Quando Deus se revela ao homem
Lição 12 CPAD - 20 de Dezembro de 2020
Estudo
Pastor Professor Universitário Osvarela
Texto
Áureo
“Então, o
SENHOR respondeu a Jó desde a tempestade […]” (Jó 40.6).
Pensamento prático:
Mesmo transcendente, e distinto de sua criação, Deus se revela ao homem mortal.
Jó 38.1-4;
39.1-6; 40.15-18,24; 41.1-3.
Jó 38
1 — Depois
disto, o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho e disse:
2 — Quem é
este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?
3 — Agora
cinge os teus lombos como homem; e perguntar-te-ei, e, tu, responde-me.
4 — Onde
estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.
Jó 39
1 — Sabes tu
o tempo em que as cabras monteses têm os filhos, ou consideraste as dores das
cervas?
2 — Contarás
os meses que cumprem ou sabes o tempo do seu parto?
3 — Elas
encurvam-se, para terem seus filhos, e lançam de si as suas dores.
4 — Seus
filhos enrijam, crescem com o trigo, saem, e nunca mais tornam para elas.
5 — Quem
despediu livre o jumento montês, e quem soltou as prisões ao jumento bravo,
6 — ao qual
dei o ermo por casa e a terra salgada, por moradas?
Jó 40
15 —
Contempla agora o beemote, que eu fiz contigo, que come erva como o boi.
16 — Eis que
a sua força está nos seus lombos, e o seu poder, nos músculos do seu ventre.
17 — Quando
quer, move a sua cauda como cedro; os nervos das suas coxas estão entretecidos.
18 — Os seus
ossos são como tubos de bronze; a sua ossada é como barras de ferro.
24 —
Podê-lo-iam, porventura, caçar à vista de seus olhos, ou com laços lhe furar o
nariz?
Jó 41
1 — Poderás
pescar com anzol o leviatã ou ligarás a sua língua com a corda?
2 — Podes
pôr uma corda no seu nariz ou com um espinho furarás a sua queixada?
3 —
Porventura, multiplicará as suas suplicações para contigo? Ou brandamente te
falará?
Objetivo
Geral
Mostrar que
Deus se revelou ao homem para mostrar-lhe seus propósitos.
Objetivos
Específicos
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Ensinar
que Deus se revela aos homens;
II. Pontuar
que a criação expressa a glória de Deus;
III.
Acentuar que nossa justiça jamais se sobreporá a divina.
I.
Introdução:
Quando pensamos
e estudamos o livro de Jó no capítulo 37 vemos o jovem Eliú servindo,
aparentemente, da fala de Deus.
Parece até
que seria uma coisa nova, a fala de Eliú. Mas, no entanto ele continua com seu
fervor da juventude e a ira contra as falas de Elifaz, Zofar e Bildade, apresentando
um Deus maravilhoso, e sua soberania sobre todas as coisas, mas no cerne desta
fala, ele ainda coloca, o pobre (não se esqueça que Jó está sofrendo as dores e
com tudo perdido) Jó como num canto de um ringue, sendo humilhado, igualmente
fizeram os demais interlocutores de Jó.
Como a frase,
abaixo, não houve luz, nas palavras de Eliú, apesar dele falar da grandeza de
Deus, ele a usa contra a integridade imputada a Jó e por este assumida. Quando somos
íntegros, nosso coração sabe de nossa integridade. Quem pode saber do homem,
senão o próprio espírito do homem?
E
agora os homens não viam a luz;
estava
obscuro nos céus;
mas
o vento passou e os clareou (Smith-Goodspeed).
O pensamento
de Eliú, é que é obvio para todos os homens, principalmente os pecadores que
caem em desgraça, que em Deus há uma tremenda (temível)majestade. Continua o
Eliú, a falar, diante de um homem totalmente cheio de dores, com tumores
vazando, com hálito podre, esperando entender, ou ouvir de alguém uma palavra
que explicasse seu atual estado, mas Eliú despreza o conforto a alma e corpo
ferido e quer mostrar, apenas, que Deus
respeita os que são humildes (para ele Jó não era, nem humilde, nem íntegro).
Onde, embora,
falando de Deus, usa a soberania de Deus, para massacrar a Jó, o poder de Deus
para diminuir e apontar a Jó que somente os orgulhosos — os que são sábios no
coração (que se acham sábios) — não merecem o seu favor (24) e Jó está neste
número: Jó não conhece a Deus!
“A isto, ó Jó, inclina
os teus ouvidos; para, e considera as maravilhas de Deus. Porventura sabes tu
como Deus as opera, e faz resplandecer a luz da sua nuvem? Ao Todo-Poderoso não podemos
alcançar; grande é em poder; porém a ninguém oprime em juízo e grandeza de
justiça. Por isso o temem os homens; ele não respeita os que se julgam sábios
de coração.”
Jó 37: 14,15;23,24
II.
Discurso:
A singularidade
na fala, por parte de Eliú se restringe à sua declaração da força instrutiva do
sofrimento e a ampliação desse princípio até a idéia de que o sofrimento é uma
expressão da bondade de Deus, embora esteja dissimulada. Estas idéias, no
entanto, já estão inseridas nos “conselhos” dos três (3) amigos de Jó.
“Depois disto o SENHOR
respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:”Jó 38:1
Na transição
que vai ocorrer, na cena que se seguirá, Eliú (no conceito literário), trata-se
no conceito teológico um basta de Deus a tantas falas, de quem não sabia do que
ocorria no mundo superior das potestades.
Mas, Deus
aparece para intervir na situação de Jó, pois a lição para os futuros leitores e
estudiosos é o interlúdio necessário para Deus aparecer na cena e ter o diálogo
final dos personagens do ato de justiça e qualificação do crente Jó.
É assim que
podemos dizer que Deus tem o momento certo para agir, intervir, as dores e humilhação
só vão até o momento que ele quiser.
É a hora que
vai entrar, em cena, (com Sua fala, porque Ele estava ali assistindo a
tudo) o Todo-Poderoso e o clamor fervoroso de Jó e a próxima cena — o
redemoinho do qual Deus fala com ele. Ou nós pensamos e achamos que Ele não vê
ou não ouve tudo? É parte de seus atributos e Sua Essência e Poder!
A Teofania Apresenta O
Todo-Poderoso:
Yahweh
(Javé), é o Deus dos hebreus. Se apresenta no meio de um redemoinho é uma
literalidade com cunho de realidade e Teofania, “de uma tempestade”. É a
linguagem bíblica da teofania (está em várias passagens bíblicas: SI 18.8-12;
Ez 1.4, 28).
“E abaixou os céus, e
desceu; e uma escuridão havia debaixo de seus pés. E subiu sobre um querubim, e
voou; e foi visto sobre as asas do vento. ... Trovejou desde os céus o Senhor;
e o Altíssimo fez soar a sua voz. E disparou flechas, e os dissipou; raios, e
os perturbou. E apareceram as profundezas do mar, e os fundamentos do
mundo se descobriram; pela repreensão do Senhor, pelo sopro do vento das suas
narinas.” 2 Samuel 22:10-16
Neste instante
Jó vai começar a entender o que ocorre, mas recebe nas palavras iniciais do Todo-Poderoso,
como primeiras palavras, até aparentemente, de Deus sobre quem Ele é. Ensinar a
Jó e a nós, hoje, como Ele age e quem manda em tudo e ao Justo defende em seus
terrores e conhece a capacidade e resistência de cada um, mesmo que os que o
assistem, vejam no justo erros e pecados como advindos do sofrimento e se
colocam como “defensores” D’Ele. Deus não necessita de
defensores, Ele É!
Mas, esta
fala é do própria Deus para ensinar e confortar a Jó e deixar escrito a terrível
experiência daquele que lhe apontou no início da demanda com Satanás, como nos
primeiros diálogo do livro de Jó, os quais vão determinar toda a narrativa e
exemplo para a pergunta “porque sofre o Justo?”:
“Então o Senhor disse a
Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao Senhor, e disse: De rodear a terra,
e passear por ela. E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo
Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente
a Deus, e que se desvia do mal. Então respondeu Satanás ao Senhor, e
disse: Porventura teme Jó a Deus debalde?” E disse o Senhor a Satanás:
Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a
ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, e que ainda
retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem
causa. Então Satanás respondeu ao Senhor, e disse: Pele por pele, e tudo
quanto o homem tem dará pela sua vida. Porém estende a tua mão, e toca-lhe nos
ossos, e na carne, e verás se não blasfema contra ti na tua face!” Jó
1:7-9; 2: 3-5
Jó no capitulo
28 dá uma ideia do que ele pensava que conhecia de Deus, da mesma forma que
o Eliú, e seus amigos, embora, a fala de Jó tivesse peso, pois ele contraditava
com seus amigos e com Eliú, contra qualquer fala ou insinuação de que não era
justo ou desconhecia Deus e Seu Poder.
“Donde, pois, vem a
sabedoria, e onde está o lugar da inteligência? Pois está encoberta aos olhos
de todo o vivente, e oculta às aves do céu. A perdição e a morte dizem: Ouvimos
com os nossos ouvidos a sua fama. Deus entende o seu caminho, e ele sabe o seu
lugar. Porque ele vê as extremidades da terra; e vê tudo o que há debaixo dos
céus.” Jó 28:20-24
Este início
de dialogo temos uma noção de que o próprio Jó, sendo justo, pensava que
conhecia Deus e falava D’Ele como quem ouvira falar, mesmo sendo Justo. Muitos de
nós sendo justificados e imputados justo pelo sangue de Nosso Senhor Jesus
Cristo, devemos nos aproximar de Deus para conhecê-lo melhor, até onde o homem
justo pode conhecer.
Ele é
Deus Criador e Suserano do Universo.
Jó 38
2 — Quem é este que
escurece o conselho com palavras sem conhecimento?
3 — Agora cinge os teus
lombos como homem; e perguntar-te-ei, e, tu, responde-me.
4 — Onde
estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Jó
39
1 — Sabes tu o tempo em
que as cabras monteses têm os filhos, ou consideraste as dores das cervas?
2 — Contarás os meses que
cumprem ou sabes o tempo do seu parto?
Jó 40
15 — Contempla agora o
beemote, que eu fiz contigo, que come erva como o boi.
Jó 41
1 — Poderás
pescar com anzol o leviatã ou ligarás a sua língua com a corda?
III.
Jó em uma audiência pessoal
com Deus!
3 — Agora cinge os teus
lombos como homem; e perguntar-te-ei, e, tu, responde-me.
4 — Onde estavas tu quando
eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.
i.
Relacionamento Que Existe
Entre O Homem E Deus. Porque Já queria esta audiência?
“Jó
desejava ter uma oportunidade de estar diante de Deus para poder justificar-se.
Parece que ele acha que pode apelar para a natureza moral de Deus a fim de
neutralizar a inimizade que Deus aparentemente exerce contra ele. E acerca
dessa questão (possíveis dúvidas de Jó) que Deus fala com Jó. Ele não entra
numa disputa judicial com Jó (ou seja Ele mantém a Sua posição E Palavra
“integro, se afasta do mal, não vai acusá-lo), mas vai mostrar a Jó o
verdadeiro relacionamento que sempre deve existir entre Deus e o homem, entre o
infinito - ELE- e o finito – o homem Jó - .” texto editado e compilado de Seção
IV, A CONVERSA DE DEUS COM JÓ, Comentário Beacon VT
“Depois disto abriu
Jó a sua boca, e amaldiçoou o seu dia. E Jó, falando, disse: Pereça o
dia em que nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um homem! Converta-se
aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem
resplandeça sobre ele a luz. Por que se dá luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem
Deus o encobriu?” Jó 3:1-4;23
Jó não
queria parecer diante de Deus como alguém que pudesse ter falado algo que desagradara
a Deus. Deus portanto inicia a audiência com Jó (lembrando que na audiência
dos filhos dos homens – capítulo 1 e 2) e precisava de respostas.
A incompreensão
dos anjos e dos homens, quanto a Deus é revelada neste diálogo.
Satanás (um
anjo, portanto, criado) não acreditava que Jó “manterá sua integridade” sem
uma recompensa. Os amigos acreditam que a prosperidade material desfrutada por
um homem é a recompensa pela integridade e que, portanto, a falta de recompensa
é a evidência imediata de pecado (como estudamos em subsídios anteriores).
Nesta introdução/intervenção
de Deus, Ele não faz reparos como os demais personagens, Ele apenas vai se
apresentar com Sua própria palavras ao Justo, ao qual Ele colocou diante de tal
provação e ainda está sem ser restaurado, na alma, no corpo e na vida pessoal e
familiar, mesma posição durante a qual os argumentadores anteriores, que
desconheciam ao Todo-Poderoso, embora, assim pensassem que o conheciam e não
conheciam, como nós, também, não conhecemos o coração de um Justo.
“Sonda-me, ó Deus, e
conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê
se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.” Salmos
139:23,24
Deus se
apresenta a Jó para acalmar a alma de Jó, a primeira cura é da alma, com a voz
de Deus.
A explicação
sobre as mesmas coisas, que o próprio Jó e seus amigos falaram, serão reveladas
pelo Próprio Criador.
Pelas Suas
Obras Deus vai alimentando a alma de Jó e o ensinando como tudo Ele controla.
“Quem guiou o Espírito
do Senhor, ou como seu conselheiro o ensinou? Com quem tomou ele
conselho, que lhe desse entendimento, e lhe ensinasse o caminho do juízo, e lhe
ensinasse conhecimento, e lhe mostrasse o caminho do entendimento? Eis que
as nações são consideradas por ele como a gota de um balde, e como o pó miúdo
das balanças; eis que ele levanta as ilhas como a uma coisa pequeníssima. Não
sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra,
nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Dá força ao
cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.” Isaías
40:13-15; 28,29
ii.
Deus apresenta a Criação e
mostra que ninguém, ou nenhum homem pode entender o que Ele faz.
Deus responde
a Jó em duas etapas, nas quais estamos estudando, no texto bíblico.
Deus usa a
própria criação, o tempo e o Universo, por Ele criados:
Tudo foi
criado e Jó não estava lá nem conhecia seus fundamentos.
Embora tenha
se atrevido a falar, um pouco sobre ação do homem sobre a natureza, para seu
próprio benefício (
O
Universo:
Os Seres
celestiais:
Jó 38
7 — Quando as
estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus
jubilavam?
As estrelas
da alva (estrelas personificadas) e os filhos de Deus (anjos); O vento
(24), os relâmpagos (25),
a chuva (26-28), a geada
(29c-30) não podem ser controlados por Jó.
Debaixo das pedras
[...] se escondem (30) é melhor traduzido como: “ficam duras como a pedra”
(ARA).
Jó, ou qualquer
homem não pode ajuntar as cadeias do Sete-estrelo ou soltar os atilhos do Orion
(31-33).
Jó, ou todos
os homens, inclusive os que dialogaram com Jó, até mesmo o Eliú que se achava dotado
da revelação do Todo-Poderoso, também não pode conduzir as nuvens a lhe
obedecer (34-38).
Todos esses fenômenos
do universo, estão aí para cumprir o propósito de Deus, mas estão além do
conhecimento e do controle do homem.
Jó 38
31 — Ou
poderás tu ajuntar as delícias do Sete-estrelo ou soltar os cordéis do Órion?
32 — Ou
produzir as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos?
Jó 38
Fundação da
Terra.
4 — Onde
estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens
inteligência.
Tempo:
Jó 39
2 — Contarás
os meses que cumprem ou sabes o tempo do seu parto?
Alimária:
5 — Quem
despediu livre o jumento montês, e quem soltou as prisões ao jumento bravo,
Jó 40
Força de
certos animais, sob Seu domínio:
Os
animais poderosos, foram criados no mesmo período, na semana de Deus, quando
criou, também, o Homem (o gerente da Criação).
15 —
Contempla agora o beemote, que eu fiz contigo, que come erva como o boi.
Beemote e
Leviatã,
parecem ser representações da vitória de Deus sobre as forças caóticas no
universo e toda a Criação do Cosmos, até o mais simples animal como um jumento,
ou a incoerente e destemida Avestruz.
Beemonte:
O nome dessa
besta (no sentido de uma fera animal de força gisgantesca) é simplesmente a
transliteração da palavra hebraica. Conforme a descrição, ele foi criado com Jó
(criado no início dos tempos junto com a humanidade?).
Um animal forte,
mas é herbívoro e é dotado de uma força muito grande. A sua cauda se move como
um cedro. A sua força está nos seus músculos e a sua ossada é como barras de
ferro.
Nenhum outro
animal é tão forte como ele.
Interpretação
(ou releitura) do versículo 19: “Ele é a obra-prima de Deus, feito para ser
senhor dos seus companheiros”. Segundo Moffatt.
Eu entendo
que existiu, não é um ser mítico, pois ele continua sendo citado por várias
vezes, e demonstra que em algum momento do eterno passado, Deus o criara,
momento que Jó nem pensara que existisse.
Beemote é
muitas vezes entendido como a descrição de um hipopótamo, na cultura ocidental
e até mesmo hebraica, embora suas dimensões sejam muio maiores do que um
hipopótamo, o qual tem sua cauda dificilmente se equiparada com um cedro em
tamanho e força.
Tsur-Sinai considera Beemote um “animal
imaginário” que representa todos os grandes animais herbívoros criados
por Deus.
Terrien
acredita que ele tenha um significado mitológico —uma besta primitiva.
Pope enxerga
um paralelo entre Beemote e o grande búfalo que, de acordo com o mito
ugarítico (região mesopotâmica de Ugarite), era caçado por Baal na região
do Lago Hula, na área pantanosa da parte alta do Jordão (misticismo, ou
histórias místicas).
Porém, qualquer
que seja a identificação, Beemote foi criado por Deus e serve para contrastar o
poder de Deus com o poder do homem.
Jó 41
1 — Poderás
pescar com anzol o leviatã ou ligarás a sua língua com a corda?
Leviatã — que também é uma transliteração
do termo hebraico. Geralmente se considera que a descrição que melhor se encaixa
é a de um crocodilo, embora possa muito bem ter nuanças místicas a seu
respeito, de acordo com 3.8 e 26.13.
É impossível
capturar Leviatã com anzol (1). Além de ser impossível capturá-lo também é
impossível domá-lo. Quase caprichosamente Deus pinta um quadro em que Jó procura
fazer exatamente isso. Podes pôr uma corda no seu nariz (2) ou furar a sua queixada?
Quem poderia visualizar uma criatura como essa falando gentilmente ou fazendo
um acordo com seu capturador (3-4)? Certamente este jamais seria um brinquedo que
ele daria às suas meninas (escravas) como um animal de estimação (5). Este
monstro marinho não pode ser servido num banquete (6), porque não existe método
algum que possa capturá-lo. Ele é impenetrável por qualquer tipo de “arpões”
ou “lanças de pesca” (NVI; 7). Alguém que chega perto o
suficiente para colocar sua mão sobre ele (8) vai se lembrar por muito tempo da
peleja feroz e nunca mais tornará a fazê-lo.
Berkeley: “O homem que espera
vencê-lo será desiludido; ao vê-lo a pessoa fica paralisada!” (9).
A moral dessa ilustração é fornecida no meio da descrição. Ninguém se atreve a despertá-lo (10). Visto que nenhum homem é forte o suficiente para combater Leviatã, menor ainda é a possibilidade de alguém ser qualificado para erguer-se diante de Deus. Tudo o que está debaixo de todos os céus é meu (11).
Jó não tem
nenhuma reivindicação a fazer a um Deus que possui tal estatura e Deus Justo
como é em Seu atributo divino apenas é pedagógico com Jó, jamais colocaria seu
próprio julgamento com Jó como fizeram seus amigos e Eliú.
Mais uma vez
o autor volta sua atenção a Leviatã. Ele é tremendo em poder e de “porte
gracioso” (12, NVI). Seu couro, coberto com escamas como uma armadura bem ajustada,
não pode ser penetrado.
O
versículo 13
pode ser lido de outra forma com da seguinte forma:
“Quem lhe
abrirá as vestes do seu dorso?
Ou lhe
penetrará a couraça dobrada?” (ARA).
As portas do
seu rosto (14) seriam as suas mandíbulas. Em roda dos seus dentes está o
terror. A expressão Cada um dos seus espirros faz resplandecer a luz (18) pode
referir-se à luz brilhando sobre a água vaporizada das suas narinas. Os
versículos 19-21 descrevem a noção popular de um monstro marinho que respira
fogo e fumaça, como de uma panela fervente.
A grande
força de Leviatã é descrita por meio de figura (antropomorfologia) s como a
força do seu pescoço (22), sua carne dura (23) e seu coração de pedra (24).
A força está
no seu pescoço — todas as criaturas se contraem em terror diante dele. Versículo
22 lido, ou traduzido, por Moffat
O versículo
25: “Quando ele se ergue, os poderosos se apavoram; ficam fora de si de pânico”
Berkeley.
Leviatã faz com que as suas armas
de ferro pareçam palha e as de cobre como pau podre (27). Nada o incomoda, seta
(28), fundas (28) e o bastão (29, NVI) são como se o atacassem com talos de palha
nele. “Suas partes inferiores são como conchas pontiagudas; elas deixam um
rastro de lama como um instrumento de debulhar” (30). Berkeley
Ele se ri da
lança (29), e quando fica irado faz ferver as profundezas como uma panela (31).
Ele nada pelas águas rapidamente e deixa um caminho (um sulco brilhoso; 32). Em
lugar algum existe alguma coisa parecida com ele (33). Ele é rei (34) sobre os
animais mais altivos. Edição e compilação de texto do Comentário Beacon VT, pag.
93.
iii.
Depois disto, Deus pergunta
se Jó, pode ouvi-lo:
Deus prepara
o coração de Jó para ouví-lo.
Jó 41
3 —
Porventura, multiplicará as suas suplicações para contigo? Ou brandamente te
falará?
É a hora da
qual Jó começa a entender que falou, mesmo sendo Justo de um Deus que domina
tudo e todas as situações e entende quando o homem mortal em aflição desdenha
até o dia em que nasceu.
“Porventura o contender
contra o Todo-Poderoso é sabedoria? Quem argüi assim a Deus, responda por isso.
Então Jó respondeu ao Senhor, dizendo: Eis que sou vil; que te responderia
eu? A minha mão ponho à boca. Uma vez tenho falado, e não replicarei; ou
ainda duas vezes, porém não prosseguirei. Então o Senhor respondeu a Jó de
um redemoinho, dizendo: Cinge agora os teus lombos como homem; eu te
perguntarei, e tu me explicarás.” Jó 40:2-7
Precisamos reconhecer
a soberania de Deus e Seu controle sobre todas as situações, pelas quais nós
passamos. Ele fala e nós tememos e o adoramos e obedecemos Sua Voz em qualquer
situação, o adoramos.
iv.
A questão salvífica ensinada
por Deus a Jó:
Quando lemos
o livro de Jó vamos encontrar a desgraça máxima na vida do Justo, todo no
sentido, aparente, da vida do Justo na terra, mas Deus queria elevar o tema a própria
noção na narrativa bíblica da compreensão do homem sobre seu Salvador, ou Daquele
que proveu a salvação da Humanidade.
“Porque eu sei que o
meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de
consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus, Vê-lo-ei,
por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão,...” Jó 19:25-27
Como Justo,
Jó se arrepende, não de pecados, pois durante toda a sua luta e ainda está
nela, ele sempre sustentou sua integridade e sua maneira de ser justo, o que
agradava a Deus, pois não blasfemou sobre isto.
“Cinge
agora os teus lombos como homem; eu te perguntarei, e tu me explicarás. Porventura
também tornarás tu vão o meu juízo, ou tu me condenarás, para te
justificares?” Jó 40:7,8
“A atitude que Deus estava
testando em Jó era o desejo dele de manter sua própria retidão à custa da
integridade e retidão de Deus (8). Para mostrar a dificuldade de Jó diante dessa
posição, Jó é questionado se ele tem poderes como como Deus (9). Jó em entender
o sobrenatural e o agir de Deus (aqui, temos que dar um crédito a Jó, sobre
tudo que falou, pois desconhecia o profundo), chegando, quase a ter desaprovado
a administração de Deus, Jó tinha, por inferência (uma análise
subjetiva, das dores que passou), se colocado em posição de igualdade com Deus,
ou seja, como Deus ele tinha até tentado administrar toda a sua vida [“o mal
que pensei me sobreveio”]. Deus pergunta a Jó se ele tem a capacidade de
sustentar sua afirmação. Supondo que Jó poderia reivindicar essa capacidade, Deus
então o convida a demonstrar isso, usando os atributos humanos, e se ao vestir
os mantos de majestade e glória divinas (10) [impossível, ao homem]. Ele
é desafiado a derramar sua ira para humilhar o soberbo (11) e atropelar os
ímpios (12), escondendo-os no pó (13). Se Jó pode fazer isso, Deus confessará
(14; admitirá) que Jó é capaz de salvar-se a si mesmo. A ironia grave
dessas propostas é auto-evidente. Terrien acredita que este seja o
versículo-chave do livro.5 Satanás tinha levantado a questão se Jó de fato
se elevara à posição em que não precisava de Deus. Será que Jó se lembrará de
quem ele é e em fé humilde deixará que o Senhor seja Deus?”
No diálogo
com Deus, Jó percebe quão insignificante ele realmente é (cf. Is 6.5). Jó vê a
si mesmo como Deus o vê, mas ele também vai além da autodepreciação — me
arrependo no pó e na cinza.
Não se
arrepende dos pecados de que seus amigos o acusaram?
Não!
Jó se
arrepende das suas acusações presunçosas contra Deus e especialmente do orgulho
que essas acusações demonstraram.
Jó descobriu
por experiência própria que, não importa até que ponto possamos nos afundar na
pressão do sofrimento, a esperança cresce na alma e produz uma fé persistente,
que transcende este espaço físico, e até mesmo, as dores físicas e da alma.
A conversa
de Jó com Deus provou que a confiança humilde nele é a única posição razoável
que o homem pode ter. Ele, e somente Ele, é Deus. Ele é plenamente digno de uma
confiança absoluta. Mas essa confiança não fica sem recompensa.
Como Jó temos
que trilhar por esse caminho, para um verdadeiro encontro com Deus. Jó viu, o
Criador e Sustentador do universo.
Nós somos da
geração da Fé, que não vimos mas, cremos.
Jó quase fala
como Tomé, mas sem ser incrédulo, porem pelo que viu!
“Senhor
meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: bem-aventurados os que não viram e
creram.” João 20:28,29
Bibliologia:
Comentário
Beacon VT
Citações no
corpo do texto
Lição CPAD
– dia 20/12/2010
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