo 37 vemos o jovem Eliú servindo, aparentemente, da fala de Deus.

Parece até que seria uma coisa nova, a fala de Eliú. Mas, no entanto ele continua com seu fervor da juventude e a ira contra as falas de Elifaz, Zofar e Bildade, apresentando um Deus maravilhoso, e sua soberania sobre todas as coisas, mas no cerne desta fala, ele ainda coloca, o pobre (não se esqueça que Jó está sofrendo as dores e com tudo perdido) Jó como num canto de um ringue, sendo humilhado, igualmente fizeram os demais interlocutores de Jó.

Como a frase, abaixo, não houve luz, nas palavras de Eliú, apesar dele falar da grandeza de Deus, ele a usa contra a integridade imputada a Jó e por este assumida. Quando somos íntegros, nosso coração sabe de nossa integridade. Quem pode saber do homem, senão o próprio espírito do homem?

E agora os homens não viam a luz;

estava obscuro nos céus;

mas o vento passou e os clareou (Smith-Goodspeed).

O pensamento de Eliú, é que é obvio para todos os homens, principalmente os pecadores que caem em desgraça, que em Deus há uma tremenda (temível)majestade. Continua o Eliú, a falar, diante de um homem totalmente cheio de dores, com tumores vazando, com hálito podre, esperando entender, ou ouvir de alguém uma palavra que explicasse seu atual estado, mas Eliú despreza o conforto a alma e corpo ferido e quer mostrar, apenas, que  Deus respeita os que são humildes (para ele Jó não era, nem humilde, nem íntegro).

Onde, embora, falando de Deus, usa a soberania de Deus, para massacrar a Jó, o poder de Deus para diminuir e apontar a Jó que somente os orgulhosos — os que são sábios no coração (que se acham sábios) — não merecem o seu favor (24) e Jó está neste número: Jó não conhece a Deus!

A isto, ó Jó, inclina os teus ouvidos; para, e considera as maravilhas de Deus. Porventura sabes tu como Deus as opera, e faz resplandecer a luz da sua nuvem? Ao Todo-Poderoso não podemos alcançar; grande é em poder; porém a ninguém oprime em juízo e grandeza de justiça. Por isso o temem os homens; ele não respeita os que se julgam sábios de coração.” Jó 37: 14,15;23,24

  II.            Discurso:

A singularidade na fala, por parte de Eliú se restringe à sua declaração da força instrutiva do sofrimento e a ampliação desse princípio até a idéia de que o sofrimento é uma expressão da bondade de Deus, embora esteja dissimulada. Estas idéias, no entanto, já estão inseridas nos “conselhos” dos três (3) amigos de Jó.

“Depois disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:”Jó 38:1

Na transição que vai ocorrer, na cena que se seguirá, Eliú (no conceito literário), trata-se no conceito teológico um basta de Deus a tantas falas, de quem não sabia do que ocorria no mundo superior das potestades.

Mas, Deus aparece para intervir na situação de Jó, pois a lição para os futuros leitores e estudiosos é o interlúdio necessário para Deus aparecer na cena e ter o diálogo final dos personagens do ato de justiça e qualificação do crente Jó.

É assim que podemos dizer que Deus tem o momento certo para agir, intervir, as dores e humilhação só vão até o momento que ele quiser.

É a hora que vai entrar, em cena, (com Sua fala, porque Ele estava ali assistindo a tudo) o Todo-Poderoso e o clamor fervoroso de Jó e a próxima cena — o redemoinho do qual Deus fala com ele. Ou nós pensamos e achamos que Ele não vê ou não ouve tudo? É parte de seus atributos e Sua Essência e Poder!

A Teofania Apresenta O Todo-Poderoso:

Yahweh (Javé), é o Deus dos hebreus. Se apresenta no meio de um redemoinho é uma literalidade com cunho de realidade e Teofania, “de uma tempestade”. É a linguagem bíblica da teofania (está em várias passagens bíblicas: SI 18.8-12; Ez 1.4, 28).

“E abaixou os céus, e desceu; e uma escuridão havia debaixo de seus pés. E subiu sobre um querubim, e voou; e foi visto sobre as asas do vento. ... Trovejou desde os céus o Senhor; e o Altíssimo fez soar a sua voz. E disparou flechas, e os dissipou; raios, e os perturbou. E apareceram as profundezas do mar, e os fundamentos do mundo se descobriram; pela repreensão do Senhor, pelo sopro do vento das suas narinas.” 2 Samuel 22:10-16

Neste instante Jó vai começar a entender o que ocorre, mas recebe nas palavras iniciais do Todo-Poderoso, como primeiras palavras, até aparentemente, de Deus sobre quem Ele é. Ensinar a Jó e a nós, hoje, como Ele age e quem manda em tudo e ao Justo defende em seus terrores e conhece a capacidade e resistência de cada um, mesmo que os que o assistem, vejam no justo erros e pecados como advindos do sofrimento e se colocam como “defensoresD’Ele. Deus não necessita de defensores, Ele É!

Mas, esta fala é do própria Deus para ensinar e confortar a Jó e deixar escrito a terrível experiência daquele que lhe apontou no início da demanda com Satanás, como nos primeiros diálogo do livro de Jó, os quais vão determinar toda a narrativa e exemplo para a pergunta “porque sofre o Justo?”:

“Então o Senhor disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por ela. E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal. Então respondeu Satanás ao Senhor, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde?” E disse o Senhor a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa. Então Satanás respondeu ao Senhor, e disse: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida. Porém estende a tua mão, e toca-lhe nos ossos, e na carne, e verás se não blasfema contra ti na tua face!” Jó 1:7-9; 2: 3-5

Jó no capitulo 28 dá uma ideia do que ele pensava que conhecia de Deus, da mesma forma que o Eliú, e seus amigos, embora, a fala de Jó tivesse peso, pois ele contraditava com seus amigos e com Eliú, contra qualquer fala ou insinuação de que não era justo ou desconhecia Deus e Seu Poder.

“Donde, pois, vem a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência? Pois está encoberta aos olhos de todo o vivente, e oculta às aves do céu. A perdição e a morte dizem: Ouvimos com os nossos ouvidos a sua fama. Deus entende o seu caminho, e ele sabe o seu lugar. Porque ele vê as extremidades da terra; e vê tudo o que há debaixo dos céus.” Jó 28:20-24

Este início de dialogo temos uma noção de que o próprio Jó, sendo justo, pensava que conhecia Deus e falava D’Ele como quem ouvira falar, mesmo sendo Justo. Muitos de nós sendo justificados e imputados justo pelo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, devemos nos aproximar de Deus para conhecê-lo melhor, até onde o homem justo pode conhecer.

Ele é Deus Criador e Suserano do Universo.

Jó 38

2 — Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?

3 — Agora cinge os teus lombos como homem; e perguntar-te-ei, e, tu, responde-me.

4 — Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Jó 39

1 — Sabes tu o tempo em que as cabras monteses têm os filhos, ou consideraste as dores das cervas?

2 — Contarás os meses que cumprem ou sabes o tempo do seu parto?

Jó 40

15 — Contempla agora o beemote, que eu fiz contigo, que come erva como o boi.

Jó 41

1 — Poderás pescar com anzol o leviatã ou ligarás a sua língua com a corda?

III.            Jó em uma audiência pessoal com Deus!

3 — Agora cinge os teus lombos como homem; e perguntar-te-ei, e, tu, responde-me.

4 — Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.

       i.            Relacionamento Que Existe Entre O Homem E Deus. Porque Já queria esta audiência?

Jó desejava ter uma oportunidade de estar diante de Deus para poder justificar-se. Parece que ele acha que pode apelar para a natureza moral de Deus a fim de neutralizar a inimizade que Deus aparentemente exerce contra ele. E acerca dessa questão (possíveis dúvidas de Jó) que Deus fala com Jó. Ele não entra numa disputa judicial com Jó (ou seja Ele mantém a Sua posição E Palavra “integro, se afasta do mal, não vai acusá-lo), mas vai mostrar a Jó o verdadeiro relacionamento que sempre deve existir entre Deus e o homem, entre o infinito - ELE- e o finito – o homem Jó - .” texto editado e compilado de Seção IV, A CONVERSA DE DEUS COM JÓ, Comentário Beacon VT

“Depois disto abriu Jó a sua boca, e amaldiçoou o seu dia. E Jó, falando, disse: Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um homem! Converta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça sobre ele a luz. Por que se dá luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus o encobriu?” Jó 3:1-4;23

Jó não queria parecer diante de Deus como alguém que pudesse ter falado algo que desagradara a Deus. Deus portanto inicia a audiência com Jó (lembrando que na audiência dos filhos dos homens – capítulo 1 e 2) e precisava de respostas.

A incompreensão dos anjos e dos homens, quanto a Deus é revelada neste diálogo.

Satanás (um anjo, portanto, criado) não acreditava que Jó “manterá sua integridade” sem uma recompensa. Os amigos acreditam que a prosperidade material desfrutada por um homem é a recompensa pela integridade e que, portanto, a falta de recompensa é a evidência imediata de pecado (como estudamos em subsídios anteriores).

Nesta introdução/intervenção de Deus, Ele não faz reparos como os demais personagens, Ele apenas vai se apresentar com Sua própria palavras ao Justo, ao qual Ele colocou diante de tal provação e ainda está sem ser restaurado, na alma, no corpo e na vida pessoal e familiar, mesma posição durante a qual os argumentadores anteriores, que desconheciam ao Todo-Poderoso, embora, assim pensassem que o conheciam e não conheciam, como nós, também, não conhecemos o coração de um Justo.

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.” Salmos 139:23,24

Deus se apresenta a Jó para acalmar a alma de Jó, a primeira cura é da alma, com a voz de Deus.

A explicação sobre as mesmas coisas, que o próprio Jó e seus amigos falaram, serão reveladas pelo Próprio Criador.

Pelas Suas Obras Deus vai alimentando a alma de Jó e o ensinando como tudo Ele controla.

Quem guiou o Espírito do Senhor, ou como seu conselheiro o ensinou? Com quem tomou ele conselho, que lhe desse entendimento, e lhe ensinasse o caminho do juízo, e lhe ensinasse conhecimento, e lhe mostrasse o caminho do entendimento? Eis que as nações são consideradas por ele como a gota de um balde, e como o pó miúdo das balanças; eis que ele levanta as ilhas como a uma coisa pequeníssima. Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.” Isaías 40:13-15; 28,29

    ii.            Deus apresenta a Criação e mostra que ninguém, ou nenhum homem pode entender o que Ele faz.

Deus responde a Jó em duas etapas, nas quais estamos estudando, no texto bíblico.

Deus usa a própria criação, o tempo e o Universo, por Ele criados:

Tudo foi criado e Jó não estava lá nem conhecia seus fundamentos.

Embora tenha se atrevido a falar, um pouco sobre ação do homem sobre a natureza, para seu próprio benefício (

O Universo:

Os Seres celestiais:

Jó 38

7 — Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?

As estrelas da alva (estrelas personificadas) e os filhos de Deus (anjos); O vento (24), os relâmpagos (25),

a chuva (26-28), a geada (29c-30) não podem ser controlados por Jó.

Debaixo das pedras [...] se escondem (30) é melhor traduzido como: “ficam duras como a pedra” (ARA).

Jó, ou qualquer homem não pode ajuntar as cadeias do Sete-estrelo ou soltar os atilhos do Orion (31-33).

Jó, ou todos os homens, inclusive os que dialogaram com Jó, até mesmo o Eliú que se achava dotado da revelação do Todo-Poderoso, também não pode conduzir as nuvens a lhe obedecer (34-38).

Todos esses fenômenos do universo, estão aí para cumprir o propósito de Deus, mas estão além do conhecimento e do controle do homem.

Jó 38

31 — Ou poderás tu ajuntar as delícias do Sete-estrelo ou soltar os cordéis do Órion?

32 — Ou produzir as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos?

Jó 38

Fundação da Terra.

4 — Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.

Tempo:

Jó 39

2 — Contarás os meses que cumprem ou sabes o tempo do seu parto?

Alimária:

5 — Quem despediu livre o jumento montês, e quem soltou as prisões ao jumento bravo,

Jó 40

Força de certos animais, sob Seu domínio:

Os animais poderosos, foram criados no mesmo período, na semana de Deus, quando criou, também, o Homem (o gerente da Criação).

15 — Contempla agora o beemote, que eu fiz contigo, que come erva como o boi.

Beemote e Leviatã, parecem ser representações da vitória de Deus sobre as forças caóticas no universo e toda a Criação do Cosmos, até o mais simples animal como um jumento, ou a incoerente e destemida Avestruz.

Beemonte:

O nome dessa besta (no sentido de uma fera animal de força gisgantesca) é simplesmente a transliteração da palavra hebraica. Conforme a descrição, ele foi criado com Jó (criado no início dos tempos junto com a humanidade?).

Um animal forte, mas é herbívoro e é dotado de uma força muito grande. A sua cauda se move como um cedro. A sua força está nos seus músculos e a sua ossada é como barras de ferro.

Nenhum outro animal é tão forte como ele.

Interpretação (ou releitura) do versículo 19: “Ele é a obra-prima de Deus, feito para ser senhor dos seus companheiros”. Segundo Moffatt.

Eu entendo que existiu, não é um ser mítico, pois ele continua sendo citado por várias vezes, e demonstra que em algum momento do eterno passado, Deus o criara, momento que Jó nem pensara que existisse.

Beemote é muitas vezes entendido como a descrição de um hipopótamo, na cultura ocidental e até mesmo hebraica, embora suas dimensões sejam muio maiores do que um hipopótamo, o qual tem sua cauda dificilmente se equiparada com um cedro em tamanho e força.

Tsur-Sinai considera Beemote um “animal imaginário” que representa todos os grandes animais herbívoros criados por Deus.

Terrien acredita que ele tenha um significado mitológico —uma besta primitiva.

Pope enxerga um paralelo entre Beemote e o grande búfalo que, de acordo com o mito ugarítico (região mesopotâmica de Ugarite), era caçado por Baal na região do Lago Hula, na área pantanosa da parte alta do Jordão (misticismo, ou histórias místicas).

Porém, qualquer que seja a identificação, Beemote foi criado por Deus e serve para contrastar o poder de Deus com o poder do homem.

Jó 41

1 — Poderás pescar com anzol o leviatã ou ligarás a sua língua com a corda?

Leviatã — que também é uma transliteração do termo hebraico. Geralmente se considera que a descrição que melhor se encaixa é a de um crocodilo, embora possa muito bem ter nuanças místicas a seu respeito, de acordo com 3.8 e 26.13.

É impossível capturar Leviatã com anzol (1). Além de ser impossível capturá-lo também é impossível domá-lo. Quase caprichosamente Deus pinta um quadro em que Jó procura fazer exatamente isso. Podes pôr uma corda no seu nariz (2) ou furar a sua queixada? Quem poderia visualizar uma criatura como essa falando gentilmente ou fazendo um acordo com seu capturador (3-4)? Certamente este jamais seria um brinquedo que ele daria às suas meninas (escravas) como um animal de estimação (5). Este monstro marinho não pode ser servido num banquete (6), porque não existe método algum que possa capturá-lo. Ele é impenetrável por qualquer tipo de “arpões” ou “lanças de pesca” (NVI; 7). Alguém que chega perto o suficiente para colocar sua mão sobre ele (8) vai se lembrar por muito tempo da peleja feroz e nunca mais tornará a fazê-lo.

Berkeley: “O homem que espera vencê-lo será desiludido; ao vê-lo a pessoa fica paralisada!” (9).

A moral dessa ilustração é fornecida no meio da descrição. Ninguém se atreve a despertá-lo (10). Visto que nenhum homem é forte o suficiente para combater Leviatã, menor ainda é a possibilidade de alguém ser qualificado para erguer-se diante de Deus. Tudo o que está debaixo de todos os céus é meu (11).

Jó não tem nenhuma reivindicação a fazer a um Deus que possui tal estatura e Deus Justo como é em Seu atributo divino apenas é pedagógico com Jó, jamais colocaria seu próprio julgamento com Jó como fizeram seus amigos e Eliú.

Mais uma vez o autor volta sua atenção a Leviatã. Ele é tremendo em poder e de “porte gracioso” (12, NVI). Seu couro, coberto com escamas como uma armadura bem ajustada, não pode ser penetrado.

O versículo 13 pode ser lido de outra forma com da seguinte forma:

Quem lhe abrirá as vestes do seu dorso?

Ou lhe penetrará a couraça dobrada?” (ARA).

As portas do seu rosto (14) seriam as suas mandíbulas. Em roda dos seus dentes está o terror. A expressão Cada um dos seus espirros faz resplandecer a luz (18) pode referir-se à luz brilhando sobre a água vaporizada das suas narinas. Os versículos 19-21 descrevem a noção popular de um monstro marinho que respira fogo e fumaça, como de uma panela fervente.

A grande força de Leviatã é descrita por meio de figura (antropomorfologia) s como a força do seu pescoço (22), sua carne dura (23) e seu coração de pedra (24).

A força está no seu pescoço — todas as criaturas se contraem em terror diante dele. Versículo 22 lido, ou traduzido, por Moffat

O versículo 25: “Quando ele se ergue, os poderosos se apavoram; ficam fora de si de pânico” Berkeley.

Leviatã faz com que as suas armas de ferro pareçam palha e as de cobre como pau podre (27). Nada o incomoda, seta (28), fundas (28) e o bastão (29, NVI) são como se o atacassem com talos de palha nele. “Suas partes inferiores são como conchas pontiagudas; elas deixam um rastro de lama como um instrumento de debulhar” (30). Berkeley

Ele se ri da lança (29), e quando fica irado faz ferver as profundezas como uma panela (31). Ele nada pelas águas rapidamente e deixa um caminho (um sulco brilhoso; 32). Em lugar algum existe alguma coisa parecida com ele (33). Ele é rei (34) sobre os animais mais altivos. Edição e compilação de texto do Comentário Beacon VT, pag. 93.

 iii.            Depois disto, Deus pergunta se Jó, pode ouvi-lo:

Deus prepara o coração de Jó para ouví-lo.

Jó 41

3 — Porventura, multiplicará as suas suplicações para contigo? Ou brandamente te falará?

É a hora da qual Jó começa a entender que falou, mesmo sendo Justo de um Deus que domina tudo e todas as situações e entende quando o homem mortal em aflição desdenha até o dia em que nasceu.

“Porventura o contender contra o Todo-Poderoso é sabedoria? Quem argüi assim a Deus, responda por isso. Então Jó respondeu ao Senhor, dizendo: Eis que sou vil; que te responderia eu? A minha mão ponho à boca. Uma vez tenho falado, e não replicarei; ou ainda duas vezes, porém não prosseguirei. Então o Senhor respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo: Cinge agora os teus lombos como homem; eu te perguntarei, e tu me explicarás.” Jó 40:2-7

Precisamos reconhecer a soberania de Deus e Seu controle sobre todas as situações, pelas quais nós passamos. Ele fala e nós tememos e o adoramos e obedecemos Sua Voz em qualquer situação, o adoramos.

  iv.            A questão salvífica ensinada por Deus a Jó:

Quando lemos o livro de Jó vamos encontrar a desgraça máxima na vida do Justo, todo no sentido, aparente, da vida do Justo na terra, mas Deus queria elevar o tema a própria noção na narrativa bíblica da compreensão do homem sobre seu Salvador, ou Daquele que proveu a salvação da Humanidade.

Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus, Vê-lo-ei, por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão,...” Jó 19:25-27

Como Justo, Jó se arrepende, não de pecados, pois durante toda a sua luta e ainda está nela, ele sempre sustentou sua integridade e sua maneira de ser justo, o que agradava a Deus, pois não blasfemou sobre isto.

Cinge agora os teus lombos como homem; eu te perguntarei, e tu me explicarás. Porventura também tornarás tu vão o meu juízo, ou tu me condenarás, para te justificares?” Jó 40:7,8

“A atitude que Deus estava testando em Jó era o desejo dele de manter sua própria retidão à custa da integridade e retidão de Deus (8). Para mostrar a dificuldade de Jó diante dessa posição, Jó é questionado se ele tem poderes como como Deus (9). Jó em entender o sobrenatural e o agir de Deus (aqui, temos que dar um crédito a Jó, sobre tudo que falou, pois desconhecia o profundo), chegando, quase a ter desaprovado a administração de Deus, Jó tinha, por inferência (uma análise subjetiva, das dores que passou), se colocado em posição de igualdade com Deus, ou seja, como Deus ele tinha até tentado administrar toda a sua vida [“o mal que pensei me sobreveio”]. Deus pergunta a Jó se ele tem a capacidade de sustentar sua afirmação. Supondo que Jó poderia reivindicar essa capacidade, Deus então o convida a demonstrar isso, usando os atributos humanos, e se ao vestir os mantos de majestade e glória divinas (10) [impossível, ao homem]. Ele é desafiado a derramar sua ira para humilhar o soberbo (11) e atropelar os ímpios (12), escondendo-os no pó (13). Se Jó pode fazer isso, Deus confessará (14; admitirá) que Jó é capaz de salvar-se a si mesmo. A ironia grave dessas propostas é auto-evidente. Terrien acredita que este seja o versículo-chave do livro.5 Satanás tinha levantado a questão se Jó de fato se elevara à posição em que não precisava de Deus. Será que Jó se lembrará de quem ele é e em fé humilde deixará que o Senhor seja Deus?”

No diálogo com Deus, Jó percebe quão insignificante ele realmente é (cf. Is 6.5). Jó vê a si mesmo como Deus o vê, mas ele também vai além da autodepreciação — me arrependo no pó e na cinza.

Não se arrepende dos pecados de que seus amigos o acusaram?

Não!

Jó se arrepende das suas acusações presunçosas contra Deus e especialmente do orgulho que essas acusações demonstraram.

Jó descobriu por experiência própria que, não importa até que ponto possamos nos afundar na pressão do sofrimento, a esperança cresce na alma e produz uma fé persistente, que transcende este espaço físico, e até mesmo, as dores físicas e da alma.

A conversa de Jó com Deus provou que a confiança humilde nele é a única posição razoável que o homem pode ter. Ele, e somente Ele, é Deus. Ele é plenamente digno de uma confiança absoluta. Mas essa confiança não fica sem recompensa.

Como Jó temos que trilhar por esse caminho, para um verdadeiro encontro com Deus. Jó viu, o Criador e Sustentador do universo.

Nós somos da geração da Fé, que não vimos mas, cremos.

Jó quase fala como Tomé, mas sem ser incrédulo, porem pelo que viu!

Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: bem-aventurados os que não viram e creram.” João 20:28,29

Bibliologia:

Comentário Beacon VT

Citações no corpo do texto

Lição CPAD – dia 20/12/2010

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